Opinião: Lendo Paulo Coelho
Canso de ver intelectuais despeitados com o fenômeno literário Paulo Coelho que eles dizem ser injusto. O que seria justo? Qual é o critério?
Em primeiro lugar, a obra de Paulo Coelho carrega em si um dos indícios de qualidade presentes em autores como Shakespeare, Sófocles ou Victor Hugo, o sucesso em vida. Kafka só foi reconhecido depois de morto, sendo portanto uma das exceções que conformam essa regra, mas em geral os imortais são reconhecidos por seus contemporâneos.
Comparar Paulo Coelho com Sófocles é absurdo, certo, mas não é total despropósito lhe comparar com os Alexandre Dumas ou com Dashiel Hammet, por exemplo, que também escreviam historias fúteis. A superficialidade não é critério para colocarmos de lado um bom escritor e nem para pensarmos que ele não tem chances de se tornar um imortal.
Além disso, ele tem duas características que não são muito comuns.
A primeira é a qualidade de ação do texto. Gigantes como Joyce ou Thomas Mann não têm isso, as suas narrativas não avançam. Hemmingway, nem tão gigante assim, mas de qualquer forma venerado pelos americanos, é um tremendo chato, fica repetindo informações que o leitor já sabe.
A segunda qualidade de Paulo Coelho é a verossimilhança. Eu gosto de comparar essa característica com os filmes do 007. A gente sabe que aquilo é mentira, mas o personagem é totalmente verossímil, naquele momento se acredita que a realidade seja assim mesmo porque o filme é bem construído. O mesmo acontece com o nosso sucesso literário. O leitor consegue acreditar nos personagens do Paulo Coelho, eles têm uma pegada de realidade.
Tom Jobim já dizia que brasileiro detesta ver o sucesso alheio, somos um povo invejoso. Para aqueles que falam que Paulo Coelho não presta, eu gostaria de perguntar quem é bom no panorama nacional, afinal? Quem poderia ir para a lista dos 50 melhores escritores mundiais de todos os tempos? Jorge Amado, Érico Veríssimo? Machado? João Ubaldo, Rubem Fonseca? Não creio. Eu pessoalmente diria que até existe uma obra-prima brasileira, infelizmente pouco citada, que é o “Lendas do Sul”, do Simões Lopes Neto, mas em geral falta na nossa literatura aquele toque de Midas que diferencia o grande do gigante.
Em primeiro lugar, a obra de Paulo Coelho carrega em si um dos indícios de qualidade presentes em autores como Shakespeare, Sófocles ou Victor Hugo, o sucesso em vida. Kafka só foi reconhecido depois de morto, sendo portanto uma das exceções que conformam essa regra, mas em geral os imortais são reconhecidos por seus contemporâneos.
Comparar Paulo Coelho com Sófocles é absurdo, certo, mas não é total despropósito lhe comparar com os Alexandre Dumas ou com Dashiel Hammet, por exemplo, que também escreviam historias fúteis. A superficialidade não é critério para colocarmos de lado um bom escritor e nem para pensarmos que ele não tem chances de se tornar um imortal.
Além disso, ele tem duas características que não são muito comuns.
A primeira é a qualidade de ação do texto. Gigantes como Joyce ou Thomas Mann não têm isso, as suas narrativas não avançam. Hemmingway, nem tão gigante assim, mas de qualquer forma venerado pelos americanos, é um tremendo chato, fica repetindo informações que o leitor já sabe.
A segunda qualidade de Paulo Coelho é a verossimilhança. Eu gosto de comparar essa característica com os filmes do 007. A gente sabe que aquilo é mentira, mas o personagem é totalmente verossímil, naquele momento se acredita que a realidade seja assim mesmo porque o filme é bem construído. O mesmo acontece com o nosso sucesso literário. O leitor consegue acreditar nos personagens do Paulo Coelho, eles têm uma pegada de realidade.
Tom Jobim já dizia que brasileiro detesta ver o sucesso alheio, somos um povo invejoso. Para aqueles que falam que Paulo Coelho não presta, eu gostaria de perguntar quem é bom no panorama nacional, afinal? Quem poderia ir para a lista dos 50 melhores escritores mundiais de todos os tempos? Jorge Amado, Érico Veríssimo? Machado? João Ubaldo, Rubem Fonseca? Não creio. Eu pessoalmente diria que até existe uma obra-prima brasileira, infelizmente pouco citada, que é o “Lendas do Sul”, do Simões Lopes Neto, mas em geral falta na nossa literatura aquele toque de Midas que diferencia o grande do gigante.
Por tudo isso, não sou dos que ousam falar mal de Paulo Coelho.
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