quinta-feira, 31 de maio de 2007

Postes


quarta-feira, 30 de maio de 2007

O Que o Bolsa-Família Tem a Ver com Robin Hood?

Nada.
Robin Hood tirava dos ricos para dar aos pobres e o bolsa-família desvia recursos dos impostos que incidem principalmente sobre os mais desfavorecidos. Em outras palavras, tira dos pobres para dar a outros pobres.
Para piorar as coisas, com o dinheiro não acontece simplesmente de migrar de uns para os outros, pois no meio do caminho existe o custo da transferência que envolve a burocracia e, o pior de tudo, corrupção, que todos temos acompanhado pela imprensa, no governo LulaLá anda mais prá Uh-Lá-Lá... Portanto, além de secar do roto para umedecer o esfarrapado, ainda provoca vazamentos no percurso.
O imposto único, proposto pelo ex-candidato à presidência Bivar, não pega no Brasil simplesmente porque não existe interesse das nossas elites políticas e bancárias que possuem todo o interesse em um sistema tributário confuso e sujeito a desvios e necessidade de toda espécie de órgãos controladores angariadores de votos e de dinheiro sujo. Com o sistema atual de tributação, muitas das pessoas mais humildes não conseguem perceber o impacto que o imposto embutido tem em suas vidas. Para cada par de sandálias, para cada pacote de margarina ou passagem de ônibus, o indivíduo está tirando do sustento de sua família para ajudar a financiar o programa.
Da mesma maneira, impor às empresas que financiem os programas sociais eleitoreiros do governo na forma de impostos faz com que elas reduzam os seus investimentos e suas contratações, o que quer dizer que diminuem o número de empregos, aumentando o problema da pobreza e da desigualdade em nosso país.
Porém, talvez exista uma maneira de comparar o bolsa-família à lenda de Robin Hood: roubando dos pobres, ele é o xerife de Nottingham.

Publicado originalmente em polis.tv

terça-feira, 29 de maio de 2007

Sketch para TV – Sandubão


Personagens: Bono Sol e Bronco, com roupas de hippie, com os olhos vermelhos e sentados sobre o balcão.
Cenário: a cozinha bagunçada de sempre, com decoração hippie.
Bono Sol –Sóóóó!
Bronco – Sóóó!
Bono Sol – Bateu uma larica agora, Bronco!
Bronco – Sóóó! Também tô numas, Bono Sol.
Bono Sol – Sóó!
Bronco – Vamu fazê um sandubão?
Bono Sol – Só! Pega o pão integral e a ricota.
Bronco (apanhando os ingredientes) – Só!
Bonow Sol (pausa) – Ouviu?
Bronco – O quê?
Bono Sol – Tem alguém escutando atrás da porta!
(longa pausa)
Bronco – Só!
Bono Sol – E então?
Bronco – É nóia sua, Bono Sol! Pura nóia! (pausa)
Bono Sol – Só! (longa pausa) O que que a gente ia fazê mesmo?
Bronco (longa pausa) – Ah, lembrei! O sanduba!
Bono Sol – Passa a ricota no pão que eu vou cortando o tomate. (cortando o tomate o o alface)
Bronco – Não vai lavar?
Bono Sol – Não, assim é mais natural, Bronco.
Bronco – Só! E o presunto?
Bono Sol – Somos vegetarianos, esqueceu? Presunto é carne e eu não posso comer meu semelhante.
Bronco – Não é carne, não.
Bono Sol – É sim!
Bronco – Carne é picanha. Presunto é carne, mas é carne sutil, não conta.
Bono Sol – Só é... Passa ele daí, então.
Fecha os sanduíches e os dois ficam olhando a obra por um longo tempo.
Bono Sol – Só!
Bronco – Só!
Bono Sol – O que que a gente ia fazer mesmo?
Bronco (pausa) – Comer.
Bono Sol (comendo o sanduíche) - Só!

segunda-feira, 28 de maio de 2007

Ô, Zéfio!


