sábado, 10 de janeiro de 2009

Os Cânones Ocidentais

Nesses tempos de relativismo cultural, devemos valorizar os nossos valores mais básicos. Por esse motivo, criei signos para que nós, ocidentais, possamos nos guiar e inspirar, de modo a nunca esquecer aquilo que temos de mais fundamental.
Uma imagem icônica vale mil palavras, um indício, mil ícones e um símbolo vale mil indícios. A civilização ocidental é ampla, por isso é tão difícil representá-la por um único signo, de modo que as idéias de Lutero, Montesquieu, Descartes e dos enciclopedistas, nossas bases, não se encerram dentro de si mesmas, devendo ser vistas de forma ampla, ilustrando todas as nossas atitudes e consequências que dali advieram.

O símbolo que inicia a série representa uma pequena moeda se transformando em uma grande moeda e serve para nos lembrar que a primeira conquista do Ocidente e que derrubou a ignorância da Idade Média foi a idéia que o tempo é dinheiro. Os empréstimos a juros criaram sociedades prósperas, uma vez que financiaram grandes idéias e descobertas, sendo por isso básicos na simbologia de nossa civilização.
Uma consequência desta aquisição civilizatória é a de que os negócios devem ser tratados com honestidade... sim, apesar de isso soar estranho para nós, brasileiros, um dos grandes valores ocidentais é o da honestidade, sendo os países capitalistas mais prósperos aqueles em que as pessoas tratam seus assuntos de forma mais correta. Assim sendo, este logo representa também este valor.

O segundo signo, um tridente de três pontas unidas, representa a arma dos cidadãos contra a opressão do Estado, os três poderes da república. Tem a função de nos lembrar que, mesmo com todos os entraves, a democracia ainda é o único valor que temos para lutar contra a opressão e por isso não devemos nunca esquecer do seu poder imenso.

O terceiro ícone do Ocidente, representa as coordenadas cartesianas. Lembra-nos que devemos sempre combater a ignorância do misticismo e da superstição através de um método que busque uma verdade aceita por todos que acompanhem um raciocínio lógico e metódico. Esta é a logo da razão. O último símbolo nos lembra dos valores da liberdade, da igualdade e da fraternidade. Ao contrário da bandeira da França que coloca as três idéias de igual força apenas diferenciadas por cores, a atual jurisprudência internacional defende, através dos direitos de primeira, segunda e terceira gerações, que existe uma hierarquia entre esses tópicos: não existe fraternidade sem igualdade de oportunidades e nem igualdade sem liberdade. Por isso, representei-as por uma escada descendente da esquerda para a direita (como a nossa leitura ocidental): Liberdade como um valor mais alto, seguido da igualdade e da fraternidade, pois muitas vezes as pessoas fingem esquecer deste fato e sacrificam a liberdade em nome da igualdade.

Ainda que muitas vezes esqueçamos, os nossos valores civilizatórios devem ser respeitados de forma intransigente, quase que sagrada, pois representam aquilo que temos de mais profundo, nos levaram ao domínio econômico, político e cultural do mundo e foram frutos de conquistas árduas e sangrentas.
Sendo assim, torno aqui esses signos de livre copyright, autorizando a reprodução e a divulgação para qualquer finalidade a que se destinem.

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