Barqueiros e Navegadores
Barcos vão e barcos vêm.
Alguns, balsas, que vão daqui até ali, nunca saindo das duas margens em que se propuseram estar.
Existem barqueiros que descem e sobem o rio. Conhecem os atracadouros, suas cargas, suas pessoas e estão satisfeitos consigo mesmos porque fazem algo importante e útil. E estão certos no seu trabalho, ninguém duvida da sua competência e necessidade.
No entanto, existem aqueles que vão mais longe, além da desembocadura e aventuram-se para o mar bravio. Passam a rebentação das ondas e descobrem as maravilhas da costa. São aqueles que vislumbram as areias finas, os coqueiros e tartarugas que ali se encontram.
E o que sobra para os navegadores solitários que vão além?
Vão para onde? Para o outro lado do mar? Que lado, se existem muitas praias e atracadouros? Qual é o rumo que a bússola e as estrelas traçarão?
Enfrentarão tempestades e ondas gigantescas.
E o tédio e a monotonia dos fracos ventos.
E os azares da sorte, azares de toda sorte.
No entanto ao chegarem – se chegarem – terão ido além, muito além, daquele balseiro que só vislumbrava a margem seguinte do rio.
Assim, nas rotas que o destino traça e que nós só, arrogantemente, pensamos que traçamos, ao perguntares, amigo, por que não vês a outra margem, o destino que a vida nos apronta, o motivo é só um: porque ela está muito distante, do outro lado do mar.
E a essa margem, invisível, desconhecida e incerta, só aqueles com coragem, persistência e que veem com os olhos da alma é que conseguem alcançar.
Alguns, balsas, que vão daqui até ali, nunca saindo das duas margens em que se propuseram estar.
Existem barqueiros que descem e sobem o rio. Conhecem os atracadouros, suas cargas, suas pessoas e estão satisfeitos consigo mesmos porque fazem algo importante e útil. E estão certos no seu trabalho, ninguém duvida da sua competência e necessidade.
No entanto, existem aqueles que vão mais longe, além da desembocadura e aventuram-se para o mar bravio. Passam a rebentação das ondas e descobrem as maravilhas da costa. São aqueles que vislumbram as areias finas, os coqueiros e tartarugas que ali se encontram.
E o que sobra para os navegadores solitários que vão além?
Vão para onde? Para o outro lado do mar? Que lado, se existem muitas praias e atracadouros? Qual é o rumo que a bússola e as estrelas traçarão?
Enfrentarão tempestades e ondas gigantescas.
E o tédio e a monotonia dos fracos ventos.
E os azares da sorte, azares de toda sorte.
No entanto ao chegarem – se chegarem – terão ido além, muito além, daquele balseiro que só vislumbrava a margem seguinte do rio.
Assim, nas rotas que o destino traça e que nós só, arrogantemente, pensamos que traçamos, ao perguntares, amigo, por que não vês a outra margem, o destino que a vida nos apronta, o motivo é só um: porque ela está muito distante, do outro lado do mar.
E a essa margem, invisível, desconhecida e incerta, só aqueles com coragem, persistência e que veem com os olhos da alma é que conseguem alcançar.
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