- Casamento Ocidental -Capítulo 1 - O SER HUMANO PRIMITIVO
1.1 Reprodução
Os animais superiores reproduzem-se por uma forma específica de reprodução chamada de sexuada, que é obtida por meio de células especializadas, que recebem o nome de gametas. Esses gametas fundem-se na fecundação, formando um ovo ou zigoto, que possui no núcleo pares de cromossomos, um de origem paterna e outro de origem materna.
A ocorrência de autofecundação é excepcional dentre os seres vivos, sendo que os encontros sexuais constituem quase que a regra geral.
Cada espécie animal desenvolveu no decorrer do seu processo evolutivo uma forma específica de possibilitar esses encontros, sendo que algumas espécies superiores desenvolveram todo um ritual de acasalamento que permite à fêmea escolher o macho mais propício, ou seja, com condições de força, agilidade, sagacidade e saúde avaliada visualmente pelo tom da plumagem ou do pêlo, cheiros, sendo que essas características são necessárias à reprodução para que sejam transmitidas geneticamente à geração futura, impedindo assim a transmissão de caracteres degenerativos.
Assim o cortejo da fêmea pelo macho constitui um importante fator de perpetuação e aprimoramento genético da vida. A seleção natural opera desta forma: primeiro selecionando espécies para que se adaptem ao meio e a seguir aprimorando essas espécies para cada vez conseguirem exercer melhor domínio sobre os demais.
Se é que pode-se usar o termo, a "intenção" da natureza é possibilitar que uma determinada espécie consiga ampliar-se para o maior número possível de indivíduos dentro de um determinado ecossistema.
A reprodução pensa apenas no bem da espécie, de forma que o único indivíduo que tem algum valor é aquele que se reproduz. É por isso que a abelha-rainha é a mais bem cuidada e toda a colméia tem a sua atenção voltada apenas para ela. O zangão só tem função biológica até o momento em que se reproduz, morrendo no instante seguinte. Entre as viúvas-negras, o macho é morto logo depois do acasalamento. A fêmea do salmão morre logo depois de desovar devido ao cansaço da subida do rio. Existem muitos insetos que vivem poucas horas e o único motivo de viverem é para que a espécie prossiga. Algumas espécies de borboletas continuam o coito, mesmo se forem decapitadas.
Para a natureza, o valor da vida é unicamente coletivo. O indivíduo não tem qualquer importância.
Além disso, em um ambiente natural, poucos representantes das espécies chegam à idade adulta. Com um feroz predador, o guepardo, menos de dez por cento dos filhotes chegam a um ano de idade e mais da metade das águias nascidas no Alasca e Norte do Canadá (tidas como um bravo animal) morrem de fome no seu primeiro inverno1. Com o rei dos animais não é diferente. Dois terços dos filhotes de leão morrem antes de um ano.
Para as espécies que não são essencialmente predadoras, esses números são ainda mais dramáticos. Para certas espécies de peixes, pouquíssimos conseguem desenvolver-se porque os pais os devoram assim que nascem. Com as tartarugas-marinhas, muitas não conseguem sequer chegar ao mar após saírem dos seus ovos, morrendo de calor ou devoradas por aves na praia.
Sendo a reprodução da espécie o único motivo da vida, os animais encontraram formas originais de dar prosseguimento às gerações seguintes.
Basicamente, existem duas maneiras de fazer nascer um grande número de filhotes, condição necessária à sobrevivência da espécie, uma vez que boa parte desses filhotes irão morrer antes de chegar à idade reprodutiva: aumentar o número de indivíduos em um único parto ou postura ou aumentar o número de partos da espécie.
Aumentar o número de partos significa aumentar também o número de encontros sexuais, portanto, a condição necessária para que se realizem esses encontros é a constante presença do macho junto à fêmea. Animais desse tipo formam casais ou bandos.
O homem é um animal que pertence ao último grupo e, portanto, temos as três características básicas dos animais superiores nos quais nascem um único ou poucos indivíduos por cada parto ou postura: a presença do ritual de cortejo como forma de aprimoramento genético, a formação de coletividades como forma de possibilitar um maior número de encontros sexuais e uma intensa atividade sexual com objetivo de aumentar o número de partos.