Já fazia um bom tempo que o Zeca tava de olho na dona Nadir, ficava ligadão toda a vez que ela passava para fazer feira e sentia que ela também não deixava por menos, com um sorriso prá lá de safado.
Só que com a dona Nadir tinha que ir com muito jeito, afinal era uma mulher muito fina, com o marido, o Welynton gerente de banca de peixe no mercado. Até carro tinham. Além do mais era amigona da Teresinha, passavam o dia fazendo fofoca no muro e falando mal da vida dos outros, mas sempre que ele ia prá entrar na prosa, a patroa já ia se despedindo, dizia que tinha muita coisa prá fazer e já, já puxava o Zeca prá ajudar em alguma besteira que ela inventava. A Terê não queria saber de tocarem pedra no pombo dela.
Com a Teresinha não dava, afinal ela vivia jogando na cara que se esfalfava trabalhando na máquina de costura prá botar comida na mesa dos dois, e por isso não tirava o olho dele que até para ir conversar com os amigos no bar tinha que pedir permissão. Se pegasse ele numa boa, seria um Deus-o-livre.
Então a dona Nadir ficou bem numas de fruto proibido mesmo. Aquele mulherão! Altona, loirona, sobrancelhona bem preta, cabelão crespão, unhas pintadonas, cara redonda, jeito de menina sapeca. Sempre que olhava pro Zeca parecia que tava querendo. E mais ainda, usava sempre um vestido que deixava ela bem gostosa e um salto alto que era o maior tesão. Fazia de propósito, só para provocar. E rebolava bem prá burro. Toda vez que saía de casa dava um oi de me come e ia pela rua sacudindo aquele bundão. E a Teresinha só olhando...
Um dia fechou todas. A Nadir chamou a Terê no muro dos fundos e disse que o irmão dela tava ligando do interior. A Terê largou faca e cebola e saiu correndo prá atender o telefone. Voltou toda atazanada: que a mãe dela tinha levado um tombo, tava mal, tava até com febre. Cobriu a máquina de costura com o pano florido, botou umas roupas prá dentro da sacola, disse pro Zeca se virar com a comida que ela ia prá rodoviária tentar conseguir passagem.
Ele não teve dúvidas. Assim que a mulher virou a esquina, já tava batendo na casa da vizinha prá pedir almoço. O melhor de tudo é que o Welynton não almoçava em casa durante a semana. Não dava tempo daquela montanha de gente voltar lá do centro. Ainda bem, porque toda hora que ele tava em casa, o Zeca ouvia ele batendo na mulher, coitada, imagina só, uma mulher daquelas que devia ser tratada só com beijinho e nheco-nheco o tempo todo!
Dona Nadir abriu a porta e deu aquele sorriso maroto de sempre, convidou prá entrar, disse que tava muito sentida pela mãe da Teresinha e antes que ele pedisse, convidou prá almoçar. O Zeca já foi entrando prá cozinha junto dela e botando o saco de carne em baixo da torneira prá descongelar. Ela passou os limões para ele amassar no espremedor. Prá não ficar muito chato de ter chegado com as mãos vazias, voltou em casa, pegou as cebolas e as outras verduras, que a Terê estava cortando antes de sair, e trouxe tudo prá contribuir.
Conversa vai, conversa vem. Nadir no fogão, Zeca ali do lado, sabe cumé. Quando deu a chance ele já foi se chegando, alisando o cabelo da Nadir, passando a mão, falando que ela era tesuda. Aquelas coisas. E ela só se fazendo de gostosa, de nem-te-ligo, só olhava prá ele com aquele sorriso sacana e continuava mexendo o molho. E o Zeca dê-lhe de beijar no cangote e fazer mão-boba e ela que dê-lhe de se arrepiar, até que uma hora não agüentou mais, desligou o fogão, derrubou o Zeca no chão e já foi tirando a roupa dele. E ele só fissuradão na barriga da perna dela. Nem se apressou prá ver a vizinha peladona, só prá sofrer bastante.
Quando ele já estava nu em pêlo, pronto prá tirar a roupa dela, já exibindo os orgulhos, ouviram o Welynton escancarando a porta da frente e gritando:
"-Ô, Nadiquinha, tô cuma puta dor de cabeça, me dá o almoço que hoje não deu prá trabalhar!"
Broxada imediata.
A Nadir calçou o chinelo que era a única coisa que o Zeca tinha conseguido tirar e saiu correndo da cozinha em direção ao marido. O Zeca, coitado, também levantou de sopetão, apanhou as roupas no chão e tentou sair pela porta da cozinha prá pular o muro, mas quando botou a mão na maçaneta percebeu que ela estava trancada. O Welynton, antes que a Nadir pudesse fazer qualquer coisa, sentiu o cheiro de comida e foi caminhando até a cozinha.
O Zeca tava perdido, viu a morte de perto.
Só deu tempo de ele jogar as roupas na lata do lixo e sair gritando da cozinha: "-Ô, Zéfio! Ôôô, Zéééfio!"
O Welynton, assustado de ver o vizinho pelado, não teve tempo nem de desviar. O Zeca abraçou o outro dizendo: "-Uhhh, que o Peto Véio tá querendo umas cachaça, Zéfio. Vô pegá a alma do Zéfio até ele me trazê bibida."
Começou a alisar o Welynton que não conseguia escapar porque já tava de encontro à parede. O maridão olhou todo perdido para a mulher que fez sinal que não sabia de nada. O Zeca só continuava: "-Ôôô que o Pêto Véio tá picisando de reza, Zéfio, acende uma vela po Pêto Véio, Zéfio, ô, Zéfio."
O Welynton segurou o outro pelos ombros e falou com lógica: "-Pára com isso, Zecão, que tu não é preto e nem velho!", mas não adiantou, o outro continuava se sacudindo todo e berrando: "-Zéfio, Zéfio, mi ajuda Zéfio...", depois se atirou no chão e ainda se debatendo: "...ajuda o Peto Véio que o Peto Véio ajuda esse Zéfio que tem que tomá um chá de mulungu com uma pasta de cassaú prás lumbriga."
A partir daí foi diminuindo, diminuindo, até que adormeceu.
O Welynton perguntou para a Nadir o que é que significava aquilo e ela nem sabia: "-Ele pulou o muro e veio prá cá gritando desse jeito..."
O Zeca foi acordando atordoado sem saber o que estava acontecendo e foi logo perguntando: "-O que é que vocês tão fazendo aqui em casa?" Quando percebeu que não tava em casa e tava peladão, sentiu-se muito constrangido, tentou-se esconder atrás do Welynton que, já prevenido, saiu fora e jogou uma toalha prá ele.
Depois de tudo explicado ele foi até os fundos da casa e pulou o muro (o Welynton nem percebeu que a Nadiquinha tirou a chave da porta do bolso do avental). Mais tarde, ela jogou o lixo com as roupas no quintal do vizinho.
A partir daí, o Welynton começou a acender uma vela todas as noites, afinal de contas não é nada bom brincar com as coisas do além..

domingo, 27 de maio de 2007

Ou vai, ou fica?

Ah, meu amor, não me deixa no escuro,
Quem fica em cima do muro acaba caindo no chão,
Nem tanto ao mar nem tanto à terra é morrer na rebentação,
Quem não é de paz e nem de guerra
Vira bucha de canhão...
Ah, meu amor, vê se não te faz de presa
Se tens garras de leão,
Não me deixa na incerteza, feito bobo e sem ação,
Mete a cara ou quebra a tez,
Deixa o tanto faz, tanto fez
E vê se te afoita:
Usa a moita ou cede a vez!

sábado, 26 de maio de 2007

Nosso senso crítico está decaindo?

Até os anos 80 surgiam propagandas que eram imediatamente ridicularizadas pelo público, muitas vezes criando sérios arranhões às imagens das empresas.
Quem não se lembra do cigarro da terra “onde os homens se encontram”, o qual o grande público passou a ridicularizar como sendo de uma citação homossexual? E a clássica Lei de Gérson, com o jogador da seleção falando “Eu gosto de levar vantagem em tudo, cérrto?”, que por falta de visão dos publicitários arranhou inclusive a imagem do próprio atleta.
Acontece que parece que a população brasileira está perdendo o senso crítico.
No ano da copa de 2006 foi veiculada uma
propaganda na TV em que em um jogo de futebol, a trave se movia sempre que o adversário fosse fazer um gol. Será que os gênios publicitários que criaram a campanha acharam isso bonito? Quer dizer que é lícito mudar as regras do jogo sempre que percebemos que vamos ser prejudicados? Em um país tomado pela corrupção e pelo jeitinho será que era ético passar essa mensagem para quarenta milhões de televisores ligados no mesmo instante?
Agora surgiu a mais nova: um sujeito cai de balão no meio da floresta com um cartão de crédito, vai lá e compra um papagaio para depois soltar. Bem, mesmo que seja para um fim nobre, será que as pessoas não raciocinam que é no mínimo imoral incentivar a compra de animais silvestres? Para o contrabandista da vida selvagem não interessa se você é um sujeito de bom coração, para que ele passe a caçar mais papagaios só é preciso ter mercado, ora.
Mas o que me incomoda mesmo, é que não vi nenhuma única linha na imprensa oficial ou blogueira condenando esse comportamento dos publicitários. Será que este não seria um indício de que o nosso senso crítico está decaindo?

sexta-feira, 25 de maio de 2007

Sósias

E tem gente que ainda acha que sou parecido com o Luciano Huck, não sei de onde tiram isso...

quinta-feira, 24 de maio de 2007

O Brasil com lentes cor-de-rosa 2.

