tag:blogger.com,1999:blog-22895420605235098062024-03-13T18:54:39.687-03:00BonowblogPOLÍTICA, POLÍTICA INCORRETA, SENTIDO DA VIDA E OUTRAS IDÉIAS EM PÍLULAS.Luiz Bonowhttp://www.blogger.com/profile/11501714055157834750noreply@blogger.comBlogger339125tag:blogger.com,1999:blog-2289542060523509806.post-86227406540095407792019-06-24T14:52:00.002-03:002019-06-24T14:52:40.174-03:00Desafios para o Rejuvenescimento<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
A Lifespan.io (Life Extension Advocacy Foundation) publicou um gráfico com os desafios conhecidos da ciência para deter o processo de envelhecimento.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
É interessante observar o tamanho do desafio humano que esta empreeitada representa.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-45Cw0KVuYEQ/XREM8QV-v1I/AAAAAAAABLM/pjjCpm9IA148D6OH3nxwyaFAJ_cqPdj4gCLcBGAs/s1600/gr%25C3%25A1fico.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="656" data-original-width="656" height="400" src="https://1.bp.blogspot.com/-45Cw0KVuYEQ/XREM8QV-v1I/AAAAAAAABLM/pjjCpm9IA148D6OH3nxwyaFAJ_cqPdj4gCLcBGAs/s400/gr%25C3%25A1fico.png" width="400" /></a></div>
<br />Luiz Bonowhttp://www.blogger.com/profile/11501714055157834750noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2289542060523509806.post-52289156248146899412017-08-11T17:26:00.000-03:002017-08-11T17:28:25.927-03:00O Paraíso É os Outros<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://4.bp.blogspot.com/-Ii8UKlpOc_M/WY4Q3MHm_dI/AAAAAAAABI4/G0xYzTxjn_oUL4XJ0mmiTuhl5xkjKqP-QCLcBGAs/s1600/Toque.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="150" src="https://4.bp.blogspot.com/-Ii8UKlpOc_M/WY4Q3MHm_dI/AAAAAAAABI4/G0xYzTxjn_oUL4XJ0mmiTuhl5xkjKqP-QCLcBGAs/s200/Toque.JPG" width="200" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
Imagine-se em um jantar elegante.
Se leitor, com uma linda morena elegantemente vestida. Se leitora, com um lindo
moreno elegantemente vestido. O ambiente do restaurante é ricamente decorado,
com candelabros de cristal e paredes pintadas à mão, mesa com louça inglesa, talheres
de prata e lindas baixelas. O austero garçom reclina-se para mostrar o rótulo do
champanhe e uma pequena orquestra toca ao vivo. A lagosta é servida dentre uma
colorida guarnição e todos ao redor falam baixo com os guardanapos de alvo
linho sobre os colos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
Agora, tire-se a morena ou o moreno
que o acompanha o cliente. A cena é a mesma, tudo perfeito e elegante, mas
talvez o triste e patético personagem desta ceia de abandono pense que seria melhor ter apanhado um lanche no drive thru mais próximo, já que solidão é o
antônimo do glamour.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
Pode-se acampar sozinho. Pode-se
fazer um churrasco sozinho. Nada impede de se ter uma bela casa só para si.
Nada impede de se passear no zoológico ou escorregar em uma cascata sozinho,
mas onde está a graça disso tudo?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
Temos aprendido, já há décadas, que
as pessoas não importam, mas apenas as nossas experiências. Não importa com
quem casamos, mas o número de com quantos nos deitamos. Não importam como estão
os filhos, mas a liberdade que eles nos roubaram. Não importam os ambientes de convívio, a nossa casa ou o
nosso país, já que todos ao pó iremos, logo: desfrutemos e não acumulemos. Não
importa a alta cultura, já que não temos nada a preservar ao próximo. Não
importa a lucidez, se a droga é minha e ninguém tem nada a ver com isso. Não
importam os fetos dilacerados, mas o corpo da mulher...<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
O outro não é um inferno, mas
justamente aquilo que nos dá identidade. As experiências existem, não para nos
alegrarem, mas para compartilharmos a alegria. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
Sozinhos, um deslumbrante pôr do
sol é apenas mais um fenômeno natural e um belo rio, é apenas água correndo. Se
estivéssemos sós no mundo, neste momento os matos estariam tomando conta das
ruas por onde andaríamos. Se estivéssemos sós no mundo, os Rembrandts e Rodins
estariam apodrecendo em algum canto. A grandiosidade que atribuímos à vida humana
seria constituída apenas de trincas, acúmulo de pó, desabamentos e bolor. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
A beleza existe porque existe o
outro. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
A ideia arrogante e egoísta de que
nada importa foi-nos imposta por gente má e azeda, que quer que, como ela, nos
afastemos da família, abandonemos nossos filhos, obras, prazeres e virtudes. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
As experiências transcendentais que
buscamos, simplesmente não existem, porque não existe o transcendente, mas
apenas a realidade palpável da fusão dos olhares, do calor dos abraços, das
carícias das palavras, dos toques suaves dos dedos e da comunhão das mentes. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
Não existem experiências que valham
a pena por si só, o valor intrínseco das coisas está no compartilhamento do belo e do deslumbrante. Sim, temos o poder de despejar sobre nós a graça do paraíso. E o
paraíso é os outros. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
Ser humano significa estar com
humanos.<span style="text-indent: 1cm;"> </span></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: right; text-indent: 1.0cm;">
<br /></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: "calibri" , sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 107%;">Luiz W. Bonow, agosto de 2017.</span></div>
Luiz Bonowhttp://www.blogger.com/profile/11501714055157834750noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2289542060523509806.post-69997506250214454782016-06-24T17:01:00.000-03:002016-06-24T17:01:17.168-03:00A Divisão nas Almas<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://4.bp.blogspot.com/-uPq98Alfcn0/V22RS0X7sfI/AAAAAAAABF0/0nauDO0v7t0yikfU5rISCF6TyClSryRkQCLcB/s1600/Xadrez.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://4.bp.blogspot.com/-uPq98Alfcn0/V22RS0X7sfI/AAAAAAAABF0/0nauDO0v7t0yikfU5rISCF6TyClSryRkQCLcB/s320/Xadrez.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Por que uma pessoa sensata, inteligente
e honesta não pensa como tu? E por que até aqueles que são do mesmo time,
pensam de maneira tão diferente?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Ora, porque ela é fascista,
dirás, muitas vezes usando até a falácia lógica de atribuir-lhe características
nazistas, a “reductio ad hitlerum”, tão comum nos argumentos atuais. Atribuir
ao outro as características dos nazistas, aliás, é atributo tanto das esquerdas
quanto das direitas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Aqui, ser de direita ou de
esquerda já nos dá uma primeira divisão das almas humanas, mas não existem
pacotes. Pode-se ser de direita, mas a favor do aborto, do casamento
homossexual ou do centralismo do Estado. Pode-se ser de esquerda, mas a favor
da pena de morte e contra o aumento dos impostos. Os restantes, os idiotas que
pensam em conjuntos fechados, os homens-massa de Ortega y Gasset, não fazem
parte da presente explanação. Lembra-te, estamos falando dos sensatos, inteligentes
e honestos, e não dos manipulados e sem rosto e nem dos canalhas. Falamos dos indivíduos
com número na carteira de identidade e, portanto, com suas idiossincrasias.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O monopólio das virtudes
tampouco é bom fiel, pois todos os honestos, sensatos e inteligentes se acham
donos da verdade, representantes do bem, contra os demais que são agentes do
mal, levando-nos a inquirir sobre elementos que formam as opiniões. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Dessa maneira, pode-se afirmar
que existe uma primeira divisão nas almas humanas, a dos <b>centralistas</b>, versus os <b>individualistas</b>.
Alguns acreditam que os homens precisam ser ordenados por um ser ungido,
onisciente, que poderá determinar o destino de todos. Outros acreditam que cada
um deverá tomar conta do próprio nariz. Covardes! Submissos!, serão acusados os
primeiros. Egoístas! Arrogantes!, ouvirão os últimos. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Outra classificação possível
se dá entre os <b>generalistas</b>, que
enxergam o problema geral, e os que olham para o problema imediato, os <b>especificistas</b>. Onde está a maldade,
deixar um cão de rua morrer de fome para que ele não se reproduza e não tenha
cada vez mais cães nas ruas, ou alimentá-lo para que não sofra? Alguns pensam
no problema amplo, outros, no imediato. A alternativa torna-se mais dramática se
a imagem do cão for trocada pela do mendigo: dar ou não esmolas? É moralmente
melhor limpar as ruas de sua presença ou incentivá-los para que tenhamos cada
vez mais pedintes?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Existem também os <b>literais</b> e os <b>pragmáticos</b>. Deve-se esperar o sinal abrir, a pé, sob a neve, três
horas da manhã, ou se deve verificar que não vem carros (e policial observando)
e atravessar a rua? Para um alemão, a primeira alternativa parece válida, pois
leis existem para serem cumpridas, para um latino ou para um anglo-saxão,
absurda. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Por fim, outra classificação humana
possível se dá entre os que buscam a <b>verdade</b>
e os que buscam a <b>validade</b>. Os
nazistas efetuaram os estudos mais profundos já realizados sobre congelamento
humano, que poderia ser muito útil no caso de naufrágios e desastres naturais.
Como foram feitas essas pesquisas? Com enormes sofrimentos produzidos em prisioneiros
de campos de concentração. A pergunta é: será que é válido utilizar-se de
pesquisas realizadas nessas condições, mesmo que elas sejam verdadeiras?<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Por isso, tu, que ficas
indignado com os coxinhas e mortadelas e suas incoerências e disparates,
imagina quantas combinações não geram apenas esses questionamentos e o quão
complexa é a alma humana e as alternativas da vida, apenas quando se fala de
pessoas sensatas, inteligentes e honestas, apenas quando se apresentam questões
para as quais existem argumentos significativos dos dois lados?<o:p></o:p></span></div>
Luiz Bonowhttp://www.blogger.com/profile/11501714055157834750noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2289542060523509806.post-29163067664394450892015-12-03T06:56:00.002-03:002015-12-03T06:59:22.772-03:00Enquanto os Bárbaros Tomavam Alexandria<div class="A211360" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 42.55pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; tab-stops: 4.5pt 246.0pt; text-indent: .9pt;">
<span style="font-family: "bookman old style" , serif; font-size: 14pt; text-indent: 0.9pt;">Enquanto os bárbaros tomavam Alexandria</span></div>
<div class="A211360" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 42.55pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; tab-stops: 4.5pt 246.0pt; text-indent: .9pt;">
<span style="font-family: "bookman old style" , "serif"; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-family: "Bookman Old Style";">Houve o que ficasse em casa<o:p></o:p></span></div>
<div class="A211360" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 42.55pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; tab-stops: 4.5pt 246.0pt; text-indent: .9pt;">
<span style="font-family: "bookman old style" , "serif"; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-family: "Bookman Old Style";">Tocando lira e recitando Ovídio,<o:p></o:p></span></div>
<div class="A211360" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 42.55pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; tab-stops: 4.5pt 246.0pt; text-indent: .9pt;">
<span style="font-family: "bookman old style" , "serif"; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-family: "Bookman Old Style";">E aquele que comentou nas termas<o:p></o:p></span></div>
<div class="A211360" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 42.55pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; tab-stops: 4.5pt 246.0pt; text-indent: .9pt;">
<span style="font-family: "bookman old style" , "serif"; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-family: "Bookman Old Style";">De como os bárbaros eram bárbaros.<o:p></o:p></span></div>
<div class="A211360" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 42.55pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; tab-stops: 4.5pt 246.0pt; text-indent: .9pt;">
<span style="font-family: "bookman old style" , "serif"; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-family: "Bookman Old Style";">Houve a mulher que salvou o seu cãozinho<o:p></o:p></span></div>
<div class="A211360" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 42.55pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; tab-stops: 4.5pt 246.0pt; text-indent: .9pt;">
<span style="font-family: "bookman old style" , "serif"; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-family: "Bookman Old Style";">Da turba que se aproximava com as espadas,<o:p></o:p></span></div>
<div class="A211360" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 42.55pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; tab-stops: 4.5pt 246.0pt; text-indent: .9pt;">
<span style="font-family: "bookman old style" , "serif"; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-family: "Bookman Old Style";">E aquele que reclamou do barulho.<o:p></o:p></span></div>
<div class="A211360" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 42.55pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; tab-stops: 4.5pt 246.0pt; text-indent: .9pt;">
<br /></div>
<div class="A211360" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 42.55pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; tab-stops: 4.5pt 246.0pt; text-indent: .9pt;">
<span style="font-family: "bookman old style" , "serif"; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-family: "Bookman Old Style";">Enquanto os bárbaros tomavam Alexandria<o:p></o:p></span></div>
<div class="A211360" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 42.55pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; tab-stops: 4.5pt 246.0pt; text-indent: .9pt;">
<span style="font-family: "bookman old style" , "serif"; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-family: "Bookman Old Style";">Houve o que preferiu acariciar<o:p></o:p></span></div>
<div class="A211360" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 42.55pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; tab-stops: 4.5pt 246.0pt; text-indent: .9pt;">
<span style="font-family: "bookman old style" , "serif"; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-family: "Bookman Old Style";">As nádegas do seu jovem escravo,<o:p></o:p></span></div>
<div class="A211360" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 42.55pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; tab-stops: 4.5pt 246.0pt; text-indent: .9pt;">
<span style="font-family: "bookman old style" , "serif"; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-family: "Bookman Old Style";">O que exibia os músculos no ginásio, <o:p></o:p></span></div>
<div class="A211360" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 42.55pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; tab-stops: 4.5pt 246.0pt; text-indent: .9pt;">
<span style="font-family: "bookman old style" , "serif"; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-family: "Bookman Old Style";">E o que aumentou a aposta no seu gladiador.<o:p></o:p></span></div>
<div class="A211360" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 42.55pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; tab-stops: 4.5pt 246.0pt; text-indent: .9pt;">
<br /></div>
<div class="A211360" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 42.55pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; tab-stops: 4.5pt 246.0pt; text-indent: .9pt;">
<span style="font-family: "bookman old style" , "serif"; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-family: "Bookman Old Style";">Enquanto os bárbaros tomavam Alexandria<o:p></o:p></span></div>
<div class="A211360" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 42.55pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; tab-stops: 4.5pt 246.0pt; text-indent: .9pt;">
<span style="font-family: "bookman old style" , "serif"; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-family: "Bookman Old Style";">Houve a mulher que reclamou do pó<o:p></o:p></span></div>
<div class="A211360" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 42.55pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; tab-stops: 4.5pt 246.0pt; text-indent: .9pt;">
<span style="font-family: "bookman old style" , "serif"; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-family: "Bookman Old Style";">Sobre a toga recém lavada,<o:p></o:p></span></div>
<div class="A211360" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 42.55pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; tab-stops: 4.5pt 246.0pt; text-indent: .9pt;">
<span style="font-family: "bookman old style" , "serif"; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-family: "Bookman Old Style";">E quando a biblioteca foi queimada<o:p></o:p></span></div>
<div class="A211360" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 42.55pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; tab-stops: 4.5pt 246.0pt; text-indent: .9pt;">
<span style="font-family: "bookman old style" , "serif"; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-family: "Bookman Old Style";">Houve quem dissesse que de nada serviriam aos pobres<o:p></o:p></span></div>
<div class="A211360" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 42.55pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; tab-stops: 4.5pt 246.0pt; text-indent: .9pt;">
<span style="font-family: "bookman old style" , "serif"; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-family: "Bookman Old Style";">A estatuária, os pergaminhos e os doutos jurisconsultos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="A211360" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 42.55pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; tab-stops: 4.5pt 246.0pt; text-indent: .9pt;">
<br /></div>
<div class="A211360" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 42.55pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; tab-stops: 4.5pt 246.0pt; text-indent: .9pt;">
<span style="font-family: "bookman old style" , "serif"; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-family: "Bookman Old Style";">Enquanto os bárbaros tomavam Alexandria,<o:p></o:p></span></div>
<div class="A211360" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 42.55pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; tab-stops: 4.5pt 246.0pt; text-indent: .9pt;">
<span style="font-family: "bookman old style" , "serif"; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-family: "Bookman Old Style";">E enquanto os civilizados nada faziam,<o:p></o:p></span></div>
<div class="A211360" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 42.55pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; tab-stops: 4.5pt 246.0pt; text-indent: .9pt;">
<span style="font-family: "bookman old style" , "serif"; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-family: "Bookman Old Style";">Uma cruz foi erguida<o:p></o:p></span></div>
<div class="A211360" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 42.55pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; tab-stops: 4.5pt 246.0pt; text-indent: .9pt;">
<span style="font-family: "bookman old style" , "serif"; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-family: "Bookman Old Style";">Sobre o rio de sangue dos covardes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="A211360" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 42.55pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; tab-stops: 4.5pt 246.0pt; text-indent: .9pt;">
<br /></div>
<br />
<div align="right" class="A211360" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 42.55pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; tab-stops: 4.5pt 246.0pt; text-align: right; text-indent: .9pt;">
<span style="font-family: "bookman old style" , "serif"; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-family: "Bookman Old Style";">Curitiba, 03/12/2015<o:p></o:p></span></div>
Luiz Bonowhttp://www.blogger.com/profile/11501714055157834750noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2289542060523509806.post-4897646609221353842015-11-14T21:20:00.002-03:002015-11-14T21:22:42.780-03:00Como demonstrar para amigos e familiares que se é um grandessíssimo canalha?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-B2mHA0m5Srs/VkfPrOTZ-mI/AAAAAAAABDM/kmqpSRfb5Lg/s1600/DSC00067.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://4.bp.blogspot.com/-B2mHA0m5Srs/VkfPrOTZ-mI/AAAAAAAABDM/kmqpSRfb5Lg/s320/DSC00067.JPG" width="240" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
A tragédia de Paris tem trazido à tona muito daquilo
que há de bom no ser humano, mas também aquilo que há de mais odioso. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
Ficou famoso no Facebook o detestável artigo de uma famosa
revista de esquerda brasileira, financiada pelo governo, culpando, poucos
instantes após os atentados do 11º Distrito, os males do capitalismo pela ação
dos pobres povos oprimidos contra os maldosos imperialistas, mas não foi a única manifestação de estupidez, apenas a menos sutil.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
Rapidamente, a nossa imprensa vendida adiantou-se a
informar que os atentados aconteceram na zona leste porque eram lugares de
jovens que saíram para se divertirem à noite. Por que não aconteceram na Torre
Eifell ou na Notre Dame, isso não será jamais falado. Mas eu digo, simplesmente
porque esses locais são permanentemente guardados por inúmeros soldados do
exército francês, patrulhando as regiões com coletes de guerra e fuzis pesados.
Admitir isso seria o mesmo que afirmar que armas trazem segurança e as forças de
segurança públicas devem ser incentivadas, e não tomadas como bandidas, o que muitos
dos repórteres de esquerda não têm capacidade moral para dizer. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
Muitos também se adiantaram para lembrar que muitos muçulmanos
não apoiam essa iniciativa, aliás, muitos povos que falam árabe são inclusive
vítimas do Estado Islâmico, e não agressores. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
Ora, apenas 40% dos alemães votaram em Hitler, mas
não houve uma guerra contra a política alemã, mas contra aquela nação,
simplesmente porque eram indistinguíveis os nazistas dos alemães de bem. O tristemente
engraçado disso tudo é que os judeus e os norteamericanos não são tomados por
indivíduos pelos seus inimigos, como eles pedem para si, mas, pelos
esquerdistas, pela jihad e pelos palestinos, como oriundos das terras de
moradia dos demônios.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
Veio à tona também o argumento que o número de
mortos em Paris é insignificante perante aos ataques dos aliados ocidentais com
drones no Afeganistão, na Síria e no Iraque, com imensos danos colaterais a
civis. O que nunca é mencionado é que jamais na história existiu uma guerra
envolvendo duas democracias entre si. O que as potências mundiais estão fazendo
é tentarem cessar agressões produzidas por ditaduras e que, se não o fizerem,
certamente o problema será em breve muito maior, com muitos maiores custos financeiros
e de vidas em um futuro próximo.<o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
Portanto, o que se tem visto no dia de hoje no Facebook
é um imenso número de canalhas tentando justificar o injustificável. A única
coisa positiva é que os seus amigos e familiares ficarão, ao lerem esse tipo de
postagem, devidamente atentos para evitarem comprar mais adiante um automóvel
usado desses patifes.<o:p></o:p></div>
Luiz Bonowhttp://www.blogger.com/profile/11501714055157834750noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2289542060523509806.post-59388464041105147182015-08-01T18:40:00.002-03:002015-08-01T21:25:51.790-03:00O que merece o dentista que matou covardemente o leão a flechadas?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-AcyqSrrcuXk/Vb07Rb0oXZI/AAAAAAAABB0/Lnrs0YWTg64/s1600/zimparks.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="211" src="http://3.bp.blogspot.com/-AcyqSrrcuXk/Vb07Rb0oXZI/AAAAAAAABB0/Lnrs0YWTg64/s320/zimparks.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center; text-indent: 1cm;">
<span style="font-size: xx-small;">Fonte da Imagem: Reprodução/Facebook/Zimparks</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
O que merece o
dentista que matou covardemente o leão a flechadas? Que tenha seus olhos
furados e depois amarrado a quatro cavalos e seus membros arrancados? Que o seu
tronco, ainda vivo, seja queimado em uma fogueira de achas de cedro e as cinzas
jogadas em latrinas pelos quatro cantos da África para que venha então a sua
clínica a ser dizimada pela multidão ensandecida, o terreno em que ela se encontra
salgado para que nele nada mais nasça e os seus descendentes amaldiçoados até a
quinta geração? <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
A narrativa tem
todos os elementos que motivam um discurso de ódio facilmente assimilado pelos
incautos: o maldoso imperialista norteamericano branco, provavelmente
heterossexual, adepto do sangue e da violência, chega sem qualquer provocação para
corromper uma sociedade intrinsecamente boa, desprovendo-a de sua riqueza
natural mais preciosa, de maneira que um futuro de brilho e graça que já se
avizinhava, torne-se impossível para o país impoluto sem que esta mácula seja
extirpada.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
Imagine-se se o
ator fosse outro. Um pequeno e pobre pastor africano negro mata a flechadas,
por não ter dinheiro para comprar uma espingarda, o leão que devorava as ovelhas
que garantiam o seu sustento. Se o leitor possuir ao mesmo tempo ambas das
raras qualidades humanas da honestidade e da inteligência, há de convir que a
mídia internacional ficaria inerte e nada seria compartilhado ao redor do mundo
nas Linhas de Tempo do Facebook.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
A repercussão deste crime,
portanto, diz respeito, principalmente, ao autor, não ao ato em si.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
“O fascismo pode começar pela caça aos
tarados.”, dizia o cineasta Bernardo Bertolucci. Não se está discutindo aqui a
covardia e a violência do caso em tela, mas a milenar batalha entre civilização
e barbárie. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
Foi exagero o
recurso narrativo dos suplícios medievais na introdução deste artigo? Pois até
ontem, 200 mil americanos já tinham assinado uma petição pedindo pela pena...
de degredo! Que ele seja entregue para o Zimbábue, pediam os neoselvagens de Minnesota. Ainda que tal ação seja prevista no ordenamento jurídico norteamericano, caso exista reciprocidade entre os dois países, será que aquele país africano conseguiria manter a integridade física do criminoso nas atuais condições em que se encontra a comoção produzida pela mídia mundial?<br />
<span style="text-indent: 1cm;">É nesses
momentos de comoção que os oportunistas aproveitam para levarem vantagem
pessoal através da relativização dos direitos do indivíduo. Será que se devem
entregar as nossas liberdades e garantias contra os desmandos do Estado, apenas
com a finalidade de punir um idiota?</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<o:p></o:p></div>
Luiz Bonowhttp://www.blogger.com/profile/11501714055157834750noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2289542060523509806.post-39045119259785731972015-07-28T13:37:00.000-03:002015-07-28T14:51:33.699-03:00Fundamentos para Começar a Conversar<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-i2W2Pkf_UKE/Vbevm3LcUuI/AAAAAAAABBg/376KFtbzvtM/s1600/file000565837690.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="185" src="http://3.bp.blogspot.com/-i2W2Pkf_UKE/Vbevm3LcUuI/AAAAAAAABBg/376KFtbzvtM/s200/file000565837690.jpg" width="200" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Existem dois tipos de homens, os
que tentam adaptar o mundo as suas ideias, os Idealistas, e os que tentam
adaptar as suas ideias às realidades do mundo, os Pragmáticos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Os pragmáticos construíram países
como os Estados Unidos ou a Inglaterra. Contribuíram para a humanidade com o
direito romano, com o método cartesiano e com a divisão de poderes das
democracias, pois todas essas aquisições são simples ideias surgidas do mundo
prático.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Os idealistas geraram a Alemanha
nazista e o stalinismo. Os idealistas transformaram o mundo clássico na
ditadura medieval promovida pela Igreja Católica, pois irremediavelmente eles
tentam aplicar o que pensam, muitas vezes com as melhores intenções do mundo, mas
infelizmente o mundo não é um quadro passível de encaixe na sua moldura.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Existem outros dois tipos de
homens. Os que utilizam argumentos de verdade e os que utilizam argumentos de
validade. Para a ciência do direito, os argumentos de validade são necessários
para deter o poder do Estado sobre o indivíduo. Em todas as outras ciências, os
argumentos de validade são maneiras de mentir. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Quando um indivíduo fala que “o
socialismo que eu penso não é o que já existiu e não deu certo”, ou “a igreja
de Cristo não é esta que está aí”, está utilizando argumentos de validade, pois
não é possível conferir a veracidade de uma informação que se localiza em um
futuro utópico. Em qualquer discussão que não ocorra dentro de um tribunal,
quem usa argumentos de validade é desinformado ou, mais provavelmente,
desonesto mesmo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Existem alguns outros parâmetros absolutos
para se começar a conversar. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<a href="http://bonow.blogspot.com.br/2009/01/nunca-houve-uma-guerra-entre-duas.html" target="_blank">Nunca existiu na história uma guerra entre duas democracias</a>, o que coloca por terra a ideia que estas
acontecem por questões econômicas. Dessa maneira, a democracia é um valor em
si, pragmático, e não um valor idealizado e abstrato como a paz. Quem fala em
paz <i>per se</i> é idealista, desinformado
e sem conexão com a realidade do mundo ao redor, ou está mentindo. Ou ambos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Países com maior Índice de
Desenvolvimento Humano possuem maior qualidade de vida que os países com menor
IDH. Portanto este é um valor absoluto, e não abstrato, como o Índice de
Felicidade Bruta, que coloca o Butão como melhor país do mundo. Pessoas que
defendam a pobreza são idealistas, desinformadas e sem conexão com a realidade
do mundo ao redor, ou estão mentindo. Ou ambos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
IDH é um valor positivo, mas não
diz tudo sobre um país. Mesmo não sendo os maiores IDHs do mundo, as pessoas
sonham em emigrarem para os Estados Unidos e para a Austrália, e não para a
Áustria ou para Singapura. Por quê? Por que esses países possuem a melhor
relação entre IDH e baixos impostos, garantindo, portanto, maior liberdade
econômica para os indivíduos. De nada vale ter boas escolas e hospitais, pois, dizia
Cristo, nem só de pão vive o homem. Um Porsche e uma casa com piscina também
são importantes na vida e desejados por todos. Assim, além de melhor qualidade
de vida, deve-se lutar também pelos menores impostos possíveis.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Qualidade de vida e riqueza da
maior quantidade possível de indivíduos, tampouco é suficiente. É por isso que
as pessoas preferem viver em Nova Iorque ou em Paris a morar em Dubai. É da
natureza humana sonhar em ser livre para tomar uma cerveja ou beijar a namorada.
