sábado, 30 de junho de 2007
sexta-feira, 29 de junho de 2007
Jogos que as Pessoas Jogam
Por extensão, o Brasil não é do jeito que conhecemos porque o político rouba, mas porque o empresário quer se beneficiar da proximidade do poder, o funcionário público quer manter o seu empreguinho, o eleitor quer manter seu auxílio qualquer-coisa a qualquer custo, o banqueiro quer manter os juros altos e assim por diante. Enfim, é uma cadeia de eventos que produzem um resultado que todos, inclusive os beneficiados dela, percebem ser pernicioso.
Por que falo nos que lucram? Imaginemos o exemplo de um barão das drogas: se a economia prosperasse, como qualquer negociante, ele ganharia mais, portanto, quando ele corrói o país com a violência, na verdade está minando o próprio negócio. Todos, sem exceção têm interesse em um país melhor e mais rico. Não importa o quão beneficiados do sistema nós somos, é importante ser um cidadão.
E como começar a mudar a corrente dos acontecimentos? Por qualquer dos elos. E onde está contido o gérmen da destruição de um desses eventos. No próprio fato. E quem provoca o fato?
O trânsito é violento? Eu paro, mesmo no sinal verde para mim e sob buzinadas de protesto, para pedestres que colocam o pé abaixo do meio-fio. Alguém mais faz isso por aqui? A cidade está suja? Eu tenho um saco de lixo pendurado no câmbio do carro. Quantos fazem isso? A cidade é mal cuidada? Eu sento no meu canteiro para arrancar pragas do gramado e apresentar uma casa agradável para os meus vizinhos. Alguém mais faz isso? O governo oferece uma saúde péssima? Eu como frutas e cereais diariamente para tentar me afastar dos hospitais. Está cheio de pedintes nos sinais? Eu não dou esmola.
Portanto, quem é agente de construção de um país e de um mundo melhor? Eu e você. Acha tudo isso inútil? Uma gota d`água num mar? Uma coisa é certa, se esperar pelos outros, a cadeia de fracassos do nosso país não irá se romper.
Quem são os verdadeiros culpados por esses jogos que as pessoas jogam? Seria Deus? Seriam os políticos, a emissora de TV, os bandidos, os banqueiros?
Temos que fazer nossa parte, os culpados somos nós mesmos, é claro!
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Luiz Bonow
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quinta-feira, 28 de junho de 2007
Mudando o Brasil

Aí vão algumas idéias:
1. Criar um DINHEIRO ELETRÔNICO: inventar um sistema off-line que permita fazer transações eletrônicas sem dinheiro cash (eu sei como, pode me perguntar). O dia que acabar com o dinheiro em espécie não será mais possível roubar, nem traficar drogas, nem sonegar impostos, nem subornar um funcionário público. Cartão de crédito off-line, esse é o caminho!
2. CLUBE DA HONESTIDADE: Um clube aberto a todo aquele que quiser participar e que tem por objetivo proporcionar encontros de negócios. Detalhe: se um sócio do clube não ficar satisfeito com o negócio executado com outro sócio, poderá narrar a sua experiência na Internet. Seria uma espécie de SERASA, mas com detalhes picantes de cada negócio. Os mais honestos teriam mais chances de fazer cada vez mais negócios e ganhar mais.
3. Website de AÇÕES JUDICIAIS COLETIVAS: Quebrou o carro em um buraco na estrada e achou melhor deixar prá lá? Com um site que una a todos aqueles até então desconhecidos que passaram pelo mesmo problema, um grupo poderá entrar na justiça contra instituições sólidas, como governo e grandes corporações, baixando em muito os custos da ação e aumentando as chances de sucesso.
4. “REALITY SHOW” de política na Internet: Esse, eu e um sócio já tentamos fazer e só não deu certo por problemas técnicos, perfeitamente contornáveis, mas deu prá ver que tem futuro: avaliando os poderes legislativos municipal, estadual e federal, existe um ranking que avalia se os políticos estão agindo de acordo com a vontade popular ou não. Aqueles que agem de acordo com os desejos da população são promovidos e os demais, vão para o ostracismo.
5. Uma espécie de PROCON de iniciativa privada: Um site em que cada usuário pudesse entrar e dizer tudo de ruim ou de bom que aconteceu ao comprar uma mercadoria ou serviço, de modo que outros consumidores pudessem evitar fazer negócios com empresas de má conduta. Minha idéia é mais ou menos como a Consumer Reports americana. Uma idéia que dá prá melhorar bastante.
Henry Ford já dizia que um idealista é um indivíduo que tem boas idéias para que outro ganhe dinheiro. Se algum dos meus leitores, portanto, quiser ganhar dinheiro com este pobre idealista pobre, que fique à vontade, mas, vá lá: que me chame prá sócio! Não tenho dinheiro para investir, mas tenho know how para todas as idéias acima.
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Luiz Bonow
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quarta-feira, 27 de junho de 2007
Desígnios e Saudade
No sentido oposto dessa idéia, existe uma falha grave no idioma português.
Em muitas línguas o ato de desenhar e o ato de fazer um projeto são designados por palavras diferentes (to draw x to design, dibujo x diseño...). Infelizmente nós não temos a palavra “designar” no sentido de projetar, vislumbrar, criar e interferir no futuro como os franceses, os espanhóis e os ingleses têm.
É até mesmo difícil de explicar esse conceito em português. Na falta de uma expressão melhor, muitas vezes se usa “desenhar o futuro”, mas desenhar significa ilustrar a realidade percebida. Se desenharmos o futuro, teremos apenas uma cópia, uma perpetuação do presente.