Que temos os maiores juros do mundo, disso todo mundo sabe. E que agiotagem é crime no Brasil desde a década de cinqüenta, tampouco é novidade para ninguém. O que muitos não sabem é que não é assim em todo mundo. Com breves cliques na Internet pode-se encontrar sites como o Prosper (EUA) ou o Zopa (Inglaterra) que operalizam empréstimos entre pessoas e operam legalmente nos seus respectivos países.
Quando isso ocorre, os empréstimos são limitados em quantidade, ao redor de até 25.000 dólares por pessoa, e em juros, dependendo do estado ou país.
No Brasil, os bancos não têm qualquer interesse em emprestar para pessoas físicas com juros baixos, se o maior tomador de dinheiro é o próprio estado que paga sempre com certeza e com taxas altíssimas. Por isso, quando vamos financiar uma casa, por exemplo, temos que aceitar os empréstimos praticamente impagáveis e as extorsões que vemos todos os dias na TV e percebemos esse fato na vida prática também.
Para o cidadão comum, pouco importa o que o governo paga para conseguir dinheiro no mercado, pois temos uma cultura de não-participação do cidadão nos afazeres públicos, portanto o que interessa mesmo para a maior parte das pessoas é quanto está pagando nos juros do cartão ou na prestação da casa própria.
E isso poderia ser radicalmente reduzido se cada um pudesse tomar empréstimos com o tio, com a vizinha ou o cunhado. Isso geraria uma concorrência com os bancos que fatalmente iria reduzir a taxa de juros enfrentada pela população, trazendo todos os benefícios que dinheiro fácil proporciona na economia: melhor produção e produtividade, maior taxa de empregos, etc.
Em um bairro de fortaleza, o
Banco Palmas tomou a iniciativa de fazer pequenos empréstimos que só podem ser gastos no comércio local que, aliás, tem prosperado muito.
Com os bilhões envolvidos na permanência do estado atual de coisas, talvez muitos não tenham interesse em mudar e isso seja apenas uma quimera tola, porém sempre é bom sonhar maneiras de como o Brasil poderia ficar um pouquinho melhor.


quarta-feira, 23 de maio de 2007

Uma Longa Jornada Rumo ao Entendimento

Há vários anos, estava com uma amiga em um supermercado e decidi devolver um produto à prateleira. Quando pedi licença para caminhar até a gôndola, ela me falou, “deixa por aí mesmo, pois senão você vai estar desempregando o promotor da empresa!”, e eu a partir daí, por consciência social, passei a deixar os supermercados por onde eu passava sempre bagunçados.
Por mais burrice que pareça, demorei alguns anos para perceber que ela havia me convencido de uma besteira. Obviamente o salário do promotor vai sair do meu bolso via aumento dos preços dos produtos, ou quem será que ela achava que iria pagar por isso? O supermercadista? O industrial? O governo? É claro que é o consumidor final, eu, ora! E será que estou disposto a pagar mais apenas pelo simples relapso de colocar um produto de volta à prateleira?
Portanto, demorei muito tempo para entender a frase de
Milton Friedman: “Não existe almoço grátis!”.
Seria uma patetice individual e isolada, se esse fato não ilustrasse o pensamento de todo um povo. Basta ver as manchetes da imprensa: “O governo vai financiar o bolsa-família...”, “as obras vão sair dos recursos da secretaria tal, via financiamento do BNDES...”, “...auxílios supridos pelo fundo de participação dos ...” A lista é enorme, cotidiana, imperativa.
Será que muitos jornalistas, pessoas esclarecidas e formadoras de opinião realmente acreditam que o dinheiro sai mesmo “do governo”? Eu não posso acreditar que todos sejam bobocas como eu um dia fui, acredito que tenha muito de má fé quando falam tal asneira.
Semana passada, vi a mais nova: o “governo” quer dar R$204,00 para cada aluno que for aprovado na escola. Até onde sei, o salário do nosso presidente é de 12 mil, como ele vai pagar por tanta esmola? Por isso, estou começando a suspeitar que quem vai pagar por isso, sou eu, é você, somos nós! Não é o governo, não. Não é o Ministério da Educação, nem a Secretária Especial de Qualquer-Coisa e nem o Fundo de Participação Blábláblá.
É impressionante como uma coisa tão óbvia é tão difícil de ser percebida. Para a nossa população, contemplada com o pensamento mágico de que as coisas realmente caem do Céu Estatal, será mesmo uma longa jornada partindo do obscurantismo rumo ao entendimento
.

terça-feira, 22 de maio de 2007

Aforismos Sobre o Prazer


Este texto busca reduzir um quarto de século de pesquisas, práticas e pensamentos em poucas linhas, para todos aqueles que buscam, não religião, mas elevação, não misticismo, mas sabedoria.
O povo drávida viveu 3000 anos a.C., no território da atual Índia.
Os drávidas criaram um sistema que buscava metodizar o prazer sensual e sexual.
O ato de cobrir o chão com um tecido para o ato sexual nos diferencia dos animais, por isso eles chamaram esse sistema de “tecido”, que em sânscrito se diz “tantra”. Uma tradução moderna e não-literal, portanto, seria “A Arte dos Lençóis”.
O tantra versa sobre temas diversos que levem ao prazer sexual: como organizar a casa, a arte dos perfumes, técnicas de alimentação, massagens sensuais, etc.
Duas dessas técnicas se salientaram: o maithuna, técnica de prolongar o ato sexual, e o yoga.
Yoga é uma palavra que se manteve, via latim, no idioma português: jugo. O yoga, ou jugo, é a arte de fazer o corpo obedecer aos anseios da mente com finalidade de levar ao prazer. Serve, portanto, para “subjugar” o corpo aos desejos.
O símbolo universal do yoga é o “OM”. Conforme podemos observar no desenho acima, o OM é representado por um órgão sexual masculino e um órgão sexual feminino, acompanhado de um conjunto lua-ponto.
Este conjunto, é o de uma lua (palavra feminina em todos os idiomas) e um “bija” que em sânscrito quer dizer “gota de esperma”. A leitura, desse “grafitti” pré-histórico, portanto, é: a união dos princípios feminino e masculino através do ato sexual.
A pronúncia do OM pode ser verificada em qualquer filme pornográfico: é o som que o ser humano emite quando sente prazer.
O objetivo do yoga é a ascensão da kundalini. Kundalini, em bom português, significa tesão, a onda de prazer sexual que nasce no períneo e sobe pelas costas até ao topo da cabeça e se movimenta em torno da coluna espinhal em forma de espiral. O osso sacro se chama assim devido a ser a raiz da kundalini. O símbolo da sabedoria sobre o corpo, a medicina, é representado pela kundalini subindo pelos principais nadis da coluna.
Nadis são “tubos” ou “canos” imaginários que os antigos pensavam existir, antes de existirem tomografias ou estudos anatômicos mais profundos. Ao batermos o cotovelo, sentimos um choque na mão que hoje sabemos ser um reflexo do sistema nervoso, mas os antigos pensavam se tratar de um “tubo” ligando o cotovelo à mão. A medicina moderna dá outros nomes para os nadis: sistema circulatório, sistemas de músculos, tubo digestivo, etc. Uma boa definição de nadi é “o caminho imaginário por onde se sente a tesão passar”.
Por estes “tubos” ou nadis, portanto, circula a kundalini, ou energia sexual.
O objetivo do yoga é controlar a tesão de modo que ela se movimente pelos “tubos” conforme a nossa vontade.
Para isso existem oito técnicas no yoga que devem ser ensinadas ao iniciante na seguinte ordem:
1. Contrações (bandha) : são “baterias” ou “capacitores”. Contrações e relaxamentos com a finalidade de “bombear” a kundalini.
2. Respiração (pranayama) : coordenação entre a respiração e a tesão.
3. Sonoridades (mantra) : emissão de sons vibrando regiões do corpo em seqüências específicas com a finalidade de movimentar a kundalini. Um parênteses: a ressonância sonora do corpo, como em uma caixa de som, corresponde a determinadas regiões. A vogal “U” ressoa com a parte baixa do corpo, depois a seqüência “O”, “A”, “E” e “I” vibram em partes mais altas (o “I”, corresponde ao topo da cabeça). Músicas e sons com seqüências específicas podem ser compostas.
4. A técnica do espreguiçamento (ásana): posturas que relaxam os nadis e nas quais o praticante deve concentrar em movimentos específicos de kundalini;
5. Gestos (mudrá) : são uma espécie de diodo em um circuito eletrônico. São “curto-circuitos” com a finalidade de direcionar ou concentrar a tesão.
6. Oferendas (pujá) : forma de direcionar a energia sexual para o mundo externo: amar, doar coisas (inclusive dinheiro), venerar (o que muitas vezes é confundido com religião), apreciar a beleza, criar arte, etc. Enfim, elevar-se.
7. Concentração (samyama) : prestar atenção das concentrações e movimentos da kundalini no corpo.
8. Relaxamento (yoganidrá) : espalhamento da energia de tesão por todo o corpo.
Limpezas do corpo (kriya) são normalmente ensinadas em aulas de yoga, mas não visam o movimento da kundalini, sendo portanto uma técnica do tantrismo, mas não têm como objetivo o “jugo” do corpo.
Não conheço nenhuma escola de yoga que ensine essa técnica com um viés sexual (acho até que no Brasil o instrutor seria preso!).
No entanto, é esse o verdadeiro yoga, a linha de pensamento que dá liga e sentido a todos os ensinamentos, sem precisarmos apelar à religião ou ao misticismo.