Dessa maneira, a liberdade, seja de expressão, locomoção e de atitudes que não
avancem sobre os direitos alheios também é um valor absoluto.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Para começar a conversar,
portanto, é preciso que o interlocutor tenha uma maneira pragmática de ver o
mundo e utilize argumentos de verdade sobre os de validade. É preciso que ele
defenda a democracia, a liberdade, a riqueza e a qualidade de vida. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Com os demais não vale a pena
abrir a boca. Pérolas aos porcos, como dizia, de novo, Cristo, pois são indivíduos desinformados e sem conexão com a realidade
do mundo ao redor. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Ou estão mentindo. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Ou ambos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;">
Luiz de W. Bonow, Curitiba,
28/07/2015<o:p></o:p></div>
Luiz Bonowhttp://www.blogger.com/profile/11501714055157834750noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2289542060523509806.post-81365732990668457202013-10-06T22:22:00.000-03:002013-10-06T22:25:01.719-03:00Para onde vai a energia de um apertão?<div class="MsoNormal">
1. Ao apertarmos uma mangueira com água no seu interior, o
nível de água em N1 subirá para N2 o que nos indica que a mão, ao apertar, está
concedendo energia ao sistema:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-Wh2PG4UQm7k/UlIL8mz0qrI/AAAAAAAAA-k/OY6sCadQkHM/s1600/Mangueira+1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="258" src="http://1.bp.blogspot.com/-Wh2PG4UQm7k/UlIL8mz0qrI/AAAAAAAAA-k/OY6sCadQkHM/s320/Mangueira+1.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><br /><!--[endif]--><!--[if gte mso 9]><xml>
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</xml><![endif]--></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
2. No entanto, ao
apertarmos uma mangueira na qual há um fluxo de água, nem a energia cinética do
seu interior (Teorema de Bernouille) e nem a quantidade de água saída no bocal
se alteram:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-gU5EtSVPBFM/UlIMVkFkPKI/AAAAAAAAA-s/_HQIyEmElVw/s1600/Mangueira+2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="126" src="http://3.bp.blogspot.com/-gU5EtSVPBFM/UlIMVkFkPKI/AAAAAAAAA-s/_HQIyEmElVw/s320/Mangueira+2.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
3. Pela Lei de Lavoiser, sabemos que esta energia, a do
apertão, não pode ter simplesmente desaparecido.</div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
4. De fato, ela não desapareceu, pois podemos criar um
mecanismo para recuperar esta energia, bastante comum em laboratórios de física:<o:p></o:p></div>
<div align="left" class="MsoNormal">
<br />
<o:p></o:p></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-HzLrGdGnurc/UlIMeCsEkKI/AAAAAAAAA-0/JMWQbmTj1Sw/s1600/Estreitamento+de+Duto.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="135" src="http://3.bp.blogspot.com/-HzLrGdGnurc/UlIMeCsEkKI/AAAAAAAAA-0/JMWQbmTj1Sw/s320/Estreitamento+de+Duto.JPG" width="320" /></a></div>
<div align="left" class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
5. Enquanto que no ponto B, a energia cinética é
praticamente a mesma existente na garganta do duto, ao criarmos um duto
paralelo, a água voltará a subir, gerando mais energia do que aquela provida
pela diferença de potencial da queda d’água.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
6. Esta energia extra não é uma mágica e nem apareceu do
nada, mas é decorrente do “apertão” que provocou um estreitamento do duto,
concedendo energia ao sistema. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
7. Ao provocarmos um fluxo de água, introduzimos o elemento
Tempo à força do apertão concedida ao duto, isto é, com a velocidade da água
(não esqueçamos que velocidade é distância em função do tempo), a cada instante
estaremos concedendo energia novamente ao sistema. Quero dizer: forçar um fluxo
de água em uma mangueira com estreitamento é o mesmo que apertar e soltar
milhares de vezes por segundo esta mangueira, o fluxo aumenta exponencialmente
a energia concedida pelo apertão.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
8. Portanto, se aceitarmos a Lei de Lavoiser, estaremos
dizendo que é possível produzir maior quantidade de energia do que aquela
existente em um sistema.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
9. O mesmo raciocínio pode ser utilizado ao inverso: ao
invés de estreitarmos o duto, “apertarmos” o líquido, aumentando a sua
densidade.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
10. O único líquido que aumenta a densidade na presença de
ímãs é o ferrofluido, ou líquido ferromagnético.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
11. Ao colocarmos líquido ferromagnético flutuando em um
tanque com água e dele aproximarmos um ímã, ele aumentará de densidade e
afundará no tanque, levando o ímã consigo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
12. Ao afundar, exatamente como acontece no duto com
estreitamento, em cada instante é como se o ímã estivesse concedendo energia ao
ferrofluido, consequentemente, pode-se produzir mais energia do que aquela
concedida pelo ímã ao sistema.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
13. A energia gerada é muito maior do que aquela necessária
durante a magnetização, pois decorre do afundamento do ferrofluido no tanque
com água, e não da energia concedida ao ferrofluido pelo ímã.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
14. Conclusão: é possível gerar energia barata com a máquina
apresentada: <o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/E3XhKdWu460?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
</div>
Luiz Bonowhttp://www.blogger.com/profile/11501714055157834750noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2289542060523509806.post-16193038578463185672013-03-09T16:12:00.001-03:002013-03-09T16:12:45.701-03:00Agora que acabou o Dia Internacional da Mulher...<br />
<div class="A100165" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Muito bem, agora que cessaram os cumprimento, as flores, os presentes e os jantares, seguem alguns dados, para que nos situemos mais exatamente a respeito da situação feminina no mundo. </span></div>
<div class="A100165" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 21.3pt;">- na iniciativa privada, mulheres
ganham menos que homens para exercerem as mesmas funções, essa média é de
aproximadamente 30% a menos;</span></div>
<div class="A100165" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">- a maior parte dos cargos de gerentes
e cargos de hierarquia elevada nas empresas pertence aos homens; <o:p></o:p></span></div>
<div class="A100165" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">- em algumas áreas, como as empresas
de tecnologia de ponta, as mulheres representam apenas 1% dos CEOs;<o:p></o:p></span></div>
<div class="A100165" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">- a maior parte de trabalhos
subalternos e de menor remuneração é destinada às mulheres;<o:p></o:p></span></div>
<div class="A100165" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">- no Brasil, as mulheres recebem menos
de 40% da massa salarial do país<a href="file:///C:/Users/Luiz%20Bonow/Desktop/Pasta%20do%20Luiz/UFPR/Monografia/Da%20Inconstitucionalidade%20do%20Crime%20de%20Bigamia.doc#_ftn1" name="_ftnref1" title=""><!--[if !supportFootnotes]--><span style="font-size: 12pt;">[1]</span><!--[endif]--></a>;<o:p></o:p></span></div>
<div class="A100165" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">- as mulheres ganham 10% das receitas
mundiais, apesar de constituírem 49% da população;<o:p></o:p></span></div>
<div class="A100165" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">- as mulheres são subrepresentadas em
todos os corpos legislativos mundiais;<o:p></o:p></span></div>
<div class="A100165" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">- as mulheres detêm menos de 1% dos
ativos financeiros do mundo;<o:p></o:p></span></div>
<div class="A100165" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">- aproximadamente 70% dos adultos
miseráveis do mundo são mulheres.<o:p></o:p></span></div>
<div class="A100165" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<br /></div>
<div class="A100165" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Susan Faludi, no seu bestseller
americano “Backlash”<a href="file:///C:/Users/Luiz%20Bonow/Desktop/Pasta%20do%20Luiz/UFPR/Monografia/Da%20Inconstitucionalidade%20do%20Crime%20de%20Bigamia.doc#_ftn2" name="_ftnref2" title=""><sup><!--[if !supportFootnotes]--><sup><span style="font-size: 12pt;">[2]</span></sup><!--[endif]--></sup></a>, coloca
uma enxurrada de dados sobre a situação da mulher nos Estados Unidos durante a
década de 80 do século passado, fatores que não mudaram de forma significativa
desde então:<o:p></o:p></span></div>
<div class="A100165" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">-75% das trabalhadoras ganham menos do
que 20.000 dólares ao ano, perto da metade da média masculina<a href="file:///C:/Users/Luiz%20Bonow/Desktop/Pasta%20do%20Luiz/UFPR/Monografia/Da%20Inconstitucionalidade%20do%20Crime%20de%20Bigamia.doc#_ftn3" name="_ftnref3" title=""><sup><!--[if !supportFootnotes]--><sup><span style="font-size: 12pt;">[3]</span></sup><!--[endif]--></sup></a>; <o:p></o:p></span></div>
<div class="A100165" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">- mulheres com segundo grau completo
ganham menos do que os homens que largaram a escola;<o:p></o:p></span></div>
<div class="A100165" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">- mulheres representam menos de 8% dos
juízes federais, menos de 6% dos associados em escritórios de advocacia,
existiam à época apenas três governadoras, duas senadoras, duas executivas
milionárias na lista dos “top 500” da revista Fortune; <o:p></o:p></span></div>
<div class="A100165" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">- mais da metade das grandes
corporações não têm sequer uma mulher nos cargos de alto escalão;<o:p></o:p></span></div>
<div class="A100165" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">- as mulheres atendem a mais de 70%
das tarefas domésticas;<o:p></o:p></span></div>
<div class="A100165" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">- são empurradas para ocupações
inferiores, paga-se menos a elas, são demitidas primeiro e promovidas por
último, recusam-se creches e cuidados aos filhos e impõe-se assédio; <o:p></o:p></span></div>
<div class="A100165" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">- para cada 10% de aumento do número
de mulheres em uma determinada ocupação, a renda anual feminina cai US$ 700,00<a href="file:///C:/Users/Luiz%20Bonow/Desktop/Pasta%20do%20Luiz/UFPR/Monografia/Da%20Inconstitucionalidade%20do%20Crime%20de%20Bigamia.doc#_ftn4" name="_ftnref4" title=""><sup><!--[if !supportFootnotes]--><sup><span style="font-size: 12pt;">[4]</span></sup><!--[endif]--></sup></a>;<o:p></o:p></span></div>
<div class="A100165" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">-os trabalhos tradicionais femininos,
como bibliotecárias, professoras, enfermeiras, secretárias e trabalhos sociais,
são pouco remunerados;<o:p></o:p></span></div>
<div class="A100165" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">- nas vendas em lojas, 83% dos postos
de baixas comissões (remuneração média de 170 dólares por semana), como os de vendedoras
de cosméticos, pertencem às mulheres, enquanto que 93% dos de alta remuneração
(US$ 400,00/semana), como a venda de carros e barcos, pertencem aos homens.<o:p></o:p></span></div>
<div class="A100165" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";"><br /></span></div>
<div class="A100165" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 21.3pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Dessa maneira, caro leitor, pergunto: ainda acredita no discurso ideológico de que a mulher está atingindo a igualdade? Mostre-me onde! </span></div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<!--[if !supportFootnotes]-->
<hr size="1" style="text-align: left;" width="33%" />
<!--[endif]-->
<div id="ftn1">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/Luiz%20Bonow/Desktop/Pasta%20do%20Luiz/UFPR/Monografia/Da%20Inconstitucionalidade%20do%20Crime%20de%20Bigamia.doc#_ftnref1" name="_ftn1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a>
MULHERES RECEBEM MENOS DE 40% DA MASSA SALARIAL DO PAÍS, APONTA IPEA. <span lang="EN-US">G1. Acesso 23Set. 2011.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn2">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/Luiz%20Bonow/Desktop/Pasta%20do%20Luiz/UFPR/Monografia/Da%20Inconstitucionalidade%20do%20Crime%20de%20Bigamia.doc#_ftnref2" name="_ftn2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></a><span lang="EN-US"> FALUDI, passim<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn3">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/Luiz%20Bonow/Desktop/Pasta%20do%20Luiz/UFPR/Monografia/Da%20Inconstitucionalidade%20do%20Crime%20de%20Bigamia.doc#_ftnref3" name="_ftn3" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[3]</span></span><!--[endif]--></span></a><span lang="EN-US"> Ibid, p. xiii et seq.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div id="ftn4">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/Luiz%20Bonow/Desktop/Pasta%20do%20Luiz/UFPR/Monografia/Da%20Inconstitucionalidade%20do%20Crime%20de%20Bigamia.doc#_ftnref4" name="_ftn4" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[4]</span></span><!--[endif]--></span></a><span lang="EN-US"> Ibid, p. 365 et seq.<o:p></o:p></span></div>
</div>
</div>
Luiz Bonowhttp://www.blogger.com/profile/11501714055157834750noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2289542060523509806.post-51218621225382177342012-12-24T18:47:00.002-02:002012-12-24T18:52:09.206-02:00Meu projeto foi escolhido para participar do Movimento Hotspot: um concurso de ideias promovido pelo Ministério da Cultura, com a participação de empresas como a Vale, a Revista Super Interessante, Lojas Riachuelo, dentre outras.<br />
As ideias selecionadas serão apresentadas em 10 capitais brasileiras.<br />
Veja mais sobre o concurso e o Gerador de Densidade Variável, clicando abaixo: <br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<iframe frameborder="0" height="522px" src="http://movimentohotspot.com/projeto/gerador-de-densidade-variavel/?widget=true" width="240px"></iframe></div>
Luiz Bonowhttp://www.blogger.com/profile/11501714055157834750noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2289542060523509806.post-66941188439124839812012-11-25T12:33:00.000-02:002012-12-24T19:15:51.582-02:00HOMEM DE PRINCÍPIOS<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">Enquanto que percebemos
que a maioria das parece agir de acordo com a direção dos ventos e os
interesses momentâneos, a todo o momento ouvimos as pessoas dizendo que têm
princípios.</span><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 150%;">Não sei exatamente o
que os outros querem dizer com isso, mas para mim princípio é um molde binário
que serve para orientar as nossas escolhas na vida na forma de sim ou não. Se
somos pessoas de princípios, somos previsíveis, pois dada a situação, tentamos responder
sempre da mesma maneira. Somos retos, e não curvados ao vento do instante.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 150%;">Seguem abaixo os
princípios seguidos por mim:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 150%;">PRINCÍPIO DA BOA FÉ NAS
RELAÇÕES<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 150%;">Existem pessoas que
gostam de ser chicoteadas. Alguns homens gostam de homens barbudos e algumas
mulheres gostam de mulheres com aparência masculina. Alguns gostam de ser
asfixiados. Alguns gostam de pés, outros de grupos, outros de Internet, outros
da própria mãe. Provavelmente não exista uma pessoa de imaginação tão pobre que
sinta o seu prazer máximo fazendo papai-e-mamãe no escuro sempre com a mesma
pessoa, como preconizam a Igreja e os bons modos. Portanto, no meu ponto de
vista, não existe um “Princípio da Moralidade Sexual” que determine, por
exemplo que famílias muçulmanas são pecadoras ou sujas. Pelo contrário, o sujo
é aquele homem que trai a mulher escondido, como acontece na nossa sociedade. A
traição não é traição pela moralidade sexual, como acredita a maioria, mas pela
quebra do princípio da boa fé, o que é, de fato, abjeto. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 150%;">Infelizmente, a maior
parte das pessoas acha o contrário, pensa que poderia fazer qualquer coisa,
desde que ninguém descobrisse...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 150%;">IMPERATIVO CATEGÓRICO
KANTIANO<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 150%;">Tentar fazer dos seus