Nós, lusófonos, não conseguimos criar “desígnios”, ou seja um projeto inovador de futuro, simplesmente porque não possuímos essa idéia nas nossas cabeças. A nossa percepção de mundo nos leva apenas a seguir momentos, a direção do vento. Não vemos o cosmos como um local em que possamos interferir na busca de um progresso constante.
É por isso que em cidades como Buenos Aires, Assuncion ou Montevidéu as ruas são retas, partindo de uma praça central, projetadas desde os tempos do descobrimento da América e nas cidades portuguesas, como Salvador ou Florianópolis, temos um urbanismo aleatório e confuso. Os engenheiros de obras no Brasil são mais importantes do que os de prancheta e as empresas são criadas sem um plano de negócios. Em nós não existe a idéia de planejar o porvir.
Por outro lado, os estrangeiros até conseguem compreender o conceito de nostalgia, a tristeza de nos afastarmos daquilo que nos é querido, mas jamais entendem o conceito de saudade que é o oposto, é quando aquilo que nos é querido se afasta de nós. Saudade é uma espécie de incompetência em termos nas mãos as rédeas do destino. Essa palavra, de que tanto nos vangloriamos por sermos os únicos a possuir, representa na verdade o nosso fracasso como povo, o nosso desejo em deixar tudo como sempre foi.
Em outras palavras, ficaremos para sempre na saudade até que aprendamos gerir os nossos desígnios.
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terça-feira, 26 de junho de 2007
Tell Me Why
But I know
I don’t go without you
Sweet soul, I don’t fall so.
You are the sign
On the road of life
You are the road and my life, also…
Tell me why,
Tell me why,
Tell me why,
You are so beautiful?
Tell me how,
Tell me how,
Tell me how
It is possible?
Walking around, side by side
I carry you, you haul me
We take care of ourselves
Tell me why,
Tell me why,
Tell me why
I am crazy about you?
Tell me why, tell me why, tell me why
I am in love with you?
In the dark, in the storm,
You are my lighthouse.
In the winter, in the cold,
You are my greenhouse
When I’m lost, without hope
You are my only house
Tell me why, tell me why, tell me why
I am crazy about you?
Tell me why, tell me why, tell me why
I am in love with you?
(Conte Por Quê
Eu não sei aonde vou
Mas eu vou
E não vou sem você
Alma doce, cair eu não vou.
O sinal é você
Na estrada da vida
Você é a estrada e minha vida, assim..
Conte por que,
Conte por que,
Conte por que
Você é tão linda assim?
Diga-me como,
Diga-me como,
Diga-me como
Tudo acontece assim?
Sem destino, lado a lado
Eu te porto, tu te importas,
Nos portamos assim
Conte por que,
Conte por que,
Conte por que
Eu sou louco por você?
Conte por que, conte por que, conte por que
Sou apaixonado por você?
No escuro da tormenta
Você é o farol que me orienta
Sob o frio de um inverno
Você é a estufa que me esquenta
Se me perco no mundo externo
Você é a casa que me acalenta
Conte por que, conte por que, conte por que
Eu sou louco por você?
Conte por que, conte por que, conte por que
Sou apaixonado por você?)
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segunda-feira, 25 de junho de 2007
De novo, de novo!
Já estou cansando de escrever sobre o mesmo tema Volta, Voltaire, pois, apesar de ter a absoluta certeza de que estou certo e que isso deveria ser uma pedra de toque da imprensa nacional, percebo que ninguém dá a mínima.
Dessa vez foi o controlador de vôo Carlos Trifilio que foi para a cadeia por dizer o que pensa. Há poucas semanas, tirou-se a bibliografia de Roberto Carlos das Bancas, antes foram às cenas da Cicarelli retiradas do YouTube, as manifestações racistas no Orkut, o piloto americano mostrando o dedo, o Planeta Hemp falando de maconha e o bispo chutando a santa na TV.
Canso de pregar no deserto! Será que ninguém percebe que isso tudo versa sobre o mesmo tema, o da liberdade de expressão? E que isso é uma imposição ditatorial gravíssima e que deve ser combatida com todas as forças que a imprensa possuir? Como cidadãos, não podemos aceitar como cordeiros bobos que o Estado brasileiro rasgue a constituição na parte em que diz que toda a manifestação do pensamento é livre no país, pois não é isso que acontece na prática.
Atentado ao pudor, apologia ao crime e desacato à autoridade são expressões tão comuns que muitas vezes não percebemos que elas precisam cair do nosso vocabulário. Nos Estados Unidos é comum ver um motorista com o dedo no nariz de um policial, brigando a altos brados, é direito do cidadão expressar a sua opinião (inclusive mostrar o dedo). É comum também ver dois viados se beijando de língua na rua. Para aprender a sintetizar LSD na garagem de casa, basta ir na banca de jornais e comprar uma revista sobre drogas.
É muito difícil convencer as pessoas de um país como o nosso em que o Estado tenta controlar tudo que não existe nenhuma relação entre liberdade de expressão e criminalidade.
Direitos básicos do cidadão não podem ser tolhidos em nome da estabilidade social porque isso apenas abre caminho para as injustiças e os desmandos.
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Luiz Bonow
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De novo, de novo!
Dessa vez foi o controlador de vôo Carlos Trifilio que foi para a cadeia por dizer o que pensa. Há poucas semanas, tirou-se a bibliografia de Roberto Carlos das Bancas, antes foram às cenas da Cicarelli retiradas do YouTube, as manifestações racistas no Orkut, o piloto americano mostrando o dedo, o Planeta Hemp falando de maconha e o bispo chutando a santa na TV.
Canso de pregar no deserto! Será que ninguém percebe que isso tudo versa sobre o mesmo tema, o da liberdade de expressão? E que isso é uma imposição ditatorial gravíssima e que deve ser combatida com todas as forças que a imprensa possuir? Como cidadãos, não podemos aceitar como cordeiros bobos que o Estado brasileiro rasgue a constituição na parte em que diz que toda a manifestação do pensamento é livre no país, pois não é isso que acontece na prática.
Atentado ao pudor, apologia ao crime e desacato à autoridade são expressões tão comuns que muitas vezes não percebemos que elas precisam cair do nosso vocabulário. Nos Estados Unidos é comum ver um motorista com o dedo no nariz de um policial, brigando a altos brados, é direito do cidadão expressar a sua opinião (inclusive mostrar o dedo). É comum também ver dois viados se beijando de língua na rua. Para aprender a sintetizar LSD na garagem de casa, basta ir na banca de jornais e comprar uma revista sobre drogas.
É muito difícil convencer as pessoas de um país como o nosso em que o Estado tenta controlar tudo que não existe nenhuma relação entre liberdade de expressão e criminalidade.
Direitos básicos do cidadão não podem ser tolhidos em nome da estabilidade social porque isso apenas abre caminho para as injustiças e os desmandos.
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domingo, 24 de junho de 2007
sábado, 23 de junho de 2007
Diretores
Eu tinha um professor que contou uma história na aula. Foi fazer um curso em direção teatral e sua turma recebeu um texto para montar com a seguinte recomendação: “como poderá ser percebido, o texto é uma droga, mas a função do diretor não é fazer crítica literária, vocês irão montar esse texto e fazer o público chorar de tanta emoção!”
“A Insustentável Leveza do Ser” é um filme melhor do que o livro, o filme faz chorar, o livro não.
“O Amante” é um filme melhor do que o livro, conseguiu se livrar da verborragia da literatura francesa em imagens belíssimas.
“Encontros com Homens Notáveis”, de Peter Brook é uma obra-prima, aliás muito pouco assistida. O livro, não chega nem aos seus pés.
“Moby Dick”, aquele com o Gregory Peck, é tão bom quanto o livro, passa exatamente a carga literária de Melville.
Onde eu quero chegar com essa idéia? Em algo bem fora de cinema e literatura. É possível, sim pensar fora da caixa, extrapolar os esquemas já estabelecidos. E isso vale em tudo da vida.
No Brasil, pensamos que estamos predestinados ao fracasso, cada vez mais iremos ficar mais violentos, mas desorganizados, mais injustiçados até nos transformarmos em um imenso Haiti, mas isso não é necessariamente verdade. O nosso roteiro não está traçado, podemos quebrar paradigmas e construir um país melhor.
Nós somos os diretores desse filme que começa e o fato de termos um mal roteiro, não nos impõe um mal resultado, basta o nosso talento para mudar.
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sexta-feira, 22 de junho de 2007
Se Eu Casasse Com Você
Se eu casasse com você, que tipo de maluco eu seria?
Do que come minhoca pensando que é ambrosia,
Ou do que anda dizendo que é filho da Virgem Maria?
Do que picota dinheiro e larga no ralo da pia,
Grava a Voz do Brasil, para escutar no outro dia
E tira toda a roupa na reunião da diretoria?
Se eu casasse com você, que tipo de maluco eu seria?
Do que faz xixi no pé do cara da vistoria,
Do que caminha de costas, na contramão da via,
Do que tem azia nos joelhos, e nos cabelos, miopia,
E grita “Viva o Vasco!”, na torcida do Olaria?
Sim, um tipo de maluco eu seria:
Do tipo de atar, de dopar na enfermaria,
De dar eletrochoque, de fazer lobotomia.
No entanto, ás vezes penso, que até isso eu faria,
Viver na mesma casa, entender cada mania,
Soltar pum no escuro, dissolver a apatia.
Na minha talagarça, bordar o fio que lhe fia,
E na minha quaresma, dançar sua folia.
Se eu casasse com você, que tipo de maluco eu seria?
Do tipo que eu seria?
Do tipo que eu faria?
Do tipo que ás vezes penso em me tornar um dia?
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Luiz Bonow
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quinta-feira, 21 de junho de 2007
Velhos Testamentos
- Dá licença...
O que o senhor está lendo? É a bíblia sagrada?
- O senhor costuma ler a bíblia?
- E não? Sabe que para mim é o livro mais bonito que já foi escrito, o senhor não acha?
- Ah, sem dúv...
- Eu gosto daquelas histórias supimpas, Deus sempre resolvendo tudo.
- Bom, não é bem assim...
- Castigo só para os malvados, como devia ser. Só que em vez de crucificar o nosso senhor Jesus Cristo, deviam crucificar essa bandidagem que está por aí. Inclusive os políticos. O senhor viu a roubalheira ontem na televisão? Que vergonha.
Pode continuar lendo que eu não quero atrapalhar.
Bonita a sua bíblia!
- Uh...
- É. Parece boa de carregar, não muito grande, mas nem muito pequena. (pegando) O senhor dá licença?
- O senhor desmarcou o que eu estava lendo!
- Ah, desculpe. Que leve! Capa bonita! Com zíper e tudo, hem?
Dá ela para mim?
- (tomando de volta) Olha, o senhor vai me desculpar, mas esta aqui é de estimação. O senhor sabe, já tenho esta bíblia a tanto tempo...
- É só emprestado.
- Emprestado?
- Por que a surpresa? Por acaso eu lhe pareço rico?
- Não, mas...
- Então? Nunca ouviu falar que quem dá aos pobres empresta a Deus?
- Ora, meu senhor, francamente!
- Dá ela prá mim, dá...
- Na verdade...
- Olha lá o que vai dizer que Deus castiga as mentiras!
- É minha!
- É melhor pedir do que roubar, o senhor não acha?
- O senhor não está pensando em...
- Então acha que eu vou me sujar por um livrinho?
- Livrinho? Está chamando a bíblia sagrada de livrinho?
- Essa que o senhor tem na mão deve ser no mínimo falsificada, faltando páginas, sei lá. Como pode dar tanto valor às coisas materiais. E aposto que se julga um bom cristão!
- E sou!
- Muito bom cristão! Ganancioso! A cobiça é um pecado, não sabia? Recusando ajuda a um desonhecido! Ainda mais a palavra de Deus...
- Palavra de Deus! Vá à m... à missa!
- Mau cristão!
- Quem é o senhor para dizer isso?
- Ateu!
- Eu não! O senhor que é doido!
- Eu provo o que eu digo!
- Então prova que eu quero ver... (leva um tapa na cara) Ora, seu...
- "Se qualquer te bater na face direita oferece também a outra". Mateus 5, 39!
- "O ódio excita contendas." Provérbios 10, 12!
- Mas eu só queria a bíblia...
O primeiro velho atira a bíblia contra o segundo que foge assustado.
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quarta-feira, 20 de junho de 2007
A Empresa Sublime
O primeiro capítulo fala sobre o porquê de inovar;
O segundo capítulo informa sobre como proceder para inovar;
O terceiro capítulo mostra métodos de trabalho criativo;
O quarto capítulo fala de métodos de análise de uma criação inventiva ou design:
A análise sintática desmembra o produto nas suas partes constituintes;
A análise semântica ilustra o universo de símbolos que envolvem a criação;
A análise pragmática trata de detalhes práticos.
Pode-se ver ainda uma “check list” resumida de todos os tópicos de análise aqui citados, um exemplo de contrato criativo. Detalhes no índice do livro.
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terça-feira, 19 de junho de 2007
O Roubômetro está no ar!

O que assusta no Roubômetro é que os valores publicados pela imprensa são muito aquém dos valores totais dos desvios e mesmo assim é um número enorme. O site não considera valores miúdos: pequenos subornos, pequenos desvios em estados e municípios, corrupção em ONGs, instituições que recebem auxílio de toda a espécie. Não considera ainda a ineficiência do serviço público e nem as perdas que o país sofre com todos esses desvios, enfim trata apenas de artérias e não dos vasos capilares da corrupção.
A constatação inicial do Roubômetro: os valores da corrupção estão aumentando ainda mais! Em apenas quatro anos e meio, o período de governo Lula está muito próximo de atingir o total de oito anos do período FHC.
Mais um mito que caiu é o de que a Região Sul, muitas vezes considerada como tendo mais lisura política, rouba menos. O escândalo do Banco do Estado do Paraná, devido ao fato de ter permeado vários governos e ter tido um volume de desvios tão além de qualquer padrão de corrupção, foi considerado “hors concours” e não entrou na contagem total do Roubômetro. confira.
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segunda-feira, 18 de junho de 2007
O Meiaoito

Quando nós naquela época, adolescentes tardios ou adultos em projeto, pensávamos em fazer alguma coisa, o Meiaoito logo falava com uma voz esganiçada: “É, mas tem que ter uma proposta pólitica. Entenderam bem? Pó-li-ti-ca!”. Falava dessa maneira mesmo, foi o inventor da ante-proparoxítona. Para ele, não interessava o resultado prático, para o que quer que fosse feito interessava apenas a ação pólitica.
Meiaoito, onde vai ser a festa de sábado à noite? No sindicato tal, para apoiar a greve! Meiaoito, vamos ver o show da banda tal? Não, vou ver aquela peça de teatro de Brecht, pois é mais pólitica. Meiaoito, sabe aquela gata? Cabecinha vazia, prefiro a fulana que é mais pólitica!
Enfim, era um chato perfeito. Parasita dos bons. Cabeça tremendamente fechada para qualquer coisa que fosse beleza, trabalho, criação ou empreendimento.
O tempo passou, o muro caiu e o Meiaoito, perdendo o sentido de sua existência, ficou perdido nas cinzas do tempo e do esquecimento.
Nunca soube que tenha feito nada de mal, mas é claro que todo mundo da turma se afastou dele. Nunca mais fiquei sabendo do que se sucedeu na sua vida, mas pelos acontecimentos atuais no país, acredito que deve ter se dado muito bem, no mínimo deve ter conseguido um cargo de confiança no alto escalão em Brasília.
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domingo, 17 de junho de 2007
sábado, 16 de junho de 2007
Cold Reading
É possível fazer uma cold reading coletiva? É claro que é.
Com que objetivo? Mercado, como sempre. Vejamos alguns exemplos.
Por que houve tanta pressão contra o programa Pró-álcool brasileiro e agora os mesmos que criticavam, veneram os biocombustíveis? Porque a cana-de-açúcar retira áreas de alimentos e só um punhado de grandes empresas controla toda a comida do mundo e não têm muito interesse em provocar uma queda nos preços.
Por que já foram presos agentes provocadores europeus infiltrados no MST destruindo pesquisas científicas com eucaliptos no Brasil? Porque nas latitudes subtropicais um eucalipto cresce muito mais rápido do que na Europa e o papel produzido por aqui tende a ser mais barato.
Será que não se pode destruir as nossas florestas como os europeus destruíram as deles porque o clima vai mudar ou porque teria muito mais gado e soja no mercado e os preços dessas commodities iriam cair?