segunda-feira, 21 de maio de 2007

A Brasileira

Ela tinha o ventre recoberto pela floresta amazônica,
Tinha os tornozelos de coqueiro,
Os braços de Cristo Redentor,
Os seios de cuia de chimarrão...

Ela tinha os cabelos de pororoca,
Os dentes de coco, o beijo de mangaba
E a graça do vôo de um tuiuiú.

Quando acompanhei o seu ritmo de Avenida Paulista,
Olhei-a deitada em berço esplêndido
E percebi que eu fizera amor à pátria.

domingo, 20 de maio de 2007

Spammeres

Quando eu envio spam para os amigos, sempre procuro por coisas criativas e originais. Sabem quem começa muitos dos spams que a gente vê por aí? Eu! O site www.i-am-bored.com é uma excelente fonte desse tipo de lixo eletrônico divertido. Recomendo.
No entanto, percebo que spams são uma forma de conhecer aquilo que está mais íntimo no coração dos amigos. Deveriam fazer um estudo psicológico mais profundo. Vejam só com que tenho andado na Internet...
A Brega – gosta de enviar e-mails de coisas de mau gosto, como escatologias, bizarrices e piadas grosseiras;
O Pervertido – eu até acho normal que me enviem fotos de mulheres peladas, muitos amigos o fazem (eu não repasso, juro!), mas sempre tem aquele que manda sexo com velhinhas, com travestis e outras do gênero;
A Desatualizada – aquela que só manda spams que circulam na Rede desde os tempos do dilúvio;
O Técnico – o que me atualiza com as últimas inovações;
O Engajado – o que só repassa escândalos políticos;
A Intelectual – manda visitas a museus, artistas e orquestras;
O Negociante – envia só oportunidades de negócios;
O Gaúcho Bairrista – slides enaltecendo Porto Alegre e o Rio Grande;
O Entreguista – só manda coisas ruins do Brasil;
O Ufanista – só manda coisas boas do Brasil;
O Necrófilo – manda cenas de acidentes, de preferência com muito sangue e vísceras expostas;
A Feminista Ingênua – piadas em que os homens são bobos e submissos;
A Carola – só envia correntes, preces e santinhos;
O “Encaminhar” – encaminha para todos os amigos tudo o que recebe, sem selecionar;
A Piegas – envia textos melosos e sentimentais;
A Natureba – tudo sobre produtos naturais;
O Utilitário – afinal, um dia você pode precisar...
Turminha da pesada, hein? E vou falar do pior: com tudo isso, ainda adoro os meus amigos!

sábado, 19 de maio de 2007

Sombra


sexta-feira, 18 de maio de 2007

O Neoiluminismo

Nenhuma idéia floresce antes de a sociedade estar pronta para ela. Os gregos já haviam descoberto o avião, a máquina a vapor, o computador e o robô dois milênios antes de nós e nem por isso essas idéias se desenvolveram naquela época.
Por outro lado, bastou um padre colocar uma folha de papel com suas idéias na porta da sua igreja que surgiu uma revolução nos hábitos e costumes de toda uma civilização. O protestantismo surgiu porque era a hora que o capitalismo precisava de expansão e o pensamento católico de condenação da usura e a sua inerente falta de ética à época não serviam mais ao mundo.
Uma segunda necessidade filosófica do capitalismo surgiu com o iluminismo. A liberdade de expressão, liberdade de contratos, o acesso de todos à justiça e a redução do paternalismo estatal se tornaram prementes com o surgimento da Revolução Industrial.
Estamos vivendo uma nova revolução, a revolução tecnológica e, portanto, podemos esperar uma nova revolução no pensamento. Ela estaria ocorrendo? Onde?
Ao meu ver, Domenico di Masi é um dos primeiros pensadores dessa nova era que promete uma certa mistura de produção de riqueza com um benefício social amplo e para uma grande maioria. Seria esta mais uma das tantas quimeras impossíveis com que a humanidade já sonhou? Aparentemente, não. De fato, tudo indica que a riqueza está mesmo cada vez mais abandonando os detentores dos meios de produção e migrando para os detentores do intelecto.
Como isso acontece na prática? As filosofias do capitalismo sempre buscam a consolidação da riqueza. A pergunta que deve ser formulada é de como um povo pode se tornar mais rico. Dessa maneira, para um cidadão do século XVI, ser rico era ser honesto. O século XVIII, por sua vez, foi o século da liberdade (e de suas caricaturas, a igualdade e a fraternidade). O que nos espera para o século XXI? O que é ser rico para nós?
Eu não gostaria de cair no lugar-comum de afirmar que este será o século da educação, porque isso não é verdade. Cuba é o exemplo que nem todos os países com bom nível de escolaridade respondem com progresso.
Ao meu ver, a ética deste neoiluminismo será a ética da criatividade e será preciso todo um sistema de pensamento para esse fim. Estão aí o Google, o Skype e os automóveis Flex para provar isso. Assim como um dia o capitalismo foi baseado na confiança e na honradez dos contratos e poucos séculos depois, na liberdade para pensar e empreender, o que vale para o nosso tempo são as idéias que possam ser transformadas em produtos.
Veja-se bem, assim como não é verdade que as idéias de honestidade foram criação dos protestantes ou que as de liberdade foram inventadas pelos enciclopedistas, a criatividade é uma qualidade humana, universal, o que vai nos diferenciar não é o fato de a valorizarmos, mas sim de estarmos nos encaminhando para criar uma nova ética.
Como valorizar alguém que cria? Como proteger a propriedade intelectual? Como distribuir a criação por entre os seus vários criadores? Como metodizar a criação? Como estabelecer parâmetros de qualidade entre uma criação e outra similar?
Parece que por essas perguntas é que no futuro vamos ser conhecidos como participantes desse momento em que vivemos.