atos regras universais. Fazer ao próximo apenas aquilo que aceitaríamos que
fizessem conosco (Kant não falou exatamente isso, mas essa é a ideia).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 150%;">O corolário, é que
devemos desejar ao próximo aquilo que queremos para nós. Por exemplo, um
deputado que propõe a melhoria do transporte público, enquanto ele próprio se
julga um ungido por Deus e anda de automóvel e helicóptero, é simplesmente um
patife. Neste caso, as propostas deveriam ser no sentido de dar automóveis para
o maior número possível de pessoas e ruas que permitissem tal fluxo de
veículos. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 150%;">Se seguirmos este
pensamento, perceberemos que o que as pessoas querem na verdade são as
vantagens pessoais, e não o melhor para todos. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 150%;">PRINCÍPIO DA NÃO
COMPACTUAÇÃO COM O ERRO ALHEIO<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 150%;">Também muito presente
nos países latinos, as pessoas aceitam facilmente no seu convívio aquele que
abandona a esposa, rouba da empresa em que trabalha, frauda na provas, mente ou
corrompe, muitas vezes tais procedimentos são até valorizados.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 150%;">Ao contrário, devemos-nos
afastar de tais pessoas, já que a proximidade nos tornará vítimas fáceis da
falta de escrúpulos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 150%;">Podemos extrair uma
subcategoria que é o PRINCÍPIO DA INEXISTÊNCIA DE SEGUNDO ERRO. Ao contrário do
que pregava Cristo, devemos enfrentar ou afastar aquele que nos esbofeteia, isolando-o,
sancionando e impedindo de fazer novamente. Segundo este princípio, o segundo
erro alheio é totalmente inadmissível.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 150%;">PRINCÍPIO COMUNITÁRIO <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 150%;">No sentido do “Common
Sense” de Jefferson. Devemos pensar em toda a comunidade, e não no pequeno
grupo. No bem da humanidade, se possível.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 150%;">No Brasil, esse
princípio é praticamente inexistente. A tradição da Roma Antiga de privilegiar
os “amicci”, a “famiglia”, é muito presente. Nos países anglossaxões as residências
possuem gramados bem cuidados e árvores em frente, pois ali têm o senso
comunitário mais desenvolvido que nós, no fazer coisas que beneficiem a todos
os que passarem pelo local.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 150%;">A penicilina, o avião, as
viagens espaciais, o tear mecânico, a máquina à vapor, os computadores, a
Internet e as redes sociais partiram de países anglossaxões porque neles existe
mais presente esse conceito de fazer coisas que beneficiem a todos, não apenas
a si mesmo e o pequeno grupo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 150%;">PRINCÍPIO ESTÉTICO<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 150%;">Derivado do Princípio
Comunitário, as coisas que fazemos devem ser belas, pois contribuem para todos,
e não apenas para o criador que teria interesse apenas na funcionalidade. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 150%;">PRINCÍPIO DO BEM FEITO<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 150%;">Ainda derivado do
princípio comunitário, misturado com o Imperativo Categórico, tudo aquilo que
for feito para outrem, deverá ser bem feito, de maneira que se todos agissem
dessa maneira, pudéssemos tentar nos dirigir à perfeição.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 150%;">PRINCÍPIO DA NÃO
ONERAÇÃO ALHEIA<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 150%;">Ainda que pese que este
princípio deva ser flexibilizado pelas mulheres, pois, por motivos longos de
explicar aqui, não é imoral a esta ser sustentada pelo marido, em geral, não se
deve esperar que outro pague as nossas próprias contas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 150%;">Este é outro princípio
que a maioria não concorda: em geral, as pessoas acham que as mulheres devem
trabalhar e que é lícito aumentar constantemente os impostos para que pequenos
grupos se beneficiem.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 150%;">PRINCÍPIO DA LIBERDADE
DE EXPRESSÃO<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 150%;">Com exceção daquela que
provoca dano real e imediato (panfletos que ensinem a fazer bombas caseiras,
por exemplo), toda questão de liberdade de expressão deve ser resolvida em
nível cível ou no âmbito de crimes contra a honra individual. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 150%;">Rasgar a bandeira
nacional, discutir com um policial falar abertamente sobre drogas ou fazer
críticas contra o comportamento de grupos específicos, enfim, expressão pública
ou contra agentes públicos ou de ideias não deveriam nem sequer ser cogitadas
como crimes, mas tampouco a maior parte das pessoas pensa dessa maneira em nosso
país. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 150%;">PRINCÍPIO DO PRAZER
& PRINCÍPIO DA PERMANÊNCIA APÓS A MORTE<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 150%;">Nós somos os únicos
animais que sabemos que vamos morrer e que o tempo passa. Assim, temos a
obrigação pessoal de aproveitar ao máximo o instante presente no sentido de (1)
obter prazer e evitar a dor e (2) fazer coisas que durem após a nossa morte, de
maneira a tentar evitar que passemos. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 150%;">O Princípio do Prazer
refere-se ao prazer hormonal e dos neurotransmissores do cérebros: culto das
ações físicas, através da adrenalina, do sexo (oxitocina, vasopresina e
testosterona), das pequenas alegrias (endorfinas), etc.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 150%;">O Princípio da Permanência
Após a Morte, indica que devemos nos perguntar se o que fazemos será um ato que
reverberá no futuro, ou apenas momentâneo e sem sentido. Se momentâneo, aplica-se ou não o Princípio do
Prazer? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 150%;">Se algo que fazemos não
é para a nossa permanência ou para o nosso prazer, é um ato vazio de sentido,
apenas um entretenimento, um desperdício inócuo de tempo que devemos evitar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 150%;">Será que ficar deitado
no sofá assistindo um programa de auditório no domingo à tarde é produtivo?
Será que dá prazer? Se a resposta para ambas as questões for negativa, por que
raios alguém haveria de perder tempo na vida? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 150%;">Por tudo isso, vivermos
sem princípios significa viver ao léu, agindo inconscientemente conforme a
sociedade prega, conforme as nossas emoções do momento ou os ditames da grande
mídia. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 150%;">Possuir princípios
significa possuir escrúpulos e, em última instância, construir um caráter que
não pode ser dobrado pelas circunstâncias, pelos afetos ou pelas modas. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 150%;">Enfim, ter princípios
significa afirmar a si mesmo que se fazem sempre as melhores escolhas, aquelas
que acreditamos. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: 1cm;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Significa, portanto, afirmar-se
como não escravo. </span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: medium;"><o:p></o:p></span></span></div>
</div>
Luiz Bonowhttp://www.blogger.com/profile/11501714055157834750noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2289542060523509806.post-34758686218758392262012-10-07T15:51:00.000-03:002012-10-07T15:51:48.507-03:00CARTA A UM JOVEM QUE COMEÇA A AMAR, DE UM HOMEM MADURO QUE JÁ TEM AMADO <br />
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 1.0cm;">
Caro jovem amigo,</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
preciso-lhe escrever estas linhas que, sem almejar a grandeza de um Rilke ou a
perspicácia de um Franklin, tratam de assunto pertinente a todos os homens e
que não posso deixar de te advertir, mesmo sabendo que só serei compreendido
depois de te tornares irremediavelmente ferido pelo peso dos anos e pela só
aparente leveza dos beijos femininos. Eu que estou, se não ainda no ocaso da
vida, digamos, já no horário do lanche da tarde, fortuitamente encontrei-te a
pouco pela rua, pisando em ovos, sorrindo de forma constrangida para mim, como
se algo tivesse a censurar-te, tentando explicar-te para, desculpando-me eu
aqui pela impessoalidade do pronome pessoal, para ela a respeito de
acontecimentos ordinários sobre os quais, sabemos, dentre as mulheres gotas de
um copo d’água transformam-se em tempestades.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
Não quero ser pessimista, mas,
acredita, será assim para toda a tua vida, pois, repentinamente abrindo-se a
cortina e acendendo-se a ribalta, somos jogados para contracenar neste palco
sem ninguém nos ter repassado o texto ou ensinado as marcações. </div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
Escutemos os que vieram antes de nós.
Orson Welles falava que se não fossem as mulheres, estaríamos ainda sentados em
uma caverna, comendo carne crua. Tudo o que fazemos é para impressionar as
nossas namoradas. </div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
Sabendo disso, estas, merecidamente
ufanas, nos repetem o lugarcomum de que só seremos grandes se tivermos uma
delas por detrás, mas recorda-te da advertência de Ortega y Gasset, de que elas
sempre estão tentando nos manter em um patamar medíocre e impedir de nos
tornarmos semideuses. E o pior de tudo é que ambas as afirmações, ainda que
contraditórias, são verdades. Dessa maneira, quando estiveres quase descobrindo
a cura do câncer ou o porquê das galáxias se afastarem em ritmo tão acelerado,
e fores obrigado por uma delas a sair para buscar um desentupidor de pia ou um
frasco de baunilha no supermercado, lembra-te que as grandes questões nem
sequer teriam sido cogitadas se tu estivesses sozinho, a tua grandeza, que
almejo ocorra, não o será apesar de, mas também por causa dela. Jamais na
história uma mulher compôs uma sinfonia, mas se não fossem as mulheres, nunca
teria existido um Mozart.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
Como conheço tua inteligência, sei
que de jovem que acredita no mundo de ideais, proposto por Platão, e na
bondade, proposta por Cristo e Rousseau, o tempo passará e tornar-te-ás ciente
da crueldade dos lobos e da praticidade de jaulas, chicotes e focinheiras para
que não nos devoremos uns aos outros. No entanto, quando se trata do amor,
evadem-se todas as formas ideológicas de pensar, as que adoçam a juventude e as
que dão fel à maturidade, e restam apenas dois tipos de homens: os cínicos. </div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
Mas não se engane, pois o homógrafo
divide os sábios dos imbecis. O primeiro tipo é daquele cínico assim definido
pela língua portuguesa, do que mente, do que ilude, do que finge aquilo que não
é, achando que está levando vantagem e enganando as mulheres. O segundo é o
cínico assim exposto pela filosofia grega, do tipo que é honesto como um cão e
profere verdades mesmo sabendo que talvez venha a ser prejudicado.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
Tuas pernas irão tremer e teus
lábios irão vibrar em indecisões apavoradas, mas quando ouvires perguntas
cruciais para a alma feminina como “Com quem estavas ontem à noite?”, ou, pior
ainda, “Estou gorda?”, deverás optar em qual dos dois cínicos queres te tornar.
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
Se escolheres ser dos cínicos
mentirosos, sinto informar, mas serás corno. Serás pobre, pois perderás todos
os bens que conquistaste. Seguir-te-á um séquito de golpistas, amparadas por um
Poder Judiciário nem sempre equânime. Talvez também doenças incômodas e
inconfessáveis. Talvez, trarás ao mundo inocentes não desejados ou planejados. Podes
não acreditar, mas mulheres admitem ofensas, admitem repreensões. Admitem até
que tu durmas com outra, aliás, as estatísticas colhidas na intimidade informam
que a maioria gostaria de, ela própria, deitar-se com outra mulher, não se
iluda com as imposições da sociedade.
Elas só não admitem agressões gratuitas, mentiras e abandono. </div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
Se mentires, não estarás levando
vantagem alguma, apenas partindo do pressuposto que a pessoa que tu amas veste
touca de pacóvio. Escuta o amigo que tem avançado em anos, isso ela não o é,
senão tu não a terias escolhido para compartilhar a vida. Portanto, escolhas a
verdade canina, tornar-te o supersincero ao qual todas as mulheres rangem os
dentes, mas apreciam. </div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
Se assim concordamos que esses
seres maravilhosos não nem iguais a nós e nem são as estúpidas que os homens
tolos acreditam que elas são, e como eu sei que, de todas essas considerações
que julgo sensatas que aqui te tentei passar a única que te acordou até agora
na leitura e mexeu com tua imaginação, foi a das mulheres dormindo com as
outras, pois por mais que nos esforcemos, nenhum conselho ponderado pode
superar as fantasias mais primitivas, devo esclarecer esse assunto mais
profundamente, pois abandonar-se a uma só mulher, no desprezo de todas as
outras maravilhosas que por aí estão, disponíveis e insinuantes, depende de
sacrifício que nem todos os homens estão dispostos a cumprir, muito menos
quando estão nas idades verdes.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
Para compreendermos essa concessão,
essa desigualdade antropológica, esquece teus delírios igualitários dos tenros
anos e encara o fato de que na maior parte das sociedades as mulheres aceitam
que os homens ricos tenham outras. De passagem, desejo-te também riqueza. </div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
Se já concordamos que as mulheres
não são umas imbecis, exploradas brutalmente por marmanjos agressivos, devemos
aceitar que existe uma concordância feminina. Nas sociedades poligâmicas,
apenas <st1:metricconverter productid="2 a" w:st="on">2 a</st1:metricconverter>
5% das famílias possuem mais de uma esposa, o que não é muito diferente da
nossa, formalmente monogâmica, mas materialmente hipócrita, em que uma pequena
parcela dos homens mantém uma amante. </div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
Essa concessão tem diversos motivos
que nos trazem compreensões sobre a alma feminina. Temos o motivo bioquímico, que determina que
as mulheres, quando são tocadas, liberam o hormônio chamado oxitocina,
responsável pela afetividade e vontade de ser protegida. Homens liberam
vasopresina, que é o hormônio responsável pela territorialidade. Assim, quando
dormires com tua namorada, tenhas consciência que ela quer que tu fiques por
perto e tu não queres que os outros homens durmam com ela. As razões de ficarem
juntos para sempre são diferentes, apesar do ato do matrimônio ser o mesmo. Há
também o motivo sexual: como disse, sabe-se que 60% das mulheres topam dormir
com outras mulheres enquanto que apenas 20% dos homens assim se interessam por
homens, o que as leva a serem mais condescendentes com tal atitude,
principalmente se também participarem. Tem-se ainda o motivo econômico. O ser
humano aprendeu a caminhar sobre duas pernas para que o homem trouxesse
alimentos para a fêmea que amamenta. Isso nos proporcionou uma infância mais
longa e o desenvolvimento de nossa inteligência sobre os outros animais. Assim,
o que nos torna humanos, desde os australopithecus, é que homens aceitam
sustentar mulheres, e mulheres não aceitam prover nem um só marido, o que se
dirá de dois ou mais? O corolário é que nunca, jamais, tu deves propor para
dividir o motel e deves trabalhar duro para pagar as contas. Não há igualdade,
e o responsável és tu.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
Assim, se tiveres vontade de dormir
com outra, não é algo anormal, motivo de chacota ou de ser considerado um repugnante
inimigo pelas feministas de mentalidade empedrada, pelo contrário, a monogamia
foi proposta pelos filósofos estóicos romanos como forma de dominar a mulher e
acumular dinheiro. Basicamente, mantemos uma só esposa para ficarmos mais ricos
e mandarmos no mundo. Essa é a razão porque dominamos 99% dos ativos (máquinas
de produção, propriedades, ações...), ganhamos mais para exercer as mesmas
funções e dois terços dos miseráveis do mundo são mulheres. A pretensa
igualdade, existente apenas no formalismo dos discursos, gera um tremendo
desequilíbrio social.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
A monogamia produz outra
desigualdade terrível: aos 65 anos, 73 por cento dos homens serão casados,
contra apenas 32% das mulheres. Mais de dois terços de todas as mulheres que tu
conheces e amas passarão por uma velhice abandonada, o que é uma tenebrosa
crueldade por parte daqueles homens ricos que escolhem ter apenas uma esposa.