Por que o Brasil é o país em desenvolvimento em que existe maior consciência ecológica? Por que é tropical e com várias áreas inexploradas, tendo condições de agricultura muito mais competitivas do que as dos países mais industrializados. Mesmo com o governo atrapalhando, a economia de escala em um país amplo e quente como o nosso é muito significativa.
Quantas ONGs, pesquisadores, políticos, empresas, agentes de turismo, países inteiros e grupos radicais ganham e ganham muito com a indústria do catastrofismo? Não estamos falando aqui de muito dinheiro no padrão do comum dos mortais. Cinqüenta milhões é um prêmio da loteria almejado por muitos? É ninharia! Estamos falando aqui de bilhões e bilhões de dólares, interesses descomunais.
Um pneu na natureza dura duzentos anos? Bem, uma pedra dura um milhão de anos, qual é a diferença, além da estética? Espécies não podem ser extintas sem comprometer a nossa sobrevivência? Espécies são extintas desde que a vida surgiu no planeta terra e a vida tem continuado sempre com força. O ser humano está destruindo algumas espécies e criando outras mais convenientes ao seu uso. Devemos economizar a água dos rios? Por quê? Não vai chover e encher o rio de novo? A terra vai se desertificar? Como, se aumentar o nível dos mares não vai aumentar a evaporação e chover mais? O pum do gado provoca efeito estufa? Ah, vá se catar!
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sexta-feira, 15 de junho de 2007
Narrativas Inverossímeis
Nas novelas de TV sempre que alguém abre um negócio, é um comércio e esse comércio é um sucesso, não importa quanto capital ou capacidade empreendedora o personagem tenha. Jamais aparece um fiscal pedindo suborno, nem é preciso percorrer intermináveis corredores de repartições públicas, correr atrás de clientes, passar por calotes, etc. Quantas empresas brasileiras chegam a um ano de vida? Nas novelas, todas!
Tudo bem, a gente até acredita, assim como acredita que quando tocam a campainha em pleno Rio de Janeiro, as pessoas vão lá e escancaram a porta sem nem ao menos olhar no olho mágico, faz parte da linguagem televisiva, naquele caso a gente aceita, só que acontece que com relação às empresas muita gente realmente pensa assim.
Em uma reportagem da Revista Exame, fizeram uma pergunta a vários executivos de grandes companhias sobre qual seria a função do negócio. A resposta da maioria foi: gerar lucro.
Óbvio ululante. Ninguém cria uma empresa para fazer caridade, os aspectos positivos do mundo corporativo como gerar emprego, criar bens e serviços para a sociedade, gerar impostos para projetos sociais, etc. são conseqüências, não causas. Aqueles executivos que responderam o contrário deveriam ser demitidos por justa causa! Aqueles que acreditam que o objetivo das empresas é outra que não o lucro andam muito perto de serem imbecis perfeitos e só não são por um único motivo: na vida nada é perfeito.
Certo? É mesmo, só que quando a pesquisa foi feita com a população das ruas, a resposta se inverteu, a função das empresas seria gerar empregos (como vai gerar empregos sem lucro?), criar projetos sociais (como vai gerar projetos sociais sem lucro?) , combater a pobreza (como, sem lucro?) e bobagens dessa estatura.
É o velho pensamento mágico do brasileiro que acha que tudo cai do céu como um maná sagrado e os nossos governantes fazem questão de incentivar esse pensamento para conseguir se manter no poder e assim poder extorquir mais dinheiro daqueles que produzem riqueza.
De qualquer forma, os autores de novela deveriam ilustrar melhor a realidade e não repetir a ideologia dominante, criando ainda mais dificuldades para os empreendedores e anunciantes que pagam seus gordos salários.
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quinta-feira, 14 de junho de 2007
quarta-feira, 13 de junho de 2007
Piratas
Quase todos os domingos ele ia almoçar lá em casa, chegava cedo e depois de comer, jogávamos sinuca até as três da tarde, horário em que saía para o ensaio.
Em um desses domingos, quando fomos à praia comprar peixe, ele começou a agir de forma estranha. Um sujeito veio à praia com seu 'jet-ski' e ele foi lá puxar conversa.
Em um primeiro momento, achei que fosse um conhecido seu. Logo a seguir fiquei incomodado, porque pensei que tinha ido lá para dar uma cantada no turista, vulgaridade que ele não costumava fazer. Só que não era nem uma coisa nem outra. Ele começou a fazer perguntas sobre a máquina mesmo. Ao chegar perto, percebi que o rapaz começou a ficar irritado, porque o Rique insistia em perguntar onde é que iam as velas ou os remos. Eu conhecia bem o meu amigo, não era mais uma de suas gozações porque ele não costumava fazer isso com estranhos. Com uma mão puxei-o pelo braço e com a outra apanhei os peixes e carreguei a todos para casa com os olhares vidrados, inclusive o meu amigo. Como logo depois ele voltou ao normal, eu esqueci o incidente.
Na mesma semana, o Rique veio falar comigo para ver se eu conseguia o auditório municipal, pois o grupo não suportava mais ensaios e estava exigindo uma apresentação para mostrar ao público o trabalho. Como Bugio ainda não havia sido promovida a município, precisávamos ir à sede da cidade, falar com o prefeito, o Silas, que tinha sido meu colega na faculdade.
O gabinete dele ficava no primeiro andar. A prefeitura era uma construção antiga que há mais de duzentos anos vinha sendo usada como prédio público, já tinha sido cadeia, alfândega e agora se falava em transformar tudo em museu. Ao entrarmos na sala, o Silas foi todo sorrisos, aliás nunca consegui enxergá-lo com outra profissão além da de político e de bebedor de cerveja com a sua proeminente barriga. Apresentei o Rique e sentamo-nos em belas cadeiras de couro. Conversa vai, conversa vem, e o Silas pareceu bem interessado no coral.