quinta-feira, 17 de maio de 2007

Política para Crianças: A Mãos-de-Cabelo

Dizem que a mulher que está comandando os outros tem muito prazer e muito poder. E esse prazer solitário do poder faz nascer cabelos nas mãos. Essa mulher tão poderosa se chama Mãos-de-Cabelo.
A Mãos-de-Cabelo costuma aparecer no quarto das crianças que fazem xixi na cama porque ela sobrevive de ter as mãos molhadas. No escuro daquelas noites frias em que ficamos com medo do Bicho-Papão e portanto não queremos nos levantar para ir até ao banheiro, acabamos fazendo xixi na cama, mas daí é muito pior, pois ela vem e aparece. Ela vem no escuro e começa por passar aquelas mãos cabeludas no nosso rosto, incomodando, ameaçando fazer coisa bem pior se não molharmos as mãos dela.
Só que a pior coisa que se pode fazer é ter medo da Mãos-de-Cabelo, porque daí ela vai querer ter aquelas mãos sujas cada vez mais molhadas, até chegar ao ponto de nos afogar no nosso próprio xixi.
Preste atenção: se fizer xixi na cama ou qualquer outra coisa que é errada nunca, jamais molhe as mãos da Mãos-de-Cabelo. Acenda a luz, grite, chame a atenção de todos na casa, chame a mãe ou o pai para virem acudir porque só assim ela vai embora e aprende que não pode mexer com você.
A Mãos-de-Cabelo pode querer pegar você. Ela tenta e até consegue para muitas crianças, mas se a gente não impedir, ela cresce cada vez mais e por fim, acaba com a gente. Por isso, não faça xixi na cama e se não der para segurar, assuma que fez, não tente molhar as mãos da Mãos-de-Cabelo porque isso pode ser muito, mas muito pior.

quarta-feira, 16 de maio de 2007

Acordando

Moleza total...
O olho não queria abrir. O braço não queria mover. Só que eu tinha que levantar.
"Ahhhhhii llove to waake up iin the cityyyy..."
Espreguicei.
Passos curtos pelo corredor silencioso.
Mijada.
Lavar a cara.
Um bom copo d'água para tirar a ressaca de ontem.
Voltar para o quarto e me vestir...
Nossa! Que susto! Ai, ai, ai!
Tinha alguém deitado na minha cama, mas só com a luz do banheiro acesa eu não vi muito bem. Acendi a luz do quarto e o susto foi maior ainda. Era eu mesmo.
A gente sempre ouve aquelas histórias de pessoas que morrem e deixam o corpo, o meu primeiro pensamento foi por aí. Só que a gente também ouve que quando isso acontece vem uma luz pegar a gente com algum defunto querido dizendo: "caminha prá luz, caminha prá luz", mas, droga, eu não vi luz nenhuma. Quis sair correndo, mas tomei coragem e resolvi averiguar. Cheguei perto de mim, louco de medo de me ver roxo, mas não, eu estava bem coradinho.
Ressonando...
Eu já tinha ouvido falar em viagem astral, mas aquela era uma 'bad trip' astral. E agora? E o que é que eu iria fazer? Lembrei que eu poderia tirar vantagem da situação, dizem que nesses casos podemos ir para qualquer lugar que desejarmos. Pensei em surfar na Austrália. Fiquei me concentrando que eu estava dropando umas ondas maneiríssimas, mas nada. Abri os olhos e continuava no meu quarto.
Tudo normal, só eu é que não estava. Ser sonho é um saco.
Resolvi deixar prá lá, essas coisas acontecem, o melhor que eu poderia fazer era voltar a dormir e acordar certinho de manhã cedo. Afinal, não era nem quatro da madruga. Apaguei a luz (que eu percebi que eu não tinha nem acendido de verdade, só em sonho), deitei direitinho em cima de mim mesmo que dormia e adormeci.
Acordei beleza. Belisquei para ver se não era sonho de novo, levantei, mijada, água na cara e tudo o mais. Voltei para o quarto... Que saco. Eu estava dormindo ainda. E olha que o beliscão tinha doído, mas doído em sonho.
Olhei o relógio, não tinham passado nem quinze minutos da outra vez e, olha, parecia que eu tinha dormido um bolão. O que fazer? Fui até a geladeira traçar um rango e fiz um puta dum sandubão. Liguei o som e fiquei curtindo. Foi legal, em sonho a gente pode botar um som de arrasar sem acordar ninguém. Pensei em ir curtir alguma festa, só que era terça-feira e festa na terça, nem em sonho. Daí desisti.
Não adiantava. Eu tinha que enfrentar a realidade. Eu era um sonho com insônia! O véio de Liverpool estava errado "The dream is not over!", prá mim, pelo menos o sonho não tinha acabado.
Fazer o quê? Eu era um sonho jovem e, o pior de tudo, condenado à morte.
Eu nunca conseguia lembrar de sonho de manhã e eu sabia que o meu corpo iria acordar dali a pouco. Isso queria dizer que eu tinha pouco tempo de vida.
Para registrar a minha passagem no mundo só teve um jeito: sentei na mesa do meu quarto de sonho, acendi a luz de sonho, peguei uma caneta de sonho, um papel de sonho e, enquanto o eu de verdade morgava na cama, escrevi a minha história de sonho para que algum dia um outro sonho, como eu e você, pudesse ler.

terça-feira, 15 de maio de 2007

O Meu Bisavô Karl




O que sei do meu bisavô Karl?
Que ele viveu na Pomerânia
E morreu a pouco menos de um século?
Sei bem mais de deuses gregos
Que não viveram há dois mil e quinhentos anos,
Sei bem mais sobre a Branca de Neve
Do que sobre o meu bisavô!
Tristes personagens somos nós,
Nós que explodimos com um universo desconhecido,
Viemos da poeira, pisamos na lua
E no entanto não passamos de nada.
Vô Karl, peço a tua benção com o meu desprezo,
Saúdo-te com o esquecimento
E agradeço a vida a ti e à vida.

domingo, 13 de maio de 2007

Plantio de Árvores Frutíferas na Cidade


Uma idéia que me intriga de como não é posta em prática, apesar de tão óbvia, é o de plantio de árvores frutíferas nas grandes cidades.
Para mim, esse seria o verdadeiro projeto Fome Zero, deixar que os necessitados tivessem ao menos o que comer, não só para combater a miséria, mas também como uma forma de segurança alimentar nas grandes cidades, em caso de guerras ou outras tragédias.
A região da serra gaúcha prosperou muito mais do que a da planície no centro do estado, apesar de ambos terem recebido imigrantes italianos. Nas florestas da serra, os italianos conseguiam sobreviver catando pinhões e caçando passarinhos. O fato de ter abundância na natureza, aliado ao trabalho duro, traz bons frutos econômicos para uma região.
Eu tento fazer minha pequena parte. De vez em quando, vou ao parque que tenho em frente a minha casa, em Curitiba, e planto uma árvore frutífera, já que a prefeitura não cria pomares municipais, acho que é um dos meus deveres como cidadão deixar esses presentes para as gerações futuras.
Outras vantagens são a alimentação de pássaros ou de peixes, quando plantadas ao lado de rios e lagos. Mesmo que nunca venha a existir miséria extrema no país e para todo o sempre as grandes cidades venham a ser abastecidas, mesmo assim, penso que o prazer de comer uma fruta no pé não tem substituto, certamente é bem melhor do que ensinar à gerações futuras que abacates ou framboesas dão em supermercados.