No entanto, é assim que as coisas funcionam e, se for por motivos triviais,
jamais abandona a mulher que escolheste.
Ela merece que tu lutes por ela. </div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
Portanto, nunca a traia, nunca minta.
Se quiseres, e tiveres condições, de ter outra mulher, fale sobre o assunto,
pois é a maneira de te tornar um homem digno, ao contrário do que prega a
sociedade que te empurra para omitires, enganares e ganhares mais e mais
dinheiro, sem nunca dividir. Talvez, trocando de família, para reiniciar
infinitamente no mesmo problema. </div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
Para escolheres aquela com quem
dividirás a vida, portanto, alerto-te para três mulheres que irás encontrar nas
tuas andanças, raríssimas, e, portanto, preciosas, as quais tu deves fazer tudo
aquilo que estiver ao teu alcance para que não se afaste e, melancolicamente,
deixando-a irremediavelmente ir se ela não estiver na mesma sintonia. </div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
A primeira delas é aquela que
cuidará de ti, como a tua mãe o fez. De
maneiras piegas que profundamente mexer-te-ão nos nervos em um primeiro
momento, ela será boa para teus filhos e na primeira dificuldade que tiveres na
vida, irás te certificar que ela ficará ao teu lado quando todos ao redor já te
tiverem dado as costas. Se um dia a abandonares, irás ser tomado de um
arrependimento azedo, pois dificilmente terás outra oportunidade de encontrar
alguém assim.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
A segunda mulher incomum é aquela
com quem gostas de estar. É a companheira de viagens, de filmes e de pipocas.
Aquela com que tu gostas de ficar abraçado em silêncio. Aquela com quem tu
gostas de tomar banho de mar e contemplar o horizonte do alto de uma montanha.
Normalmente, ela espelha a ti e em poucas perguntas tu irás ver que vocês têm
experiências de vida em comum, com coincidências surpreendentes.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
O terceiro tipo é aquela com que tu
gostas de conversar. Irás encontrar, em toda a tua vida, três, se tiveres
sorte. Talvez quatro, se largamente gratificado por este mundo predominantemente
composto de vazio , carência e escassez. Irás a reconhecer imediatamente por
não ficares em silêncio na sua presença. Se tiveres uma tarde sozinho com ela,
terás assunto para a tarde toda, e ela também. </div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
Outra coisa importante é o leito.
Nesse particular existem alguns indícios que as pessoas não têm como esconder. </div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
Dizem os cientistas que pessoas que
fazem sexo com mais frequência se parecem mais jovens. Na sabedoria medieval do
Kama Sutra, somos informados que existem aquelas de paixões débeis, médias e
altas. Dessa forma, pessoas de libido alta, ainda que não seja uma informação
definitiva, podem se parecer mais jovens em uma proporção muito mais elevada do
que a média. </div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
A sabedoria popular nos diz que as
pessoas são na cama, como na mesa. Por isso observe como ela come. As
enfastiadas e as que comem só para sobreviver terão boas chances também vir a
ser na intimidade. As boas de garfo, conhecedoras dos molhos e das cozinhas têm
mais chances de assim o serem sobre os lençóis. Por consequência, aprenda
culinária, pois terás melhores oportunidades de encontrar alguém com essas
características em uma aula de gastronomia ou num bom restaurante do que em uma
danceteria ou em um bar de petiscos. </div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
Por fim, existem dois tipos
humanos, que podemos chamar de viajantes e de navegadores. Os viajantes são
aqueles que buscam chegar ao destino, para os quais as viagens são cansativas.
Aos navegadores, ao contrário, interessa é o percurso. Tu podes reconhecer a
mulher facilmente, basta fazer uma viagem de automóvel. Se ela insistir em
parar a todo o momento, tirar fotografias, comprar bugigangas e entrar em
cidades fora da rota, a chance de gostar de passar uma tarde sobre a cama, é
muito alta. Se ela reclamar o tempo todo da demora, normalmente, gosta apenas
de prazeres rápidos, o sexo demorado e detalhado não ocupa parte importante na
sua vida e com ela terás encontros mais curtos.
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
Finalizando, fica mais um último
conselho. Estuda três disciplinas. </div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
A primeira é aquela que nos diz <b>porque</b> casar. A história, a
arqueologia, a biologia, a economia, o direito, são campos do conhecimento que
nos dão essas respostas. Se a nossa sociedade incentiva cada vez mais o
individualismo e a incompreensão entre homem e mulher, por que não seguir a
direção da ventania e simplesmente dizer não ao matrimônio? </div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
Por que a opção não significa ser
livre, mas tornar-te um abandonado, um escravo de tua própria amargura. </div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
A segunda disciplina é a que nos
diz <b>como</b> se relacionar. Estuda a
arte dos lençóis: como conquistar, como se movimentar, como fazer massagens,
como criar um ambiente propício, enfim, não espere até chegar a pessoa certa,
mas se torne ela, de maneira prática, burilada. Semelhantes se atraem, sê aquilo
que tu queres receber.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
Por fim, estude <b>para quê</b> serve toda essa insanidade
chamada amor. Adianto-te, serve para que cheguemos ao êxtase, palavra que em
grego quer dizer ao mesmo tempo prazer supremo e parada. </div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
Parar no ápice. Deus? Nirvana?
Samhadi? Iluminação? Paraíso? Chama como quiser, mas essa é a ideia. Um antigo
povo chamado drávida criou há cinco milênios uma disciplina que estuda um
assunto que posteriormente talvez nunca mais tenha sido abordado metodicamente,
os conhecimentos sobre o orgasmo. Essa matéria, exposta de maneira quase que
cartesiana, a qual chamaram de “união”, cujas raízes do sânscrito nos remetem à
nossa palavra “justiça”, que originalmente significava o laço simbólico
colocado nos chifres dos bois a serem negociados, mostrando que as duas partes
estavam irremediavelmente unidas pelo compromisso divino. Raiz etimológica,
aliás, que até hoje se mantém no idioma inglês, em que “yoke” quer dizer uma
junta de bois. Assim, a disciplina do “ius”, “yuk” ou do “yoga”, trata de como
aproveitar o máximo do prazer pela união sexual. É o estudo de oito campos do
conhecimento: da higiene, dos sons, da respiração, das posições, dos gestos,
das entregas, da meditação e do êxtase propriamente dito. Não confunda com esse
alongamento abobalhado de fundo religioso que normalmente é ensinado nas
academias, yoga é muito mais que isso e os arqueólogos nos provam por registros
antigos, que o seu símbolo “sagrado”, o OM, representa um pênis entrando em uma
vagina, o que nos diz muito de seu significado. </div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
Portanto, se quiseres dar e obter
mais prazer, estuda o casamento, a cama e o orgasmo. Acredita, o gozo não é um
espasmo rápido que dura quatro ou cinco segundos, mas um êxtase de longa
duração, que te rejuvenesce, alucina-te mais do que uma droga ilícita e concede
muito mais sacralidade do que as igrejas tentam-te vender. A maior parte das pessoas não sabe disso
porque não está disposta a parar, estudar e praticar. </div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
Muitas mulheres se tornam amargas, e
a maioria esmagadora de fato se torna por causa nossa. Percebe que estas,
majoritariamente, o são porque os do sexo masculino não sabem tocar e ficar ao
lado, coisas simplíssimas, mas ignoradas. As alegrias a dois, portanto,
dependem principalmente do teu empenho. Que essa infâmia não seja, pelo menos
por ti, perpetuada. És homem, ser solar, polo ativo da relação, portanto as
iniciativas te pertencem, faz de alguém, alguém melhor. </div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
Não sabemos por que explodimos com
esse universo infinito, nem porque estamos aqui juntos nesse instante perdido
entre o imensurável passado e o incerto porvir, mas sabemos que o sentido disso
tudo, se é que existe, é mediato, não está no ganhar dinheiro, em dominar os
outros ou no estudar cada vez mais para saber coisas que não conduzem a alma a
uma posição de topo. Não está em relacionar-se com pessoas que apenas nos
promovem aos outros ou nos aliviam momentaneamente. Estes podem até ser meios
fugazes, mas não levam àquilo que realmente interessa. Por isso, não os
idolatre como sentido último de tua vida, pois, adianto-te vivência, não são.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
Neste momento deves achar que com
estas breves palavras, fiz do amor algo por demais complexo, já que há poucos
minutos pensavas que a natureza já havia ensinado-te tudo. Ora, ninguém falou
que seria fácil e sempre há o que aprender. Os aforismos aqui apresentados não
concluem, mas tentam apenas despertar-te para o mundo vasto que existe por aí. </div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
Assim, jovem amigo, como ambos
sabemos que em poucas décadas estarei adentrado na minha final integração com o
Cosmos, em um término que se me aproxima implacavelmente, e tu estarás aqui
onde agora estou, neste funesto desfile, já ensaiando os passos para seguir-me
sobre a pedra fria do umbral da passagem para a noite eterna, espero que estas
poucas linhas influenciem na tua escolha de te tornares um ser humano melhor no
decorrer dos anos que te restem. </div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
Apenas torço por estar assim
evitando a repetição dos meus erros por outrem e, em última instância,
tentando-te poupar de reafirmar a frase de DeGaulle, que dizia que a felicidade
não existe. Acredito o contrário, desejo-te do fundo do coração que alcances
tudo o que a vida tem a oferecer. Desejo-te, sobretudo, paz.</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
Com meus cumprimentos sinceros,</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
Luiz de Wetterlé Bonow</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
Primavera de 2012.</div>
Luiz Bonowhttp://www.blogger.com/profile/11501714055157834750noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2289542060523509806.post-61725250925782511402012-02-07T05:45:00.008-03:002012-02-07T06:06:24.176-03:00Para que existe o calor latente?<div align="justify">“Dans la nature rien ne se crée, rien ne se perd, tout change.”<br />Antoine-Laurent de Lavoisier<br /><br />Lembremo-nos das aulas de física do colégio.<br />O calor sensível é aquele que todos conhecemos: quando aumentamos a temperatura de um objeto, ele se aquece, quando baixamos, esfria-se.<br />No entanto isso nem sempre acontece. Ao chegar a um determinado ponto, podemos aumentar ou diminuir a temperatura que nada ocorre enquanto toda a massa não ferver, ficar líquida ou congelar. A esse calor que não aquece chamamos de calor latente.<br />Muito bem, sabemos que os vapores têm mais energia do que os líquidos e estes, mais do que os sólidos. A pergunta é: o que acontece quando cerramos as cortinas da energia, como enxergar aquilo que não conseguimos ver? Se Lavoisier acertou dizendo que na natureza tudo muda, para onde está indo o calor do fogão de nossas casas nos instantes anteriores que a chaleira ferve? O que acontece com a energia da água quando ainda não é vapor, mas já tem temperatura para tanto? Ou, formulando melhor a pergunta, por que existe tanto água, quanto vapor a 100ºC, se eles possuem energias diferentes?<br />Dá para entender a pergunta? Uma resposta sem pensar muito seria que o calor latente está vaporizando a água, no entanto, existe um período de tempo em que a água ainda é líquida e a temperatura se mantém constante, além disso, com a mesma energia (temperatura) podemos ter água no estado líquido e no estado de vapor.<br />Calor latente, portanto, é uma gama de energia que, no caso da água pura e em condições normais de temperatura e pressão, é 100ºC. Esses 100 graus podem significar água ou vapor, portanto, não podemos dizer que o bico do fogão está apenas dando energia para a água mudar de estado, pois com a mesma energia, temos dois estados físicos.<br />O que a boca do fogão faz é criar uma “gama energética”. Prestemos atenção a esta expressão exótica, pois ela será útil mais adiante.<br />Ora, se ali existe uma energia acumulada, quer dizer que podemos recuperá-la, pois Lavoisier estava certo. Assim, devem existir máquinas que aproveitem esse conceito e que aparentemente, veja-se bem, apenas aparentemente, iludam a 2ª Lei da Termodinâmica.<br />Um brinquedinho conhecido para tal é o “Pássaro Beberrão”:<br /><br /><br /><br /><div align="justify"></div><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 245px; DISPLAY: block; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5706312683426990946" border="0" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/-x3mWoyZDTlc/TzDlJvj4y2I/AAAAAAAAA3U/owiTTCHFL6E/s320/Drinking%2BBird%2B%25231.jpg" /> Dentro dele tem um líquido (normalmente, diclorometano) que entra em ebulição à temperatura ambiente, levando o líquido para a cabeça que cai sobre o copo d’água. Como a cabeça do pássaro é de feltro, a água a umedece e evapora, retirando o calor e fazendo com que o diclorometano volte para a cauda, forçando o brinquedo novamente a se erguer, recomeçando o ciclo.<br />Ora, a variação de calor latente gera uma pequena diferença de potencial gravitacional, pois a cabeça ergue-se uma determinada altura a que chamaremos de “h”:<br /><br /><br /><p><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 230px; DISPLAY: block; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5706313090771270434" border="0" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/-HNdoQ0Vpbyc/TzDlhdCVOyI/AAAAAAAAA3g/dN3H1p1U74Y/s320/Drinking%2BBird%2B%25232.jpg" />Em tese, poderíamos retirar a energia deste brinquedo através de um mini-mini gerador elétrico que alimentaria uma mini-mini lâmpada.