Tinha bons motivos para isso. Naquela época já existia a campanha para a promoção do distrito de Bugio a município. Promover um evento cultural, além de contribuir para a integração da cidade, ainda promoveria o Silas como político.
Tudo ia pelo bom caminho até que lá pelas tantas eles começaram a se olhar com os olhares fixos. A conversa parou de súbito. O Silas levantou-se e gritou com um sotaque estranho:
"Como ousas vir-te cá, Ambrósio d'Oliveira? Que fizeste com a nau do Senhor Meu Rei dada-te em confiança para saqueares os holandeses? E por que razão não voltaste a Cascais, ó patife excomungado?"
Levei um susto porque em uma fração de segundo, o Silas apanhou um punhal de abrir cartas que estava sobre a mesa e o Rique saltou pela janela. Corri para ver se ele tinha se machucado da queda de mais de quatro metros, mas não, ele estava lá de pé, na rua, parado. Acenou. Foi então que eu percebi o perigo que eu corria com aquele louco armado com um punhal atrás de mim. Virei-me rapidamente e o Silas estava sentado tranqüilamente em sua poltrona como se nada tivesse acontecido. A secretária entrou, assustada com os gritos, mas quando perguntado, o Silas disse que não tinha acontecido nada. Só perguntou por que o meu amigo havia ido embora. Achei que era gozação para cima de mim, despedi-me e saí fazendo mil e uma suposições. Da parte do Rique foi o mesmo: falou que ele jamais iria pular de uma janela tão alta e coisa e tal...
No fim-de-semana seguinte, o Silas telefonou lá para casa para saber como havia ficado aquele negócio do coral, pois o auditório já estava disponível. Convidei ele para a nossa peixada de domingo, para botar os dois cara-à-cara e tirar a limpo aquela história. Perguntei mais uma vez de onde é que ele conhecia o Rique, mas ele disse que eu é que os tinha apresentado. Comecei a achar que o Silas era bicha também e que só não assumia por causa da política. Deviam se conhecer a tempos. Ele era divorciado, tinha dois filhos, mas nunca se sabe.
Chegou para o almoço quase ao meio-dia, pouco depois do Rique . Contamos algumas anedotas regadas a cerveja e tudo parecia normal. Lá pelas tantas, para meu espanto e de minha mulher, O Silas saltou sobre o Rique e o derrubou da cadeira. Não era brincadeira, não, o coitado bateu com a cabeça forte e fez um barulhão. Novos gritos:
"Peguei-te, Ambrósio! Pensaste que no degredo ias escafeder-te? Levar-te-ei para a corte onde serás enforcado, tua morada será salgada e tua geração amaldiçoada!"
Tentamos separá-los, mas parecia nem perceberem que estávamos ali, o Rique só falava:
"Esperai, capitão Pedro Reis, pelo amor do Spiritu Sanctus, deixa-me falar-vos. Eu vos imploro. Comigo sereis um cristão rico. Capturamos um galeão com mais de mil e quinhentas peças de prata de Potosí. Quando voltávamos, uma borrasca arteira nos apanhou e jogou-nos na costa. Sobrei só eu da tripulação, mas consegui salvar o tesouro. Pela caridade de D'us, não tive culpa, poupai-me!"
No mesmo instante em que conseguimos separá-los, os dois tiveram um sobressalto. O Rique levou a mão à cabeça e perguntou o que havia acontecido. Pensou que tinha desmaiado.
Ao contarmos o que havíamos visto, ficaram estupefatos, o Silas pediu para não falarmos com ninguém sobre isso, iriam achar que ele estava louco e isso seria péssimo para a sua carreira. O almoço foi tenso para nós e com sorrisos amarelos da parte deles.
Durante as despedidas, tiveram mais uma recaída. Ambos com os olhos vidrados ficaram se olhando até que o Rique falou “Vamos dividir?”, voltaram ao normal e depois foram embora.
Com tudo isso, o Silas e o Rique ficaram amigos. O coral apresentou-se com muito sucesso e o Silas voltou para a antiga esposa. Comemoraram o recomeço com um belo jantar ao qual fomos todos convidados.
Na casa do Silas tinha uma coleção enorme de pratarias antigas, todas pretas como se ninguém nunca tivesse as polido. O Rique tinha uma coleção igual, mas não sabia de onde tinha vindo. Por intermédio da sua esposa fiquei sabendo que aquele lixo todo havia sido conseguido durante o período de separação, mas o Silas também não sabia de onde havia vindo.
Talvez de família.
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terça-feira, 12 de junho de 2007
Zodíaco
Nunca combinou com o teu?
Não me interessa se és peixe
E vives num mar de rosas
Ou se és leão feroz em distante savana.
Não me interessa se fores ariana
Ou portares o signo-de-Salomão,
Pois não sou nenhum nazista,
Só quero ficar sob o teu signo:
Quero beber o teu veneno de escorpião,
Beber do teu aquário,
Contrair mortalmente o teu câncer,
Ser meio homem e meio animal, o teu sagitário
Quero ser teu gêmeo, touro em teu corpo virgem.
Quero ser astro de todas as tuas constelações.
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segunda-feira, 11 de junho de 2007
A Imortalidade
Na semana passada neste link publiquei um livro A Cura da Morte sobre um grupo de pessoas imortais que tenta se manter anônimo.