sábado, 12 de maio de 2007

Lanche


sexta-feira, 11 de maio de 2007

Idéia: Torneira Elefante


Eis aqui um design de torneira que eu gostaria de ver.
Trata-se de uma torneira para jardins e tanques e por isso é dotada de um gancho (A) junto ao bocal, de modo que se possa encaixar a alça de um balde ao enchê-lo.
A haste B serve para firmar a torneira na parede quando estiver com um balde pendurado. Ela deve ser executada de forma tal que os parafusos de fixação na parede não fiquem localizados no alinhamento da torneira, de modo a não arriscar furar canos
.

quinta-feira, 10 de maio de 2007

Sketch para TV: Churrasqueada

Personagens: Bueno Fagundes e Bronco, vestidos de gaúcho.
Cenário: a mesma cozinha de sempre, mas com um fogo de chão de estilo gaúcho no meio e cenário cheio de fumaça.

Os dois atores saem do meio da fumaça.
Bronco – E então, Bueno Fagundes, índio véio, como é que tá esse braseiro?
Bueno Fagundes – Tá loco de bom, macanudo Bronco, só é meio chato fazê esse fogo de chão no meio do apartamento.
Bronco – E por quê, vivente?
Bueno Fagundes – Porque não consegui trazer o meu cavalo bagual aqui prá cima, não deixaram ele entrar no elevador.
Bronco – Mas bah! E por que tu querias o teu bagual aqui nessa churrasqueada?
Bueno Fagundes – Só prá manter a tradição lá do nosso pampa. churrasco, chimarrão, cavalo... prenda, tu sabes cumé.
Bronco – E onde está tua prenda, aquela mulher gordacha?
Bueno Fagundes – Também não coube no elevador!
Bronco – Então vamos colocar logo a carne no fogo?
Bueno Fagundes – Mas antes, deixa eu dar uma tostada bem buena nesta picanha, meio longezito do fogo.
(coloca a carne junto ao fogo e gira os espetos)
Bronco – E por que está fazendo isso sem salgar, índio véio?
Bueno Fagundes – Para abrir os poros e o sal penetrar melhor.
Bronco – E depois, o que vai fazer, Bueno Fagundes?
Bueno Fagundes – Bah, daí se salga, né? Se esfrega sal grosso por toda a peça de carne.
Bronco – E o tempero para a carne?
Bueno Fagundes – Tá loco? Caiu no banho de carrapaticida? Carne não se tempera, só vai sal.
Bronco – E só daí que vai ao fogo mais forte?
Bueno Fagundes – Isso! Daí é só ir girando e esperar pro churrasco ficar pronto.
Bronco – E a tua prenda?
Bueno Fagundes – Ela come demais, faz feio na churrasqueada.
Bronco – Mas ela não tá nem conseguindo subir até aqui!
Bueno Fagundes – E por que tu achas que eu comprei esse apartamento com elevador pequeno, macanudo?

Ecochatos

Eu tenho um grande amigo que era um aventureiro das bicicletas, muito antes disso ser glamourizado pela mídia. Ele já foi prá Patagônia, do Atlântico ao Pacífico, já percorreu toda a Península Ibérica e viajava todos os anos pedalando até o Uruguai. Sempre tentava me convencer a ir com ele. Um dia ele me veio com uma: vamos fazer a volta ao mundo de bicicleta? Perguntei sobre dinheiro para tal empreitada e ele brincando respondeu: Ah, a gente inventa uma causa, faz umas faixas do tipo “Pela Paz no Mundo” e consegue patrocínio. Piadas à parte é que esse tipo de comoção com causas vazias realmente dá grana, normalmente patrocinado pelo dinheiro público.
Certas vezes me pergunto quem é que inventa certas asneiras sem nexo que nos são vendidas. E como tem gente que acredita!
O mar está subindo? Bem, eu conheço Imbituba, considerado o ponto de referência para o Nível Médio do Mar brasileiro há uns 30 anos e tudo continua igualzinho, não vi diferença em nem um metrinho de areia perdida na praia. Matinhos, no Paraná, está sendo invadida pelo mar? Também já era há 30 anos, as pessoas é que construíram em região costeira, não é problema do mar, mas de ocupação irregular. Pelo menos aqui pelo sul, não vejo diferenças ou ameaças nas últimas décadas.
Araucárias estão em fase de extinção? Puxa, tem araucárias prá dedéu, basta uma viagem à região delas! Vão acabar? Duvido! Populações de tartarugas marinhas aumentaram após as medidas protecionistas. OK, bom trabalho rapazes e moças, mas agora que as pessoas já estão conscientes do problema e as populações de pescadores e turistas já ajudam na preservação, é preciso continuar a financiar os projetos com ajuda do meu rico dinheirinho dos impostos? Até quando? Qual é o prazo final?
E se muitas espécies acabassem? Como seres humanos, já vimos o tigre dentes-de-sabre, o mamute, o pássaro dodô, o tigre da Tasmânia e tantos animais se extinguirem, muitos pela ação do homem. Algum desses fez falta?
O planeta vai secar, vai faltar água! Se aumentar o nível do mar, vai aumentar a evaporação e vai chover muito mais. Questão de lógica. Decidam-se: o aquecimento global vai nos alagar ou vai nos secar? E se eu lavar o carro em frente de casa vou estar gastando a preciosa água do futuro ou vou estar, em última instância, retirando água de um rio e jogando na terra para completar o lençol freático? Não entendo por que usar água de rios e represas não é ecologicamente correto. Qual é o problema em dar utilidade para uma água que vai evaporar e chover de novo, faça o que se fizer com ela? A impressão que dá é que se eu usar água, ela vai desaparecer para as profundezas do inferno para onde eu irei um dia por este ato insano. Não, para quem não sabe, a quantidade total de água no planeta é, foi e será a mesma até o fim dos tempos, Lavoisier, lembra?
E o álcool é a solução do futuro? Engraçado, há 20 anos a cana era considerada uma plantação antiecológica, uma verdadeira desgraça. Mais engraçado ainda: as mesmas pessoas que defendem a cana hoje, atacavam-na há vinte anos...
Bem, é melhor mudar de idéia do que não ter idéia prá mudar, já dizia o Barão de Itararé. Eu só gostaria que os ecochatos se decidissem e enquanto não o fizessem, que não pedissem do meu suado dinheiro com que pago impostos para o nosso honesto e honrado governo.



terça-feira, 8 de maio de 2007

Gênesis 1, 26

Deus fez o homem a sua imagem e semelhança!
Deus fez o homem a sua imagem e semelhança?
Deus! Fez o homem a sua imagem e semelhança?
Deus, fez o homem, a sua imagem e semelhança.

segunda-feira, 7 de maio de 2007

Alguns motivos por que os Estados Unidos continuarão indefinidamente como a primeira potência mundial e o Brasil continuará o eterno País do Futuro.