<br />E como poderíamos confirmar que o calor latente é uma “gama energética”? Bastaria, colocando os devidos contrapesos, aumentarmos o tamanho do pescoço do pássaro beberrão:</p><br /><br /><p><br /><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 258px; DISPLAY: block; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5706313452696588738" border="0" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/-o7vgbi75G04/TzDl2hUDUcI/AAAAAAAAA3s/_nJNB2_vJiM/s320/Drinking%2BBird%2B%25233.jpg" />Aqui teríamos uma atura maior para a mesma energia dispensada, pois com a mesma quantidade de líquido evaporado, geramos diferentes alturas, portanto diferentes energias potenciais, conforme a figura seguinte:</p><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 233px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5706313870981127362" border="0" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/-N2LygCQkBvs/TzDmO3i23MI/AAAAAAAAA34/iw0lbHX3xoo/s320/Drinking%2BBird%2B%25234.jpg" /><br />Isto é, podemos transformar a gama energética chamada calor latente em outra gama energética, chamada Energia Potencial Gravitacional. Aqui não mais falamos de conservação de energia, mas na conservação de uma gama de energia. Só assim, é que podemos inferir que Lavoisier continua valendo.<br />A energia pode ser transformada: a luz do sol pode ser transformada em eletricidade, o giro de uma roda pode ser transformado em calor, etc. No entanto, uma “gama energética” pode ser transformada em outra gama de diferente energia.<br /><br />O pássaro beberrão é exceção da natureza? Não, é claro que não. Isto acontece o tempo todo, pois em um mesmo campo gravitacional, com a mesma energia dispensada, podemos retirar diferentes categorias de trabalho realizado.<br />Vejamos outro exemplo.<br />Canalizemos um rio e coloquemos duas turbinas com geradores elétricos nesse duto, um no montante (A) e outro no vazante (B), conforme o esquema abaixo:<br /><br /><br /><br /><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 135px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5706314675093408866" border="0" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/-wx4Yyg_ltRc/TzDm9rGKjGI/AAAAAAAAA4E/fYhrTSl2F-I/s320/Duto%2B%25231.jpg" /> A energia do rio será absorvida pelo gerador A, restando muito pouca para movimentar o gerador B.<br />Porém, se modificarmos a pressão, conforme o desenho seguinte:<br /><br /><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 135px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5706315331661750834" border="0" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/-1vme9xFHaIY/TzDnj5AQYjI/AAAAAAAAA4Q/WJ8ZjLXUipM/s320/Duto%2B%25232.jpg" />Ao fazermos um estreitamento nesse duto, ocorrerá uma baixa pressão na garganta, fazendo que uma parte da água volte a subir. Ao instalarmos um mini-gerador (A) neste estreitamento, poderemos obter uma energia que não reduz aquela obtida pelo gerador B.<br />Como vimos no exemplo do pássaro beberrão, trata-se a Energia Potencial Gravitacional de uma gama energética, que pode ser transformada em mais energia do que aquela que é calculada ao multiplicarmos massa, pela aceleração da gravidade e pela altura.<br />E Lavoisier continua valendo, pois a energia de um rio não pode ser medida pela sua energia potencial gravitacional, mas pela gama energética implícita nesta energia.<br /><br />Temos portanto, pelo menos, as seguintes formas de gamas energéticas: calor latente-gravidade (Δ de Estado Físico); pressão-gravidade (Δ de Pressão) e ainda uma terceira, que é a densidade-gravidade (Δ de Densidade).<br /><br />Da mesma maneira que os exemplos anteriores, ao variarmos a densidade de um líquido, ele também estará sujeito à variação de energia potencial gravitacional, conforme a máquina proposta no vídeo abaixo, que utiliza magnetismo para variar a densidade de um líquido ferromagnético (ferrofluido).<br /><br />Assista antes de prosseguir na leitura, o vídeo chamado “Gerador de Energia Elétrica de Densidade Variável”:<br /><br /><a href="http://www.youtube.com/watch?v=E3XhKdWu460" TARGET="_blank">http://www.youtube.com/watch?v=E3XhKdWu460</a><br /><br />Veja-se bem, a única energia dispensada ao sistema é o magnetismo do ímã, mas este não produz trabalho diretamente (no sentido do giro), sendo, portanto, o seu desgaste bastante lento em relação à energia produzida (é o mesmo caso da água que tem que ser reposta no copo do pássaro beberrão, mas não influi significativamente no cálculo de energia). O Ímã apenas muda a viscosidade do fluido, que é o que realmente produz o movimento da correia.<br /><br />Impossível! – dirá o estudioso de física - Ciclos fechados não existem! Desde a Grécia clássica jamais se verificou uma máquina que vá contra a segunda Lei da Termodinâmica!<br />Ora, se tal máquina não fosse possível, Lavoisier estaria errado, pois não seria possível que dois estados diferentes da matéria possuíssem a mesma temperatura.<br />E nem que um rio pudesse subir novamente sem gastar energia.<br />E nem que uma mistura homogênea pudesse possuir duas densidades diferentes.<br /><br />Procuro apoio técnico e financeiro para a prototipagem desta última máquina, porque acredito que é uma ideia absolutamente inovadora e que faça sentido, pois aqui Lavoisier continua valendo!<br /><br />Obrigado pela atenção,<br /><br />Luiz de W. Bonow<br /><a href="mailto:lwbonow@yahoo.com">lwbonow@yahoo.com</a> </div>Luiz Bonowhttp://www.blogger.com/profile/11501714055157834750noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2289542060523509806.post-62448988873815056972011-10-22T07:15:00.004-03:002011-10-22T08:50:20.606-03:00Rafinha Bastos<a href="http://www.tvtelinha.com/wp-content/uploads/2011/08/rafinha-bastos.jpg"><img style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 236px; CURSOR: hand; HEIGHT: 144px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://www.tvtelinha.com/wp-content/uploads/2011/08/rafinha-bastos.jpg" border="0" /></a> <br /><div align="justify">Acredito que ninguém discorde que o Rafinha Bastos possa pagar uma boa indenização à Wanessa, afinal, as pessoas não são obrigadas a serem ofendidas à toa. No entanto, o que se está discutindo aqui é quanto à ação penal: ele merece ir prá cadeia pelos seus comentários?<br />Se sim, devemos censurar o “Lolita”, de Nabokov, um dos melhores romances do século XX que trata de um relacionamento pedófilo. E, por que não, censurar o “Moby Dick”, já que todos concordamos que não se deve matar baleias. E por que não censurar “Édipo Rei”, pois assassinar o pai e depois casar e dormir com a própria mãe não é algo lá muito politicamente correto, pode dar ideias para que outros o façam. E quanto à “Macbeth”? Será que se deve deixar por aí um livro que ensina a assassinar os opositores políticos?<br />E na literatura brasileira? Será que devemos liberar Nélson Rodrigues que, muito antes de Rafinha Bastos, falava no “Bonitinha, mas Ordinária” de uma personagem que sentia prazer em ser estuprada?<br />E Monteiro Lobato, que comparava a negra Tia Nastácia com um macaco? Já que os americanos, que mandam no mundo, quiseram fazer isso com o Mark Twain, porque não censurar os nossos clássicos da literatura também?<br />E, mais assustador ainda, falar mal da justiça e dos advogados, que têm os tribunais a seu serviço? Será que não devemos censurar “O Processo”, de Kafka, “Justiça” e “A Pane”, de Dürrenmatt e “Viagens de Gulliver”? E quanto às Histórias da Mamãe Ganso, que em francês ficam “La Mère L`oye”, um trocadilho para “A Amarga Lei”: será que devemos permitir que crianças contestem o sistema judiciário?<br />Falando em histórias infantis, e quanto ao Joãozinho e Mariazinha? Será que devemos contar histórias de crianças que são mantidas em cárcere privado com a finalidade de serem engordadas para servirem de refeição para uma velha canibal? Não me parece muito politicamente correto, tampouco.<br />Voltando à ação civil, tudo bem, quando a briga é de pessoa para pessoa, como no exemplo anterior, mas e quando um partido orquestra entre os seus correligionários para que entrem com dezenas de ações ao mesmo tempo contra um colunista de uma revista que vai radicalmente contra as suas posições políticas, será que isso não constituiria litigância de má fé? E será que isso não é, materialmente, uma espécie de censura feita pelas brechas da justiça civil, sendo que a constituição a veda? E se isso tem ocorrido no nosso país, por que o Ministério Público não age no sentido de coibir tal prática, defendendo, ao invés de ficar tentando tolher a liberdade de expressão?<br />Assim, lembrando que tal liberdade não trata daquilo que nos agrada, mas das coisas que achamos repugnantes, penso que até se pode condenar penalmente o Rafinha Bastos, mas antes devemos fechar o congresso, colocar os tanques nas ruas e mandar baixar o cacete. Se estivéssemos mesmo na democracia plena que todos desejamos construir, não vejo como poderíamos fazer isso. </div>Luiz Bonowhttp://www.blogger.com/profile/11501714055157834750noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2289542060523509806.post-70092315533633656242011-05-04T11:28:00.004-03:002011-05-04T11:40:06.112-03:00Lançamento do meu livro: "A Cura da Morte"A sessão de autógrafos do lançamento do meu livro "A Cura da Morte", ocorrida em 29/04/2011, em Curitiba, foi um sucesso, tendo um público estimado de 150 pessoas.<br /><br /><a href="http://www.editoramultifoco.com.br/literatura-loja-detalhe.php?idLivro=443&idProduto=458" target="_blank">O livro poderá ser encontrado no site da Editora Multifoco, clicando aqui.</a><br /><br />A todos os que compareceram, o meu muito obrigado.<br /><br />Luiz de W. Bonow<br /><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 239px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5602869627291997282" border="0" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/-5QzZv_aOI8A/TcFkPaGQlGI/AAAAAAAAA2M/75AqTL1-f7Y/s320/P1010003.JPG" /><a href="http://3.bp.blogspot.com/-CL9W1O_dQz0/TcFkP15sqNI/AAAAAAAAA2c/WwB2hSbFt0o/s1600/P1010029.JPG"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 239px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5602869634755504338" border="0" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/-CL9W1O_dQz0/TcFkP15sqNI/AAAAAAAAA2c/WwB2hSbFt0o/s320/P1010029.JPG" /></a> <a href="http://3.bp.blogspot.com/-C9_Qpz4JxHo/TcFkP0WIb9I/AAAAAAAAA2U/nY5shZRL2yE/s1600/P1010038.JPG"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 239px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5602869634337894354" border="0" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/-C9_Qpz4JxHo/TcFkP0WIb9I/AAAAAAAAA2U/nY5shZRL2yE/s320/P1010038.JPG" /></a>Luiz Bonowhttp://www.blogger.com/profile/11501714055157834750noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2289542060523509806.post-70167337919635066252011-04-22T23:08:00.002-03:002011-04-22T23:11:54.793-03:00Lançamento do Livro - A Cura da MorteEstou lançando um livro chamado "A Cura da Morte". É um romance que tem por personagens um grupo de pessoas imortais.<br />Aos que estiverem por Curitiba no próximo dia 29/04/2011, será na UFPR, às 18.00hs.<br /><br /><a href="http://2.bp.blogspot.com/-VrtS9pfYFXg/TbI0wvznJZI/AAAAAAAAA1U/vjlnSz97sDM/s1600/Convite.bmp"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5598595298846254482" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 320px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/-VrtS9pfYFXg/TbI0wvznJZI/AAAAAAAAA1U/vjlnSz97sDM/s320/Convite.bmp" border="0" /></a><br /><br /><div></div>Luiz Bonowhttp://www.blogger.com/profile/11501714055157834750noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2289542060523509806.post-31654479522610961592010-11-10T11:17:00.002-03:002010-11-10T12:49:49.976-03:00Como determinar se uma lei é justa?<div align="justify">Existem três categorias de elementos constitutivos da realidade, os naturais, os criados pelo ser humano e os mistos.<br />Os naturais são aqueles que surgem de forma espontânea: os elementos químicos, as três cores gráficas básicas, os pares básicos do DNA, são exemplos de tijolos criados pela natureza para construírem coisas maiores e mais complexas, sendo que estes não podem ser mudados dentro do universo em que vivemos.<br />Existem também os elementos artificiais, que são aqueles criados pelo ser humano. As letras do alfabeto e as palavras de uma determinada língua são exemplos de convenções humanas que se apoderam de segmentos para criarem realidades mais complexas.<br />Assim, é errado dizermos que o DNA é escrito pelo “alfabeto da natureza”, uma vez que o código genético vale para qualquer tempo e qualquer lugar e um alfabeto corresponde apenas a uma determinada cultura.<br />Alguns elementos constitutivos são apenas aparentemente naturais, como acontece com o sistema decimal. Apenas temos a impressão de que cálculos devem ser feitos com a base de dez pelo simples fato de que desenvolvemos tal forma de pensamento devido ao fato de possuirmos dez dedos nas mãos, mas outras culturas desenvolveram, por exemplos, sistemas binários, octais, etc. Os elementos naturais (fato de possuirmos dez dedos) muitas vezes nos levam à falsa ideia de “naturalidade” dos sistemas (sistema decimal), mas devemos sempre ter em mente essas divergências.<br />Como terceiro grupo, existem os elementos mistos. Um bom exemplo são as notas musicais, que são inventadas pelo ser humano e culturas diferentes criam sistemas diversos, músicas diferentes baseadas em sistemas diversos. No entanto, dentro de um determinado sistema, a sequência de notas deve ser respeitada, sob o risco de gerar desarmonias que todos percebem.<br />Por elementos mistos, portanto, chamamos aqueles elementos constitutivos da realidade que não podem ser classificados nem como provenientes da natureza do cosmos e nem como frutos da criação humana, mas estão em um patamar intermediário.<br />Nessa categoria classificam-se os Princípios Fundamentais, tão caros às ciências jurídicas. Não os podemos enquadrar como fato natural e nem como artificialismo, ou seja, como meras criações humanas, mas devemos considerar que, dentro de um determinado sistema cultural, eles são válidos e harmônicos, assim como notas musicais em uma sinfonia.<br />Onde se quer chegar com isso?<br />As atuais revoluções nas comunicações, nos transportes e nos costumes estão gerando conflitos entre as culturas. Por um lado, temos uma universalização cultural, que puxa para uma universalização legislativa, e por outro, uma especificação regional que horroriza aos demais: deve-se retirar os clitóris das meninas, ou apedrejar mulheres adúlteras? Ou, mais perto de nosso país, deve-se permitir que indígenas enterrem vivos os bebês nascidos gêmeos? Ou, mais perto ainda de nós, deve-se permitir que o STF escolha qualquer outro direito fundamental em detrimento da liberdade de expressão, que sempre sai perdendo na jurisprudência de nosso país?<br />Por que aceitamos como naturais a pena de morte em alguns estados americanos ou que os chineses cobrem a bala das famílias dos que são fuzilados? Será que é apenas por algum tipo de fraqueza, ante a possibilidade de interferirmos em potências mundiais? Seria o direito apenas uma manifestação do poder, nada mais do que isso?