Os animais superiores reproduzem-se por uma forma específica de reprodução chamada de sexuada, que é obtida por meio de células especializadas, que recebem o nome de gametas. Esses gametas fundem-se na fecundação, formando um ovo ou zigoto, que possui no núcleo pares de cromossomos, um de origem paterna e outro de origem materna.
A ocorrência de autofecundação é excepcional dentre os seres vivos, sendo que os encontros sexuais constituem quase que a regra geral.
Cada espécie animal desenvolveu no decorrer do seu processo evolutivo uma forma específica de possibilitar esses encontros, sendo que algumas espécies superiores desenvolveram todo um ritual de acasalamento que permite à fêmea escolher o macho mais propício, ou seja, com condições de força, agilidade, sagacidade e saúde avaliada visualmente pelo tom da plumagem ou do pêlo, cheiros, sendo que essas características são necessárias à reprodução para que sejam transmitidas geneticamente à geração futura, impedindo assim a transmissão de caracteres degenerativos.
Assim o cortejo da fêmea pelo macho constitui um importante fator de perpetuação e aprimoramento genético da vida. A seleção natural opera desta forma: primeiro selecionando espécies para que se adaptem ao meio e a seguir aprimorando essas espécies para cada vez conseguirem exercer melhor domínio sobre os demais.
Se é que pode-se usar o termo, a "intenção" da natureza é possibilitar que uma determinada espécie consiga ampliar-se para o maior número possível de indivíduos dentro de um determinado ecossistema.
A reprodução pensa apenas no bem da espécie, de forma que o único indivíduo que tem algum valor é aquele que se reproduz. É por isso que a abelha-rainha é a mais bem cuidada e toda a colméia tem a sua atenção voltada apenas para ela. O zangão só tem função biológica até o momento em que se reproduz, morrendo no instante seguinte. Entre as viúvas-negras, o macho é morto logo depois do acasalamento. A fêmea do salmão morre logo depois de desovar devido ao cansaço da subida do rio. Existem muitos insetos que vivem poucas horas e o único motivo de viverem é para que a espécie prossiga. Algumas espécies de borboletas continuam o coito, mesmo se forem decapitadas.
Para a natureza, o valor da vida é unicamente coletivo. O indivíduo não tem qualquer importância.
Além disso, em um ambiente natural, poucos representantes das espécies chegam à idade adulta. Com um feroz predador, o guepardo, menos de dez por cento dos filhotes chegam a um ano de idade e mais da metade das águias nascidas no Alasca e Norte do Canadá (tidas como um bravo animal) morrem de fome no seu primeiro inverno1. Com o rei dos animais não é diferente. Dois terços dos filhotes de leão morrem antes de um ano.
Para as espécies que não são essencialmente predadoras, esses números são ainda mais dramáticos. Para certas espécies de peixes, pouquíssimos conseguem desenvolver-se porque os pais os devoram assim que nascem. Com as tartarugas-marinhas, muitas não conseguem sequer chegar ao mar após saírem dos seus ovos, morrendo de calor ou devoradas por aves na praia.
Sendo a reprodução da espécie o único motivo da vida, os animais encontraram formas originais de dar prosseguimento às gerações seguintes.
Basicamente, existem duas maneiras de fazer nascer um grande número de filhotes, condição necessária à sobrevivência da espécie, uma vez que boa parte desses filhotes irão morrer antes de chegar à idade reprodutiva: aumentar o número de indivíduos em um único parto ou postura ou aumentar o número de partos da espécie.
Aumentar o número de partos significa aumentar também o número de encontros sexuais, portanto, a condição necessária para que se realizem esses encontros é a constante presença do macho junto à fêmea. Animais desse tipo formam casais ou bandos.
O homem é um animal que pertence ao último grupo e, portanto, temos as três características básicas dos animais superiores nos quais nascem um único ou poucos indivíduos por cada parto ou postura: a presença do ritual de cortejo como forma de aprimoramento genético, a formação de coletividades como forma de possibilitar um maior número de encontros sexuais e uma intensa atividade sexual com objetivo de aumentar o número de partos.
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