- Os americanos investem em infra-estrutura – estruturas de desenvolvimento não aparecem, portanto não dão votos. Canos ficam enterrados, conhecimentos ficam dentro de cabeças, dragagem de portos não aparecem, por isso os políticos brasileiros não investem em infra-estrutura e nem vão passar a investir;
- Os americanos perceberam que diminuir os impostos aumenta a arrecadação – este paradoxo é explicado por teorias econômicas que o nosso governo está muito longe de assimilar;
- Nos Estados Unidos, ser funcionário público é coisa de “loser” – por lá, a iniciativa privada paga igual ou melhor do que o poder público, não incentivando o parasitismo sobre o Estado;
- Ao se construir qualquer estrutura, esta é superdimensionada, prevendo o crescimento futuro, isto é, por lá existe planejamento e não apenas tentativa de solução de problemas;
- Qualquer idéia deve ser analisada – viagens à Marte ou desentortadores de bananas? Vamos conversar, pensam os americanos, para ver se não pode dar lucro;
- A justiça é rápida, justa e certa – por aqui não chegaremos nessa obviedade, talvez nunca;
- Todos são iguais perante a lei – nenhum é mais igual do que os outros, como acontece por aqui;
- Em time que está ganhando, não se mexe – não é só na arte de fazer filmes de sucesso que tudo funciona conforme uma fórmula: uma vez descoberto o método de trabalho, simplesmente se segue;
- O que não está funcionando deve ser mudado rapidamente - quinze dias depois de um maníaco matar 32 pessoas numa universidade da Virgínia, a lei estadual sobre venda de armas já tinha sido mudada;
- Deve-se aprender com a história para não repetir os mesmos erros – os empresários brasileiros atuais reclamam dos mesmos problemas que existiam nos tempos do Barão de Mauá! O caudilhismo volta e meia ressurge! Parece que nós nunca aprenderemos;
- Trabalho braçal honesto não é visto como uma forma de inferioridade;
- Não existe contrato de trabalho. Os acertos são feitos entre empregador e empregado e os valores acertados a cada semana ou quinze dias. Se uma das partes está descontente, simplesmente cessa o trabalho, acerta a última semana e fim.
- Existe liberdade de expressão: afrontar uma autoridade é um direito do cidadão, portanto se pode mostrar o dedo a um policial, bem como chutar uma santa, fazer apologia à maconha ou escrever sobre a vida de uma pessoa famosa sem a sua autorização.
- Por fim, para dar inveja a muitos políticos daqui: se o presidente americano for à TV e pedir que cada americano deposite cem dólares em uma conta para salvar o país da bancarrota, o povo o fará, porque é patriota – por aqui não pensamos que o Brasil é de nós mesmos e nem nunca vamos pensar.

domingo, 6 de maio de 2007

Ó o auau!

Este é um jogo para ser jogado em automóveis entre pais e filhos ou marido e mulher e serve para conscientizar as pessoas da quantidade enorme de cachorros vadios desprezados pelas prefeituras.
O primeiro que avistar um cachorro deve dizer “ó o auau”.
Cada cachorro vale 1(um) ponto, cachorros na pista (entre dois meio-fios) valem 2 (dois) pontos, cachorros dentro de outros automóveis valem 3 (três) pontos.
Cachorros dentro de portões, de janelas de casas ou em ruas transversais não valem nada com o motivo de não distrair o motorista. Só valem, portanto, aqueles que estiverem dentro do campo de visão ou que não coloquem a segurança em risco.
Falar “ó o auau” sem motivo ou por engano (para um gato, por exemplo), faz perder um ponto.
O ponto é do primeiro que disser “ó o auau”: dizer “olha lá um cachorro”, por exemplo, não vale, e o adversário pode aproveitar essa falha para marcar ponto(s).
Para dois cachorros vale dizer “dois auau” ou “ó o auau, ó o auau”.
Para um bando de cachorros, deve-se dizer “ó o auauauauauauau” e só depois contar quantos cachorros têm na matilha.
Quem ver um cachorro bassé (lingüicinha) tem um ponto a mais na contagem final, em caso de empate.
Lembrar que se está jogando ao embarcar no carro faz parte do jogo. Não adianta argumentar que havia esquecido.




O prêmio é em beijos. O vencedor recebe o número de beijos referente à diferença entre os escores, por exemplo, se o resultado for 7X4, o derrotado deve 3 beijos ao vencedor.

sábado, 5 de maio de 2007

Esqueleto


sexta-feira, 4 de maio de 2007

O Ar Condicionado

Depois de dezenas de velhinhos morrerem de calor trancados em suas casas, o governo francês finalmente resolveu decretar que os aparelhos de ar condicionado são artigos de utilidade, não de luxo.
Os americanos já descobriram isso há mais de 70 anos.
A Flórida era um estado considerado inóspito, cheio de doenças tropicais e que só prosperou devido à invenção daquele aparelho. Em 1928, fora varrida por um furacão terrível que empurrou a região para a Grande Depressão um ano antes do restante do mundo, mas pouco depois, na década de trinta, com o amplo uso do conforto térmico nas casas e posteriormente nos automóveis, a península floridiana passou a ser residência de milionários e empreendedores como Edson ou Ford.
Não é à toa que os Estados Unidos, com o Hawaí e a Flórida, possuem as duas únicas regiões tropicais desenvolvidas e com qualidade de vida de Primeiro Mundo no planeta, os americanos perceberam que conforto térmico é sinônimo de progresso por possibilitar que diversas atividades avessas à lassidão provocada pelo calor pudessem ser realizadas.
Em Curitiba existem prédios que, para não estragar a estética, não permitem a instalação de aparelhos de ar condicionado com a alegação de que é uma cidade fria. No entanto, no verão de 2007, que durou até abril, as pessoas passaram seis meses reclamando do calor insuportável.
Trabalhei por três anos num hotel na Flórida e por lá percebi uma característica que só os brasileiros têm, são claustrofóbicos: quando chegam em um hotel querem abrir a janela e não adianta argumentar que são lacradas ou que a maioria das casas americanas ficam fechadas o tempo todo, sendo isso uma vantagem, pois as casas não têm muito pó no ar e sobre os móveis e as pessoas não se resfriam dormindo, pois a temperatura do quarto pela manhã é a mesma ao se deitar.
Eu já vi até o argumento de que o ar condicionado esquenta o planeta. Ora, no Brasil no qual 80% da energia vem das hidrelétricas, isso é uma ignorância total das leis da física. A energia de atrito da água contra a parede do rio gera aquecimento de qualquer maneira, o que a usina faz é apenas transferir essa energia para nossas casas.
Assim, o preconceito humano e o temor brasileiro com relação ao ar condicionado é simples desconhecimento de uma maravilhosa tecnologia que, mesmo já centenária, ainda é desprezada pela grande maioria.