<br />Como decidir qual é o valor que deve ser preservado? Existe um método?<br />Existem, pelo menos, três fundamentos jurídicos: os princípios fundamentais, como a liberdade, a vida, etc.; os bens jurídicos protegidos, como a infância, a saúde, etc.; e as normas programáticas, como integração internacional, erradicação da pobreza, etc.<br />Qual é o direito superior? Poderíamos argumentar que os princípios sejam “átomos” e os outros dois sejam “moléculas” da realidade jurídica. Ora, mas aço é melhor do que ferro em estado puro, portanto, não podemos admitir que os princípios se sobreponham à combinação deles, dependendo da situação, os bens jurídicos e os programas sociais têm maior valor, pois afirmar o contrário seria o mesmo que dizer que as músicas deveriam ser feitas apenas com notas, desprezando os acordes.<br />Considerando, portanto, que os princípios atômicos jurídicos formem “moléculas jurídicas”, o que reconhecemos como válido no direito?<br />Em primeiro lugar, todo o direito válido faz parte de um sistema, ele não pode ser uma regra solta no vácuo. É por este motivo que não reconhecemos os direitos provenientes de sistemas culturais. Um índio amazônico que pratica estupros e depois se refugia na sua taba, não pode alegar que está apenas exercitando uma prática cultural, assim como um religioso não pode negar uma transfusão de sangue ao filho. São apenas práticas consuetudinárias, não representam direitos pelo fato de não terem sido organizadas em sistemas jurídicos.<br />O segundo aspecto, quando existe uma construção sistemática, como por exemplo nas ditaduras teocráticas, devemos nos perguntar por que não reconhecemos, o apedrejamento de adúlteras como direito legítimo, mas apenas como uma prática bárbara.<br />Não basta ao direito apenas o aspecto sistemático, mas é preciso também uma construção lógica. O arbítrio não faz parte das regras do jogo, pois o “acorde” sairá destoante se usarmos notas em um instrumento desafinado. Assim, quando uma sociedade obriga a todos os homens usarem barba, não se consegue ver uma lógica, senão a da imposição religiosa, facilmente contestada por qualquer um que pense diferente.<br />Existe ainda um terceiro fator que faz com que não reconheçamos direitos, que é quando existe um sistema e existe também uma construção lógica, mas mesmo assim não ocorre o justo. O melhor exemplo é o nazismo que possuía um direito com tais características.<br />Acontece que além de ser sistemático e lógico, o direito é sempre um sistema que tem coerência consigo mesmo, isto é, é preciso que respeite os fundamentos sistêmicos, que são históricos, acordados internacionalmente e baseados nas “notas e acordes” jurídicos, que são os princípios fundamentais, os bens juridicamente protegidos e as normas programáticas. Um sistema jurídico que crie uma ruptura com tudo o que foi estabelecido pela própria sociedade e pelas sociedades do seu entorno simplesmente não é reconhecido.<br />Assim, o justo deve possuir três características: é sistêmico, como sinônimo de organização formal, é lógico, como antônimo de arbitrário e é lógico-sistêmico, significando que deve seguir a construção que lhe é própria, não admitindo rupturas impostas por um grupo minoritário.<br />É por isso que admitimos o direito chinês, apesar de exótico para nós ocidentais, e não reconhecemos direitos iranianos. Os chineses apenas têm um sistema diferente, mas têm todas as características que reconhecemos como justo, permitindo que o aceitemos como coerente. </div>Luiz Bonowhttp://www.blogger.com/profile/11501714055157834750noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2289542060523509806.post-17913879310870163872010-10-29T13:27:00.002-03:002010-10-29T13:34:40.892-03:00Barqueiros e Navegadores<a href="http://2.bp.blogspot.com/_HluVx_GunSs/TMr3DvmPkfI/AAAAAAAAAzw/AouoHtru7Co/s1600/file0001651435912.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 271px; DISPLAY: block; HEIGHT: 200px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5533506735866614258" border="0" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/_HluVx_GunSs/TMr3DvmPkfI/AAAAAAAAAzw/AouoHtru7Co/s320/file0001651435912.jpg" /></a> <div align="justify">Barcos vão e barcos vêm.<br />Alguns, balsas, que vão daqui até ali, nunca saindo das duas margens em que se propuseram estar.<br />Existem barqueiros que descem e sobem o rio. Conhecem os atracadouros, suas cargas, suas pessoas e estão satisfeitos consigo mesmos porque fazem algo importante e útil. E estão certos no seu trabalho, ninguém duvida da sua competência e necessidade.<br />No entanto, existem aqueles que vão mais longe, além da desembocadura e aventuram-se para o mar bravio. Passam a rebentação das ondas e descobrem as maravilhas da costa. São aqueles que vislumbram as areias finas, os coqueiros e tartarugas que ali se encontram.<br />E o que sobra para os navegadores solitários que vão além?<br />Vão para onde? Para o outro lado do mar? Que lado, se existem muitas praias e atracadouros? Qual é o rumo que a bússola e as estrelas traçarão?<br />Enfrentarão tempestades e ondas gigantescas.<br />E o tédio e a monotonia dos fracos ventos.<br />E os azares da sorte, azares de toda sorte.<br />No entanto ao chegarem – se chegarem – terão ido além, muito além, daquele balseiro que só vislumbrava a margem seguinte do rio.<br />Assim, nas rotas que o destino traça e que nós só, arrogantemente, pensamos que traçamos, ao perguntares, amigo, por que não vês a outra margem, o destino que a vida nos apronta, o motivo é só um: porque ela está muito distante, do outro lado do mar.<br />E a essa margem, invisível, desconhecida e incerta, só aqueles com coragem, persistência e que veem com os olhos da alma é que conseguem alcançar. </div>Luiz Bonowhttp://www.blogger.com/profile/11501714055157834750noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2289542060523509806.post-75090259763751404742010-10-19T08:13:00.001-03:002010-10-19T08:15:52.173-03:00Da Igualdade e do Futuro<div align="justify">Como garantir iguais oportunidades e os direitos conquistados às gerações futuras?<br />Para respondermos essas questões devemos nos perguntar qual é a razão das desigualdades entre os homens. Por este termo, nos referimos especificamente às desigualdades econômicas, que são de dois tipos, qualitativas e quantitativas.<br />Como sabemos, um cirurgião neurológico normalmente recebe muito mais pelos seus serviços do que um professor de história, mesmo que ambos tenham passado o mesmo tempo nos bancos escolares.<br />Por que isso ocorre? Porque existe uma diferença econômica qualitativa: quando tivermos um tumor no cérebro teremos necessariamente que procurar um médico, mas podemos viver perfeitamente com uma dúvida em história. A necessidade imediata cria escassez de profissionais e gera diferenças salariais gritantes.<br />Por outro lado, dois médicos com a mesma formação, recebem também valores diferentes pelos seus serviços, pois ocorrem diferenças quantitativas, incluídos neste item não só a capacidade profissional individual, como também a capacidade de marketing, de empreendedorismo, de carisma e relacionamentos pessoais e até mesmo de sorte, que é um fator importante na vida.<br />A primeira resposta, portanto, é que iguais oportunidades não geram iguais resultados e isso não pode ser diferente, pois se recompensarmos as pessoas igualmente pelo resultado, isto é, equalizar o salário de todos em um único patamar, através de determinação estatal ou impostos muito desiguais, faltarão cirurgiões neurológicos e engenheiros aeroespaciais e sobrarão fotógrafos de mulheres nuas e degustadores de chocolate, pois o incentivo econômico é um dos principais fatores que determina a vocação.<br />Assim, podemos afirmar com certeza que o futuro não só não será igualitário, como gerarmos iguais oportunidades não nos aproximará dessa utopia absurda.<br />A segunda questão é como garantirmos os direitos conquistados às gerações futuras.<br />Ora, a queda do Muro de Berlim provou que é impossível planejar o direito e a economia no espaço, como poderíamos ousar planejá-los no tempo? A ideia de gerar uma colônia de formigas humanas não deu certo e nem dará, já que, desculpe ao leitor o lugar-comum de filosofia oriental barata, mas a única coisa permanente na vida é a mudança. As intrínsecas diferenças entre os homens, totalmente insanáveis, e a total imprevisibilidade do futuro nos garantem apenas uma afirmação: a de que nada é garantido.<br />Napoleão tentou criar um código civil dos franceses, com a pretensão de ser universal em vontades e valores, ficando totalmente ultrapassado poucos anos depois, já que a humanidade evolui. Todas as tentativas históricas neste sentido fracassaram de forma humilhante.<br />Mas, supondo que nós realmente tenhamos conquistado definitivamente valores e princípios universais, supondo que esses valores e princípios existam e sejam realmente universais, o que já é um ponto de partida completamente absurdo, mas vá lá, como os garantir às gerações futuras?<br />A resposta é: não podemos. Já que o ser humano, desigual por natureza, pensa, evolui, reconsidera, estuda, cresce...<br />E isso é bom.<br />E isso não deve ser mudado.<br />E, felizmente, não se pode. </div>Luiz Bonowhttp://www.blogger.com/profile/11501714055157834750noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2289542060523509806.post-75804768387475741982010-10-08T23:09:00.001-03:002010-10-08T23:09:53.839-03:00Das Pessoas Que Eu Gosto<div align="justify">As pessoas que eu gosto possuem três características.<br />As pessoas que eu não vou muito com a cara não possuem uma ou mais dessas características.<br />As pessoas que eu gosto, gostam de comer bem.<br />E o que tem de tão especial nas pessoas que gostam de comer bem?<br />É porque o prazer não é algo estanque. Pessoas que gostam de comer bem, bem sabem também apreciar a beleza da vida, conseguem perceber a transcendência de uma obra de arte, o êxtase de um pôr-do-sol e a epifania de uma relação amorosa. E como o prazer não é algo estanque, têm também consciência da finitude desta efêmera vida e que se algo não fizerem do algo de tempo que lhes resta, passarão pela existência como se nunca tivessem existido.<br />Pessoas que gostam de comer bem, importam-se se tiverem que passar pela vida como se nunca tivessem existido, incomodam-se com a mediocridade.<br />Pessoas que gostam de comer bem é que trazem significância para o restante de seus pares, pares para os quais não têm muita importância as garfadas de pouco gosto.<br />As pessoas que eu gosto, têm caráter.<br />Não falo das pessoas que não furtam e nem atentam contra a vida de seus desafetos, não é desse caráter graúdo, ponto passivo, a que me refiro, sobre o qual nem seria preciso mencionar, mas o caráter minúsculo, cotidiano.<br />É não dizer uma coisa que não possa cumprir, apenas para levar uma vantagem momentânea. É não fazer coisas sobre as quais precise mentir. É interferir contra as injustiças, não aquelas injustiças que tenham sido praticadas contra si próprio, mas fundamentalmente defender o outro até o limite de suas possibilidades e forças simplesmente porque vê ali um rasgo de razão, é não se omitir, não se evadir, falar o que pensa, mesmo sabendo que algumas vezes vai fazer inimizades.<br />Por fim, as pessoas que eu gosto, não confundem caráter com moral.<br />As pessoas que eu gosto, são amorais. <br />Muitas vezes a moralidade é vista como algo positivo, mas dentro do meu ponto de vista, não passa de um desejo doentio de pertencer a um grupo. O moralista é aquele que pensa com a cabeça do outro, ou, pior, pensa com o dedo indicador do outro, que pensa que o aponta inquisitorialmente.<br />O moralista é aquele que pensa como pensa que o outro deve pensar do que ele próprio deveria pensar.<br />Ele pensa como o padre, como o papai e a mamãe, como o chefe, como o partido político, como o time de futebol, como o vizinho de muro deveriam pensar daquilo que ele deveria pensar.<br />São aquelas pessoas para as quais os do seu grupo são infinitamente, imaculadamente, bons e os adversários são impuros e passivos de eliminação.<br />São aquelas pessoas que pensam que a sua moral é o seu caráter, ou mais ainda, o caráter único existente. Incontestável.<br />Só as pessoas amorais são livres porque se comunicam diretamente consigo mesmas, sem intermediários, portanto não são capazes de mentir para si próprias e consequentemente não têm a capacidade de mentir para o próximo.<br />E quem não mente, quem tem caráter e quem come bem é uma pessoa íntegra.<br />E essas são as pessoas que eu gosto. As demais, não vou muito com a cara.</div>Luiz Bonowhttp://www.blogger.com/profile/11501714055157834750noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2289542060523509806.post-91208737323489781482010-07-20T21:31:00.004-03:002010-07-20T22:03:47.143-03:00Gerador de Densidade VariávelCriei um gerador elétrico. Veja e tire suas próprias conclusões:<br /><p align="center"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dxPHd9obsOjJ8VDZ3N6KrwE11jM7ngscWpvuJK-2bzP434iKgyfJr62hECPww_8681h83_cjY1emEj6Y1ZS9A' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe></p>Luiz Bonowhttp://www.blogger.com/profile/11501714055157834750noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2289542060523509806.post-23459247090906898822010-05-28T13:11:00.002-03:002010-10-19T08:43:28.690-03:00Por uma anti-jurisprudência.<div align="justify">O conflito entre a liberdade de expressão e os demais direitos fundamentais é uma questão discutida mundialmente. São lugares-comuns casos jurídicos como o de Larry Flynt, editor americano de revistas pornográficas; a decisão de 1969 que permitia queimar a bandeira americana como forma de expressão e, mais recentemente, a questão das charges de Maomé, por um jornal dinamarquês.