Agora que acabou o Dia Internacional da Mulher...
Muito bem, agora que cessaram os cumprimento, as flores, os presentes e os jantares, seguem alguns dados, para que nos situemos mais exatamente a respeito da situação feminina no mundo.
- na iniciativa privada, mulheres
ganham menos que homens para exercerem as mesmas funções, essa média é de
aproximadamente 30% a menos;
- a maior parte dos cargos de gerentes
e cargos de hierarquia elevada nas empresas pertence aos homens;
- em algumas áreas, como as empresas
de tecnologia de ponta, as mulheres representam apenas 1% dos CEOs;
- a maior parte de trabalhos
subalternos e de menor remuneração é destinada às mulheres;
- no Brasil, as mulheres recebem menos
de 40% da massa salarial do país[1];
- as mulheres ganham 10% das receitas
mundiais, apesar de constituírem 49% da população;
- as mulheres são subrepresentadas em
todos os corpos legislativos mundiais;
- as mulheres detêm menos de 1% dos
ativos financeiros do mundo;
- aproximadamente 70% dos adultos
miseráveis do mundo são mulheres.
Susan Faludi, no seu bestseller
americano “Backlash”[2], coloca
uma enxurrada de dados sobre a situação da mulher nos Estados Unidos durante a
década de 80 do século passado, fatores que não mudaram de forma significativa
desde então:
-75% das trabalhadoras ganham menos do
que 20.000 dólares ao ano, perto da metade da média masculina[3];
- mulheres com segundo grau completo
ganham menos do que os homens que largaram a escola;
- mulheres representam menos de 8% dos
juízes federais, menos de 6% dos associados em escritórios de advocacia,
existiam à época apenas três governadoras, duas senadoras, duas executivas
milionárias na lista dos “top 500” da revista Fortune;
- mais da metade das grandes
corporações não têm sequer uma mulher nos cargos de alto escalão;
- as mulheres atendem a mais de 70%
das tarefas domésticas;
- são empurradas para ocupações
inferiores, paga-se menos a elas, são demitidas primeiro e promovidas por
último, recusam-se creches e cuidados aos filhos e impõe-se assédio;
- para cada 10% de aumento do número
de mulheres em uma determinada ocupação, a renda anual feminina cai US$ 700,00[4];
-os trabalhos tradicionais femininos,
como bibliotecárias, professoras, enfermeiras, secretárias e trabalhos sociais,
são pouco remunerados;
- nas vendas em lojas, 83% dos postos
de baixas comissões (remuneração média de 170 dólares por semana), como os de vendedoras
de cosméticos, pertencem às mulheres, enquanto que 93% dos de alta remuneração
(US$ 400,00/semana), como a venda de carros e barcos, pertencem aos homens.
Dessa maneira, caro leitor, pergunto: ainda acredita no discurso ideológico de que a mulher está atingindo a igualdade? Mostre-me onde!