quinta-feira, 3 de maio de 2007

Política para Crianças: A Mula Sem Cabeça

Não me pergunta o porquê, mas mesmo sem cabeça, a mula solta fogo pelas ventas. Isso acontece muito, pois quando não existe cabeça, os maiores absurdos ocorrem, é uma coisa da vida, a gente não consegue explicar. Quando a gente pergunta qualquer coisa prá ela, a gente espera uma resposta, mas ao invés disso, ela não tem capacidade prá pensar, por isso solta fogo até todo mundo esquecer da pergunta.
Quem perdeu a cabeça, na verdade é o povaréu que deixou a mula sem cabeça, só com aquela cruz branca nas costas pensando por ela, pois quando não se tem cabeça o primeiro malandro que falar em nome de Deus passa a mão naqueles pêlos brancos em forma de cruz que ela leva nas costas e já controla a Mula Sem Cabeça. E, olha, muito aproveitador quer fazer a gente pensar que ele é a cabeça da Mula Sem Cabeça, pode controlar ela conforme ele quiser, mas não. Quem controla é a gente.
Às vezes a gente desanima, deixa prá lá, deixa que os outros a controlem, fica com medo do fogo das ventas e do facho de luz que ela leva na cauda, mas é só nós mesmos que temos esse poder de comandar a Mula Sem Cabeça, não pode deixar prá ninguém.
Sabe por quê? Porque daí ela passa a meter medo. Abre aquele bocão em uma cabeça que não existe e quer comer a gente. Quer comer os nossos sonhos, o fruto do nosso trabalho e depois correr por aí, nos deixando sem nada na noite escura.
Por tudo isso, sempre que nos defrontarmos com a Mula Sem Cabeça, vamos pensar por ela, porque se a cabeça que controla não for a nossa, vai ser de quem quiser levar vantagem sobre a gente e sobre todas as gentes.


quarta-feira, 2 de maio de 2007

No País da Cocanha

Um dia vivi no País da Cocanha no qual Deus é conterrâneo e onde se plantando, tudo dá.
Ao viajar por esse país, eu tomava o desjejum de graça nos hotéis, pois por ali todos tinham a imensa fé de que o café da manhã era realmente de graça, assim como acreditavam que era de graça o trabalho que os frentistas do posto de gasolina executavam nos seus automóveis. Ninguém sequer cogitava que poderia pagar uma diária menor no hotel ou alguns centavos a menos pelo litro de gasolina e que esses centavos, quando acumulados a partir deste bem básico, sofreriam um efeito cascata e repercurtiriam em menores preços em toda a produção nacional, possibilitando um maior nível de consumo e muito mais empregos do que aqueles perdidos pelos frentistas. Mas como eu disse, era o País da Cocanha, onde tudo era abundante e ninguém preciasava mendigar por centavos.
Os salários só vinham uma vez por mês e as pessoas lutavam com unhas e dentes para que a legislação trabalhista permanecesse intocada. Ninguém de sã consciência iria dizer em alto e bom som que existiam outros países nos quais as pessoas ganhavam por hora e por isso, ao invés de ficarem esperando pela hora de ir embora, os gerentes é que tinham de expulsar os empregados do escritório e da fábrica, pois senão todos ficariam trabalhando muito mais do que oito horas. Ninguém nesse País da Cocanha dizia que se as pessoas pudessem ganhar na exata proporção do tempo trabalhado, as pessoas ganhariam mais, poderiam comprar mais bens, as indústrias seriam obrigadas a produzir mais e a contratar mais empregados, aumentando o valor dos salários, o que incentivaria as pessoas a trabalhar mais ainda num círculo virtuoso de fartura, prosperidade e progresso. E no País da Cocanha, os cidadãos criticavam os outros países no quais as pessoas não tinham outro objetivo na vida, senão trabalhar.
No País da Cocanha, os pais incentivavam os filhos a estudarem. E a estudarem. E depois de estudarem, estudarem um pouco mais. Ninguém de um mínimo nível social seria capaz de dizer ao filho que ele deveria ser garçon em um restaurante ou vender flores na loja da esquina, pois o trabalho braçal no País da Cocanha era algo humilhante por demais. Assim sendo, com tanto estudo, com tantos mestres, doutores e sábios, o País da Cocanha nunca se deu ao esforço de produzir um prêmio Nobel, pois com tanta fartura, o País da Cocanha poderia ter heróis mais alegres: pagodeiros e jogadores de futebol.
O País da Cocanha era o país da solidariedade no qual todos se ajudavam. No entanto, ao ver o sofrimento de outros povos pelo noticiário noturno, as pessoas ficavam comendo pipoca ao invés de se mobilizarem para que a situação pudesse ser um pouco menos dramática. Na última guerra em que participou, o fez porque um outro país lhes deu uma companhia siderúrgica e alguns aeroportos e os seus soldados saiam correndo ao primeiro tiro, pois afinal, o País da Cocanha é uma país pacifista e não adimite que isso seja apenas um eufemismo para covardia. Ajudas humanitárias? É o nosso povo que precisa de ajuda humanitária! Isso é coisa para os países ricos, todos por ali assim pensavam. No entanto, o País da Cocanha chegou a ser a oitava economia mundial, um país mais rico do que a Bélgica, do que a Suécia ou a Coréia do Sul. E ainda tinha a pretensão de pleitear uma cadeira no Conselho de Segurança da ONU e de não entender porque não a ganhava...
No País da Cocanha se acreditava que o único problema do País da Cocanha eram os seus políticos.
No País da Cocanha os valores reais não eram apreciados. Se alguém ficasse rico era porque roubou, se alguém fosse mais instruído, bonito ou sagaz era metido e se alguém fosse bom e generoso era otário e não estava fazendo nada mais do que a sua obrigação. Mas se fosse esperto, daí sim: se gostasse de levar vantagem em tudo, certo? Esse sim era o tal.
No País da Cocanha as pessoas se acreditavam livres e iguais. No entanto, se uma menina por acidente ficasse grávida do namoradinho, ela simplesmente iria para Miami, abortar. Se não tivesse dinheiro para tanto, poderia escolher em arriscar a vida numa clínica clandestina ou esperar para que o seu filho se tornasse mais um menino vivendo nas ruas. Todos podiam falar sobre sexo, drogas, religião ou racismo, no entanto, se duas lésbicas se beijassem em um parque seriam apedrejadas, alguém que escrevesse sobre prazeres de algum alucinógeno, seria preso, ninguém poderia falar que não gostava de outra raça ou chutar a imagem de uma santa. Isso não quer dizer que no País da Cocanha não existisse racismo, drogas, homossexualismo ou intolerância religiosa, mas sim que as pessoas nunca tinham ouvido aquela frase de Voltaire "Não concordo com uma palavra do que dizes, mas defendo até a morte o direito de tu o dizeres." Ou, quem sabe, no País da Cocanha, tenha se lido Voltaire em excesso e tudo tenha se tornado excessivamente panglossiano.
Essa falta de liberdade de pensamento tinha uma conseqüência mais grave: ninguém poderia dizer para o outro coisas como "vamos enviar um homem à lua?" ou "vamos inventar uma rede mundial de computadores para que todos possam se comunicar livremente?", pois qualquer um que tivesse esse tipo de idéia alucinada seria imediatamente taxado de sonhador e desequilibrado. Um humorista daquele país dizia com muita pertinência que ali "Livre pensar, é só pensar."
Assim, no País da Cocanha, todos se fartavam da abundância dos sonhos e da cornucópia das ilusões e por isso era um país irreal e que só existia na mente daqueles que o imaginavam.

terça-feira, 1 de maio de 2007