<br />No Brasil, também temos um grande número de decisões polêmicas sobre liberdade de expressão, muitas das quais foram decididas pelo Supremo Tribunal Federal, recordando:<br />- O caso Ellwanger (1996, 1ª Condenação) – Siegfried Ellwanger publicava metodicamente livros anti-semitas. No final, o STF votou pela condenação do réu;<br />- Chute na Santa (1995) – o pastor evangélico Sérgio Von Helder proferiu insultos e chutou uma santa católica na TV. Foi condenado pelo juiz da 12º Vara Criminal de São Paulo, Ruy Alberto Leme Cavalheiro, a dois anos e dois meses de prisão por crimes de discriminação religiosa e vilipêndio à imagem;<br />- O caso Planet Hemp (1997) – a banda carioca fazia músicas sobre a maconha. Seus componentes foram criminalizados por apologia às drogas;<br />- Condenação do Blog Imprensa Marrom (2004) – O blog foi retirado do ar por decisão judicial, causada por comentários impróprios dos seus usuários;<br />- Piloto Mostrou o Dedo (2004) – O piloto americano Dale Robbin fez um gesto obsceno para um policial brasileiro ao ser fotografado na alfândega. A companhia pagou multa de R$ 36.000,00 e o piloto foi liberado;<br />- Bibliografia não-autorizada de Roberto Carlos (2006) – o fã Paulo César de Araujo decidiu escrever uma bibliografia do Cantor Roberto Carlos, que ingressou judicialmente para bloquear sua publicação. A venda foi proibida e um acordo com a editora foi firmado;<br />- Caso Cicarelli (2006) – a modelo Daniella Cicarelli Lemos foi filmada em cena de sexo em uma praia da Espanha. A decisão foi no sentido da retirada do conteúdo do vídeo de sites da Internet, como YouTube e similares.<br />Qual é a diferença dos casos brasileiros em face aos estrangeiros? É que por aqui uma ação judicial que verse sobre liberdade de expressão será necessariamente derrotada nos tribunais, ou pela estrutura legal, de forma metódica, constante, em cem por cento dos casos, o que não acontece em outros países. Não seria insano afirmar que, para evitar decisões continuadas, gasto de tempo, dinheiro e esforço, o STF deveria publicar uma Súmula Vinculante com a redação “Em casos de conflitos de princípios que envolvam liberdade de expressão, este fundamento deve ser considerado em um nível hierárquico inferior a todos os demais.”<br />Acontece que os princípios constitucionais não possuem hierarquia. Portanto, no momento em que o nosso sistema legal coloca a liberdade de expressão como inferior, está indo contra a Lei Suprema do país. Deixa de ocorrer a equidade aristotélica, tão cara ao se fazer justiça no decorrer nos últimos dois milênios e meio.<br />Ora, os tribunais seguem a jurisprudência. No entanto, o que acontece quando, não uma decisão de um caso particular, mas todo o conjunto de pensamento das melhores mentes decisórias do país, ferem um fundamento?<br />A resposta é simples, é preciso criar uma anti-jurisprudência, pois nem a letra da constituição, e nem as decisões anteriores, nos servem mais.<br />As decisões judiciais servem para livrar o juiz do engessamento da lei, a anti-jurisprudência, deveria servir para livrar o juiz das decisões pouco equânimes dos demais.<br />O que tem acontecido é que, em outras palavras, como diria o humorista Millôr Fernandes, por aqui “Livre-pensar, é só pensar!”<br />De que trata a liberdade de expressão? Publicar fotos de paisagens e receitas de bolos ou se refere a temas mais contundentes? Será que remete ao nosso direito de falar ou ao nosso dever de escutar aquilo que discordamos? Sem defendermos a liberdade do outro, não poderemos defender a liberdade própria, essa é a questão.<br />Enquanto isso não ocorrer, no Brasil não poderemos acompanhar Voltaire que dizia “Não concordo com o que dizes, mas defenderei até a morte o teu direito de o dizeres”, pois liberdade de expressão não tem funcionado por aqui.</div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify">-------------------------------------------------------------------------------------------------</div><div align="justify">PS. A decisão do STF em permitir que humoristas zombem dos políticos, editada logo após a publicação desta postagem, talvez nos aponte uma mudança de ventos na liberdade de expressão. Veremos o que vem por aí.</div>Luiz Bonowhttp://www.blogger.com/profile/11501714055157834750noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2289542060523509806.post-89618143783078735862010-05-20T15:21:00.007-03:002010-05-20T15:34:43.669-03:00Leite<a href="http://1.bp.blogspot.com/_HluVx_GunSs/S_V91Smo1BI/AAAAAAAAAx4/yAlztwXeplY/s1600/Leite.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 171px; DISPLAY: block; HEIGHT: 213px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5473419276619142162" border="0" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_HluVx_GunSs/S_V91Smo1BI/AAAAAAAAAx4/yAlztwXeplY/s320/Leite.jpg" /></a> <div align="justify">O governo não gera dinheiro, apenas repassa aquilo que arrecada.<br />Digamos que o governo passe a conceder bolsa-leite para os pobres.<br />Para arrecadar esse dinheiro, ele cobraria impostos sobre o leite.<br />Cobrando impostos, o preço do leite sobe.<br />Todos pagam mais pelo produto, inclusive os pobres.<br />No meio do caminho entre a arrecadação e o repasse, existem perdas.<br />Essas perdas são decorrentes (a) dos custos burocráticos e (b) da corrupção.<br />Ora, direis, mas as alíquotas do leite são reduzidas, não são cobrados impostos severos.<br />Sim, respondo-vos, mas cobrar-se-ão, demasiada e extorsivamente, impostos do caminhão do leite, do combustível do caminhão do leite, da loja que vende o leite, do salário do empregado, da fazenda, da vaca... Em última instância, o preço sobe, portanto cobram-se impostos sobre o leite, apesar de não aparentar.<br />Em resumo, o que o governo faz?<br />Ele tira dinheiro do leite dos pobres, roubando um pouco, ou muito, no meio do caminho, e depois devolve esse dinheiro aos pobres na forma de leite.<br />E assim, sobre aquilo que os pobres ganhariam, acabam por pagar a mais no preço do tão necessário leite, levando prejuízo. </div><div align="justify">E assim, os pobres, iludidos por essa mirabolante matemática, votam nos candidatos do governo.<br />E assim, os nossos inteligentes intelectuais, interessados em também mamar, saem por aí dizendo que nunca antes na história desse país, tantos pobres tomaram tanto leite. </div>Luiz Bonowhttp://www.blogger.com/profile/11501714055157834750noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2289542060523509806.post-78597795580896050272010-05-16T12:04:00.002-03:002010-05-16T21:19:32.207-03:00POR QUE O SEU PRETENDENTE NÃO SE COÇA PRÁ CASAR?<div align="justify"><a href="http://2.bp.blogspot.com/_HluVx_GunSs/S_AJ0zq85oI/AAAAAAAAAxo/7LiTvZ_VMAE/s1600/file0001084805740.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5471884350083360386" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 254px; CURSOR: hand; HEIGHT: 174px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/_HluVx_GunSs/S_AJ0zq85oI/AAAAAAAAAxo/7LiTvZ_VMAE/s320/file0001084805740.jpg" border="0" /></a>Os bebês do sexo masculino nascem em uma proporção levemente maior do que os do sexo feminino, mas quando chegam à idade madura, existem mais mulheres do que homens, já que estes, além de possuírem um organismo mais frágil, se envolvem mais em brigas e acidentes de toda espécie.<br />Essa questão se acentua à medida que os anos passam, quanto mais velhos, maior é essa diferença, chegando ao ponto de as mulheres viverem em média de cinco a sete anos a mais que os seus parceiros. <br />Pois bem, isso quer dizer que, matematicamente falando, a nossa sociedade condena um certo número de mulheres ao celibato, já que não existem maridos para todas. Algumas poucas irão casar-se para sempre, muitas apenas por algum tempo, e outras envelhecerão, com os filhos que tiveram de diversos relacionamentos vivendo em outras cidades, em um apartamento cheirando à naftalina e repleto de gatos. A triste realidade é essa.<br />Nas tragédias de Shakespeare, a paixão era tratada como algo de adolescentes: Romeu e Julieta, Hamlet e Ofélia, etc. Naquele sábio autor, o único personagem maduro que se apaixona, é Otelo, a representação de um louco.<br />Como, via de regra, a maioria das pessoas não se casa jovem demais, devemos considerar que hoje em dia o ato de contrair matrimônio é uma atitude racional, não um mero arrebatamento da juventude.<br />Por isso, mulheres sonhadoras, aqui vão algumas perguntas para vocês pensarem. Por que o seu pretendente haveria de casar com você, existindo uma boa quantidade de mulheres disponíveis e uma liberalização de costumes que permite que ele troque de namorada sempre que se atrair por outra? Se ele não for psicopata ou tiver algum retardo mental, ele avaliará alguns critérios mais comuns.<br />As pessoas sempre procuram pela pessoa certa, mas você deve se perguntar: “- Eu sou a pessoa certa?”. Para isso, responda as seguintes perguntas, algumas delas atraem, outras repelem os homens.<br /><br /><strong>Perguntas cuja resposta positiva AUMENTAM as possibilidades de casar:<br /></strong>- Você é linda, maravilhosa, com um rosto lindo e suave, um corpo curvilíneo e firme? – Isso, por si só, poderá segurá-lo pelo tempo da juventude.<br />- Você é bem cuidada, com unhas e cabelos bonitos, pele lisa e viçosa, com roupas elegantes e adequadas às mais diversas situações?<br />- Você tem níveis sócio-econômico, cultural e de atratividade sexual igual, ou, preferencialmente, levemente superior ao do seu pretendente ou você está num patamar muito abaixo do dele?<br />- Ele gosta de conversar com você, isto é, vocês entram em um carro em Belo Horizonte e vão rindo e se divertindo até Santa Catarina, ou depois de poucos quilômetros iniciam as críticas e recriminações que os fazem ficar calados durante todo o trajeto? (Gosto por conversar, este é o melhor motivo para casar, só se encontra isso, com sorte, a cada 15 anos de vida...)<br />- Ele tem uma pequena propriedade rural e precisa de alguém para cozinhar enquanto ele dirige o trator?<br />- Ele tem filhos e precisa de uma babá para eles?<br />- Ele está falido e você é rica, de maneira que ele possa dar o “golpe do baú”? <br />- Você é bissexual e já tentou propor para ele um relacionamento a três? (essa aumenta em muito as possibilidades)<br />- Ele já está ficando velho e teme precisar de uma enfermeira 24 horas, no futuro?<br />- Ele é muito jovem e quer arrumar um pretexto para sair da casa dos pais?<br />- Ele já é casado e quer arrumar um pretexto para ter coragem de largar a esposa?<br />- Você ainda é virgem e falou para ele que só deixará de ser com o seu marido?<br />- Ele é religioso fanático ou pertence a algum grupo social que não tolera homens solteiros?<br />- Ele precisa casar-se para ascender profissionalmente?<br />- Ele é maníaco por algum hobby, esporte, crença ou trabalho que não lhe dê tempo para procurar outros relacionamentos?<br />- Ele é estrangeiro e precisa permanecer no país?<br /><br /><strong>Perguntas cuja resposta positiva DIMINUEM as possibilidades de casar:</strong><br />- Você fuma, bebe em excesso, é dependente de drogas ou medicamentos, tem surtos psicóticos, fala palavrões, é grosseira ou vulgar?<br />- Ele teria algum motivo para se envergonhar de você de alguma forma?<br />- Você é muito velha para ele? <br />- Você é uma alta executiva que fica tratando de negócios pelo celular a cada dez minutos?<br />- Você tem filhos e quer que ele os assuma, junto com todos os seus problemas econômicos, jurídicos e pessoais?<br />- Você herdará no futuro um negócio do qual você não gosta e nem entende bulhufas, e só precisa de um administrador? <br />- Ele conhece bem as pessoas com quem você já transou?<br /><br />Estas são algumas das principais condições para que os homens se casem ou deixem de casar.<br />Você, mulher sonhadora, acha que é capaz de se enquadrar nas positivas e evitar as negativas ou será que ele está com você só por uns tempos, para usá-la como brinquedinho sexual enquanto não encontra outro melhor?</div>Luiz Bonowhttp://www.blogger.com/profile/11501714055157834750noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2289542060523509806.post-50430747895584265082010-04-22T15:22:00.008-03:002010-04-30T13:57:30.017-03:00O Fogo de Prometeu<a href="http://1.bp.blogspot.com/_HluVx_GunSs/S9CgfSKxzGI/AAAAAAAAAw4/wEag8hSfs-k/s1600/Gorila.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 175px; DISPLAY: block; HEIGHT: 195px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5463042807313845346" border="0" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_HluVx_GunSs/S9CgfSKxzGI/AAAAAAAAAw4/wEag8hSfs-k/s320/Gorila.jpg" /></a> <div align="justify"></div><div align="justify">Ontem assisti um vídeo impressionante que pode ser visto <a href="http://www.i-am-bored.com/bored_link.cfm?link_id=48813" target="_blank">NESTE LINK, em inglês,</a> em que os cientistas ensinaram a um gorila que ele iria morrer um dia.<br />O bicho ficou depressivo. Nunca na minha vida tinha visto algo tão cruel com um animal, os pesquisadores tiraram o macacão do paraíso.<br />Mas, ora, diriam os protetores dos animais, esse era o elemento que faltava para tornar os bichos como sujeitos de direito, idéia que, aliás, está sendo cogitada na Alemanha, afinal, o que nos separa dos animais não é exatamente a consciência de que temos da morte?<br />Se considerarmos como seres inferiores os animais que pintam, têm linguagem, criam ferramentas, são solidários e também praticam crueldade por prazer, criam escravidão e, agora sabemos, até podem ter consciência da morte, qual argumento que poderíamos usar para não utilizarmos, por exemplo, pessoas com retardos mentais como cobaias de remédios e tratamentos? Os nazistas fizeram isso, por que abominamos essa atitude e aceitamos que ratos sejam aleijados para testarmos os efeitos das células-tronco? Será que é só uma questão de grau de inteligência? Ou será que simplesmente desprezamos o que é diverso a nós? Qual seria a qualidade que nos torna diferentes dos outros habitantes do planeta?<br />A resposta é que, nós não só temos consciência da morte, mas também do prazer, além de sentirmos prazer, nós sabemos que sentimos prazer. Eros e Thanatos. Além de sabermos que vamos morrer, sabemos também que cada grão de areia que cai da ampulheta representa todo um universo único e que podemos fazer escolhas que geram benefícios no tempo que nos resta e para aqueles que ficarão depois que nós nos formos. Nós criamos, por esse motivo, obras de arquitetura, obras artísticas, estruturas sociais e econômicas, estruturas de comunicação, viagens a outros planetas...<br />Os animais não fazem nada disso, não porque possuem um grau de inteligência inferior, mas lhes falta a qualidade de pensamento que é completamente diversa da nossa. Não, não é apenas uma questão de grau.<br />Nós temos a noção do tempo, da efemeridade, eles não. Isso nos aproxima dos deuses, o que nos autoriza a nos proclamarmos senhores da Terra e considerarmos um bicho estranho vindo de outro planeta, mas com tais características, que porventura aportasse por aqui como um igual a nós, mas não um gorila, que é 97% geneticamente idêntico ao ser humano.<br />Aos animais, devemos apenas piedade, aos humanos, uma quase divinação.</div>Luiz Bonowhttp://www.blogger.com/profile/11501714055157834750noreply@blogger.com0