No mundo real existe muita gente que quer levar à sério esse sonho. Por que não seria possível deter o envelhecimento? Pensemos: viver 300, 400 anos, saudáveis, junto com a família e amigos... as possibilidades são imensas e inimagináveis. Ainda que talvez não vejamos esse feito da humanidade, os nossos filhos ou netos podem presenciar, sim. É uma possibilidade real e a nossa geração é a primeira que pode sonhar com isso de uma forma concreta. Em uma entrevista, Salvador Dali já dizia que a busca da imortalidade é a verdadeira grande busca da ciência e parece que ele estava certo.
Existem algumas instituiçòes americanas organizadas com esse fim, a Life Extension Foudation , a Methuselah Foundation e o Immortality Institute Em uma primeira vista, parece idéia de maluco, mas mesmo que o objetivo final da conquista da imortalidade não venha a ser alcançado, no caminho das pesquisas são feitas descobertas científicas muito interessantes e nesses sites pode-se manter informado das últimas inovações nesse campo.
Em uma pesquisa sobre câncer, em Boston, pesquisadores descobriram o porquê os cabelos ficam brancos e a L’Oreal já anuncia colocar no mercado entre cinco e dez anos um creme que devolve a cor natural dos cabelos (Oba! Dentro de dez anos, vou estar precisando muito!). A melhor de todas que li por ali foi o Methuselah Mouse Prize. A Fundação Matusalém instituiu um prêmio anual para o cientista que conseguir o rato de laboratório mais longevo do mundo. Só com doações, este prêmio já está chegando em quase 5 milhões de dólares. Este ano o recorde foi batido por um rato que viveu 1819 dias, o equivalente a 180-200 anos no padrão humano.
Onde será que vamos parar? A idéia é promissora.Será que vai dar certo?
Vamos conversar mais sobre isso dentro de 200 anos!
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domingo, 10 de junho de 2007
sábado, 9 de junho de 2007
Bebês Chorões
Tem que ser muito imbecil para achar que a riqueza é algo estático, que o fato de um ser humano não ter, significa que foi roubado de quem tem. Hoje qualquer plebeu tem um padrão de vida muito superior do que um rei da Idade Média simplesmente porque a riqueza total do mundo cresce, aparece do esforço. Quem plantar um grão de feijão no solo vai colher depois de alguns meses uma vagem cheinha de feijões, vai ficar vários feijões mais rico, o que é tão difícil assim de compreender? A riqueza total do mundo depende de empenho, engenho e suor, não de roubo.
Roubo na verdade quem pratica são esses que tentam tomar à força a riqueza conquistada. E o mais impressionante é ver que esse não é apenas um discurso de punks da Avenida Paulista, mas sim impregna altos escalões do nosso governo.
Falando nisso, não é muita cara-de-pau daqueles que a vida toda defenderam o Estado Antidemocrático de Esquerda, aparecer na TV diante de toda a nação defendendo com suas bocas sujas o Estado Democrático de Direito? Infelizmente, vergonha é apenas para quem a tem. Para o país gerar riqueza é preciso coerência e organização e para existir o império da lei e da ordem é preciso primeiro existir o direito à propriedade.
Vivemos em um país em que a posse tem mais valor do que a propriedade, com um governo que não paga seus precatórios para velhinhos necessitados, dinheiro pode ser confiscado de bancos, sítios de lazer podem ser invadidos, apartamentos são confiscados pelos inquilinos, flores são roubadas do quintal... Como alguém haveria de querer investir por aqui? A riqueza deve ser respeitada, admirada e copiada. A atitude contrária só gera pobreza e subdesenvolvimento. O que será que existe de tão difícil de entender nessa idéia?
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sexta-feira, 8 de junho de 2007
Mau Humor
Está certo que Aristóteles há 23 séculos já falava com muita propriedade que sempre rimos daquele que consideramos inferior e numa sociedade que finge querer ser igualitária como a nossa ninguém pode aceitar que uns sejam mais iguais do que os outros, mas pessoal, alôô! Vamos acordar? Também devemos considerar que o ser humano é o único animal que ri, gente sem senso de humor é sempre meio “especial”. (Usar o termo “retardado” pode, ou é politicamente incorreto e vai ofender aos retardados?)
Enquanto a nossa sociedade não for totalmente igualitária, ou seja, como uma colônia de formigas como almejam muitos dos nossos governantes, de preferência com eles próprios no topo do formigueiro, continuará a existir humor e humor é, em via de regra, cruel. O antropólogo Claude Levi-Strauss já apontava como um dos fatores para o surgimento cultural justamente o surgimento de um senso de humor na sociedade. Sem sutileza e riso, viramos animais, só isso.
Quando Shakespeare fala que “há algo de podre no reino da Dinamarca”, falando da Inglaterra de sua época, estava sendo engraçado. Quando Jesus fala em Mateus 16, 18 “és Pedro e sobre esta pedra edificarei minha igreja” estava fazendo um trocadilho. Sem humor não é possível construir um raciocínio sensato e sério, toda a comunicação humana fica insossa, desinteressante.
Explicar o motivo pelo qual devemos prestigiar as manifestações de humor, sei, é tão inútil quanto explicar uma piada. Ou se entende ou não se entende, não existe meio termo. Se o nosso sistema judiciário não dispõe de capacidade intelectual para perceber isso, basta lamentar.
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quinta-feira, 7 de junho de 2007
A Origem dos Produtos que Você Consome
O Algodão Doce:
O algodão doce é uma planta originária da África Central que foi introduzida na América durante o período colonial, junto com a cultura do algodoeiro comum, este que é habitualmente produzido nas farmácias. O algodoeiro doce difundiu-se nos estados do sul dos Estados Unidos e teve o apogeu do seu cultivo durante a guerra civil americana, o qual era usado como o principal alimento das tropas sulistas. Originalmente o algodão doce era branco, mas hoje em dia, devido ao cruzamento de espécies e ao aprimoramento genético, é encontrado também no tom cor-de-rosa.
O Churros:
O churrus é produzido por uma das espécies da árvore Churrus uruguaius, cujo nome popular é churreira, ou churreira brava (bacia do Rio da Prata e sul do Brasil). A churreira é uma árvore com folhas caducas, bastante copada durante o verão e que no inverno produz um fruto longo e de seção estrelada com uma massa branca no interior. Ao fritar essa massa, obtém-se o delicioso churros.
O Escargot:
O escargot é um corte especial da carne bovina criada na região francesa de Cabernet. O nome é em homenagem ao seu criador Pierre Escargot.
A Farofa:
A farofa é obtida pela torrefação do pólen da flor de mandioca.
Flocos de Arroz:
Os flocos de arroz são produzidos deixando-se o arrozal passar do ponto ideal de colheita, assim a semente absorve água do solo, inchando. Nesse ponto é colhida, açucarada e posta para secar para a obtenção dos flocos.
A Laranja:
A laranja é formada pela coagulação (aglutinação) da laranjada de lata. Normalmente a laranja dá em supermercados.
A Mortadela:
Mortadela é um mamífero quadrúpede com longas pernas, da mesma família do pernil. A mortadela é originária da Austrália e pouco maior do que um coelho, alimenta-se principalmente de gramíneas e frutos silvestres e é facilmente domesticável.
O Náilon:
O Náilon é um fio de alta resistência produzido pelo bicho-do-náilon que é uma espécie de aranha que tece uma teia fortíssima. Esta teia é desfiada em um único e longo fio de aproximadamente cinqüenta metros e depois enrolada em bobinas e enviada às fábricas para a confecção de um refinado tecido.
O Sagu:
O sagu é originário do Japão, onde é cultivado há milhares de anos. O nome sa-gu significava em japonês arcaico "planta dos pendões celestiais" e é uma cultura de verão de trinta a quarenta centímetros na qual as sementes são usadas para a alimentação. As belas flores do sagu são também usadas para arranjos florais.
Sucrilhos de Milho:
O sucrilhos é feito a partir da pipoca doce que depois de seca ao natural o por processo industrial é prensada e acrescida de corante amarelo. O milho utilizado é o milho de pipoca.
O Vidro: O vidro é um subproduto originado pela quebra de moléculas de petróleo. Caso persistirmos na quebra de moléculas obteremos o caco de vidro e posteriormente o pó de vidro. A lã de vidro é obtida pela tecelagem manual do vidro.
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quarta-feira, 6 de junho de 2007
Afinal, qual é a proa?
Se tem meta ou é à toa,
Se alegra ou se magoa,
Se é séria ou se caçoa.
A vida é voz que é muda e soa,
É um navio e é uma canoa,
É uma cor que não destoa,
Tempestade e garoa.
Será que é isso ser pessoa?
Estar num rio e ser gamboa,
Para a alegria tecer loa,
E suportar tudo o que doa?
Essa pergunta sobrevoa,
Não tem som e ainda ecoa:
“Seja em poça ou em lagoa,
Afinal, qual é a proa?”
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terça-feira, 5 de junho de 2007
segunda-feira, 4 de junho de 2007
Idéia: Como resolver o problema de buracos nas estradas?
Como podemos observar no copo da esquerda (A), a pedra britada usada para cobrir buracos em estradas sob a cobertura asfáltica não possui um formato tal que permita uma organização geométrica do aglomerado.
Ao contrário, no copo da direita (B), podemos verificar que se juntarmos vários pequenos tetraedros de concreto, estes ficarão organizados de forma regular. Quanto maior a pressão e quanto maior a vibração a que forem submetidos, mais estes bloquinhos tetraédricos se organizarão, formando um aglomerado compacto.
Dessa maneira, um buraco completado com tais tetraedros de concreto não voltará a abrir com a primeira chuva.
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domingo, 3 de junho de 2007
A Cura da Morte
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sábado, 2 de junho de 2007
Cría Cuervos

Engraçado também ver aqueles que falavam tanto na integração latino-americana ameaçando entrar na Organização Mundial do Comércio contra a Bolívia e pouco a pouco tentando não aparecer mais na mídia com Hugo Chavez, que até anda falando mal da democracia brasileira, el viejo compañero. Logo o nosso governo que há menos de um ano era tão bolivariano...
E se resolvessem cassar a concessão da Rede Globo como fizeram com a maior rede de televisão da Venezuela? Seria possível? Parece que alguns estão começando a se preocupar com essa possibilidade. No nosso país, muita gente ganha dinheiro com a proximidade do poder, chocando um ovo de serpente que fatalmente eclodirá e devorará a eles próprios.
Parece que o Brasil está querendo tomar rumo à força, não por patriotismo ou competência daqueles que nos guiam, mas sim por medo dos monstros que eles próprios geraram.
Cria corvos que eles comerão teus olhos, lembra um ditado espanhol aos olhos dos nossos atuais líderes que começam a ser reclamados.
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sexta-feira, 1 de junho de 2007
Politicamente Incorreto
Que este é um país tropical?
Por aqui está fazendo um frio
Daqueles de murchar o bilau!
Eu trocaria a minha tosse
Por um bom aquecimento global.
Queimemos combustíveis fósseis!
Abaixo a floresta equatorial!
Ah, que saudades de praia,
Do ventinho do litoral.
Que derreta o Himalaia!
Casaco de pele é legal!
Ao que pensa em planeta, minha vaia,
Daqui dessa geladeira local.
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