Quem partiu? Quem ficou?
Uma frase do século XVIII que sempre é muito repetida e modernizada através dos séculos é a de “Quem não foi comunista aos dezoito anos, não tem coração. Quem continua sendo depois dos trinta, não tem cabeça”. Eu diria melhor, muitos comunistas depois dos trinta, não têm é bom coração.
Eu tive o privilégio de viver em uma época em que caiu o Muro de Berlim. Antes disso, eu vi, ninguém me contou, colegas de faculdade afirmando que a Romênia era o paraíso na terra e brigando com aqueles que achavam que Cuba é que o era... Naquela época, quando alguém falava no socialismo escandinavo, se torcia o nariz para aqueles porcos capitalistas sob o sol da meia-noite.... aliás, engraçado, hoje são países-modelo para todo aquele que de alguma forma quer extorquir dinheiro do estado.
Diz-se que na história da arte só existe um critério para sabermos quem é bom e quem não é. O crivo do tempo.
Quem diria que os filmes de Goddard iriam ser esquecidos? Poetas cubanos? Cinema do leste europeu? Alguns esquerdinhas brasileiros, muitos dos quais continuam até hoje tentando criar um estado-monstro, quem diria, eram uns merdas: a justiça da história fará com que caiam num retributivo esquecimento e que passem pela vida com o maior dos disabores, que é o de passar pelo tempo como se nunca tivessem existido. Muralistas mexicanos? Quem diria que Frida viria a ser mais famosa do que Rivera (ao meu ver, injustamente, diga-se de passagem)?
À época, todos pareciam expressões de Deus na terra, de tanto que eram idolatrados. Era uma seleção artificial promovida pelos líderes soviéticos: quem fosse de esquerda recebia verbas e promoção, quem atacava aquelas idéias, era duramente criticado.
E Bertold Brecht, até Brecht, quem diria? Está lenta e constantemente rumando ao ostracismo do tempo. Antes se via uma Mãe Coragem na primeira esquina e uma Senhora Carrar na próxima. Qual jovem teatreiro ainda monta Brecht?
Quem ficou eterno daquela época? Ezra Pound? T.S.Elliot? O carioquíssimo Nélson Rodrigues? Truffaut? John Ford? Elvis? Ficaram mais direitões, reacionários, simpatizantes do facismo, carolas e afins do que os pseudo-magnânimos e auto- intitulados ilustres, comunistas. Por quê?
Porque estavam errados. Foram datados. Comprados e manipulados. Só por isso. Os que estão ainda aí são os esqueletos de armário daquela época e que fatalmente irão se apagar um a um.
Uma nova geração virá e tomará o lugar que lhes é de direito, uma geração que não rasgou sutiãs, nem teve pais que lutaram contra Hitler e nem viu o mundo dividido em dois. Logo esse dia chegará e os ventos do esquecimento soprarão cada vez mais fortes.
Eu tive o privilégio de viver em uma época em que caiu o Muro de Berlim. Antes disso, eu vi, ninguém me contou, colegas de faculdade afirmando que a Romênia era o paraíso na terra e brigando com aqueles que achavam que Cuba é que o era... Naquela época, quando alguém falava no socialismo escandinavo, se torcia o nariz para aqueles porcos capitalistas sob o sol da meia-noite.... aliás, engraçado, hoje são países-modelo para todo aquele que de alguma forma quer extorquir dinheiro do estado.
Diz-se que na história da arte só existe um critério para sabermos quem é bom e quem não é. O crivo do tempo.
Quem diria que os filmes de Goddard iriam ser esquecidos? Poetas cubanos? Cinema do leste europeu? Alguns esquerdinhas brasileiros, muitos dos quais continuam até hoje tentando criar um estado-monstro, quem diria, eram uns merdas: a justiça da história fará com que caiam num retributivo esquecimento e que passem pela vida com o maior dos disabores, que é o de passar pelo tempo como se nunca tivessem existido. Muralistas mexicanos? Quem diria que Frida viria a ser mais famosa do que Rivera (ao meu ver, injustamente, diga-se de passagem)?
À época, todos pareciam expressões de Deus na terra, de tanto que eram idolatrados. Era uma seleção artificial promovida pelos líderes soviéticos: quem fosse de esquerda recebia verbas e promoção, quem atacava aquelas idéias, era duramente criticado.
E Bertold Brecht, até Brecht, quem diria? Está lenta e constantemente rumando ao ostracismo do tempo. Antes se via uma Mãe Coragem na primeira esquina e uma Senhora Carrar na próxima. Qual jovem teatreiro ainda monta Brecht?
Quem ficou eterno daquela época? Ezra Pound? T.S.Elliot? O carioquíssimo Nélson Rodrigues? Truffaut? John Ford? Elvis? Ficaram mais direitões, reacionários, simpatizantes do facismo, carolas e afins do que os pseudo-magnânimos e auto- intitulados ilustres, comunistas. Por quê?
Porque estavam errados. Foram datados. Comprados e manipulados. Só por isso. Os que estão ainda aí são os esqueletos de armário daquela época e que fatalmente irão se apagar um a um.
Uma nova geração virá e tomará o lugar que lhes é de direito, uma geração que não rasgou sutiãs, nem teve pais que lutaram contra Hitler e nem viu o mundo dividido em dois. Logo esse dia chegará e os ventos do esquecimento soprarão cada vez mais fortes.
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