Aristóteles: Game Over
Certas vezes fico pensando na falta que os grandes autores fazem no ensino brasileiro, pois em troca de Shakespeares e Dantes, aprendemos no colégio uma penca de autores nacionais cujas maiores obras que os tornaram notórios foi o preenchimento de ficha do Partido Comunista, alguns até nazistas notórios que viraram a casaca após a derrocada de Hitler.
No século terceiro antes de Cristo já se falava na violência provocada pelas peças de teatro. Será que as tragédias não seriam detonadoras do caos social? Afinal, será que assistir Édipo Rei não faria com que os espectadores quisessem dormir com a mãe e assassinar o pai? Aristóteles deu a resposta a essa questão na sua Poética: a função do teatro é justamente provocar a catarse das emoções, de modo que os espectadores percebam as conseqüências e não ousem praticá-las na vida real.
Pulando 2300 anos: será que os videogames violentos provocam violência?
Claro que não! São jogos catárticos. Não só não provocam, como também evitam, justamente para isso é que existe a ficção, para sanar a sociedade do lado destrutivo do ser humano.
Além disso, como proibir os games violentos, se qualquer adolescente pode baixar pela Internet? Não parece uma proibição que serve apenas para tirar a polícia de suas funções e conseqüentemente onerar ainda mais o contribuinte? Uma coisa que volta e meia me vem à cabeça é uma entrevista de Cora Ronai no Jô Soares, bem no início da Internet em que ela falava que as pessoas ainda não haviam percebido que os computadores criaram a primeira forma de comunicação sem censura da humanidade, mesmo que tentássemos, não poderíamos controlá-los. Quase quinze anos depois que assisti essa entrevista, as pessoas ainda tentam domar o impossível, colocar rédeas na Web. Seria cômico, se não fosse trágico.
Agora, cabe a pergunta. E os jornais noturnos que ensinam aos bandidos de todo o país o know how de como arrastar criancinhas pelas ruas e queimar vivos os passageiros de um ônibus, será que têm ação catártica ou são uma verdadeira escola para os criminosos? Se positivo, então por que alguns dos nossos juristas que adoram uma censurinha, não proibem?
Por incrível que pareça, os melhores telejornais são aqueles que os intelectuais torcem o nariz, aqueles de baixaria que espirram sangue pelo vídeo. A mensagem que passam é de que lugar de bandido é na cadeia, polícia é mocinho e a todo crime corresponde um castigo.
Será que o relativismo cultural que prega que índio tem direito de dar facadas em homem branco que lhe roubou as terras no ano de 1500 e que ladrão é apenas uma vítima de uma sociedade injusta é positivo para a sociedade? Onde está a verdadeira violência nas telecomunicações?
Dessa maneira, essa discussão sobre os games violentos é, além de infrutífera, já página virada no pensamento ocidental.
É uma pena que poucos saibam que a resposta para tal questão foi dada há 23 séculos.
No século terceiro antes de Cristo já se falava na violência provocada pelas peças de teatro. Será que as tragédias não seriam detonadoras do caos social? Afinal, será que assistir Édipo Rei não faria com que os espectadores quisessem dormir com a mãe e assassinar o pai? Aristóteles deu a resposta a essa questão na sua Poética: a função do teatro é justamente provocar a catarse das emoções, de modo que os espectadores percebam as conseqüências e não ousem praticá-las na vida real.
Pulando 2300 anos: será que os videogames violentos provocam violência?
Claro que não! São jogos catárticos. Não só não provocam, como também evitam, justamente para isso é que existe a ficção, para sanar a sociedade do lado destrutivo do ser humano.
Além disso, como proibir os games violentos, se qualquer adolescente pode baixar pela Internet? Não parece uma proibição que serve apenas para tirar a polícia de suas funções e conseqüentemente onerar ainda mais o contribuinte? Uma coisa que volta e meia me vem à cabeça é uma entrevista de Cora Ronai no Jô Soares, bem no início da Internet em que ela falava que as pessoas ainda não haviam percebido que os computadores criaram a primeira forma de comunicação sem censura da humanidade, mesmo que tentássemos, não poderíamos controlá-los. Quase quinze anos depois que assisti essa entrevista, as pessoas ainda tentam domar o impossível, colocar rédeas na Web. Seria cômico, se não fosse trágico.
Agora, cabe a pergunta. E os jornais noturnos que ensinam aos bandidos de todo o país o know how de como arrastar criancinhas pelas ruas e queimar vivos os passageiros de um ônibus, será que têm ação catártica ou são uma verdadeira escola para os criminosos? Se positivo, então por que alguns dos nossos juristas que adoram uma censurinha, não proibem?
Por incrível que pareça, os melhores telejornais são aqueles que os intelectuais torcem o nariz, aqueles de baixaria que espirram sangue pelo vídeo. A mensagem que passam é de que lugar de bandido é na cadeia, polícia é mocinho e a todo crime corresponde um castigo.
Será que o relativismo cultural que prega que índio tem direito de dar facadas em homem branco que lhe roubou as terras no ano de 1500 e que ladrão é apenas uma vítima de uma sociedade injusta é positivo para a sociedade? Onde está a verdadeira violência nas telecomunicações?
Dessa maneira, essa discussão sobre os games violentos é, além de infrutífera, já página virada no pensamento ocidental.
É uma pena que poucos saibam que a resposta para tal questão foi dada há 23 séculos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário