quarta-feira, 30 de maio de 2007

O Que o Bolsa-Família Tem a Ver com Robin Hood?

Nada.
Robin Hood tirava dos ricos para dar aos pobres e o bolsa-família desvia recursos dos impostos que incidem principalmente sobre os mais desfavorecidos. Em outras palavras, tira dos pobres para dar a outros pobres.
Para piorar as coisas, com o dinheiro não acontece simplesmente de migrar de uns para os outros, pois no meio do caminho existe o custo da transferência que envolve a burocracia e, o pior de tudo, corrupção, que todos temos acompanhado pela imprensa, no governo LulaLá anda mais prá Uh-Lá-Lá... Portanto, além de secar do roto para umedecer o esfarrapado, ainda provoca vazamentos no percurso.
O imposto único, proposto pelo ex-candidato à presidência Bivar, não pega no Brasil simplesmente porque não existe interesse das nossas elites políticas e bancárias que possuem todo o interesse em um sistema tributário confuso e sujeito a desvios e necessidade de toda espécie de órgãos controladores angariadores de votos e de dinheiro sujo. Com o sistema atual de tributação, muitas das pessoas mais humildes não conseguem perceber o impacto que o imposto embutido tem em suas vidas. Para cada par de sandálias, para cada pacote de margarina ou passagem de ônibus, o indivíduo está tirando do sustento de sua família para ajudar a financiar o programa.
Da mesma maneira, impor às empresas que financiem os programas sociais eleitoreiros do governo na forma de impostos faz com que elas reduzam os seus investimentos e suas contratações, o que quer dizer que diminuem o número de empregos, aumentando o problema da pobreza e da desigualdade em nosso país.
Porém, talvez exista uma maneira de comparar o bolsa-família à lenda de Robin Hood: roubando dos pobres, ele é o xerife de Nottingham.

Publicado originalmente em polis.tv

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