O Capitalista Utópico
Acho que uma das cenas mais patéticas da história humana aconteceu quando o socialista utópico Charles Fourier inventou um sistema de cooperativas, anunciou que o seu projeto necessitaria de financiamento e por isso acreditava que não faltariam almas boas com o capital necessário para colocar as suas idéias em prática. Anunciou que ficaria todos os dias esperando que batessem a sua porta com o dinheiro para o projeto. Desistiu depois de dez anos de espera...
É até fácil de entender porque as suas idéias não receberam apoio: ninguém iria investir um centavo se não esperasse um retorno, é a lei do capitalismo.
O problema é que mesmo lucrando as pessoas não investem e isso até hoje não consegui entender. O que o velcro, o xerox e o telefone têm em comum? Foram todas idéias geniais, mas que os inventores não conseguiram vender.
Idéias novas têm risco? Bem, para isso que existem planos de negócios, para minimizar e quantizar os riscos dos investimentos. Assim como um investidor faz um mix entre poupança, fundos de renda fixa e ações, porque não colocar, sei lá, digamos: dez por cento do seu investimento em novas idéias?
“Como é que eu não pensei nisso antes?”, as pessoas falam quando um negócio prospera, mas parecem desprezar o fato de existirem 20 milhões de depósitos de patentes no Brasil. Quantas dessas idéias não poderiam dar certo? O único “defeito” delas é a de serem novas.
A única empresa que eu conheço especializada na inovação é a 3M e não é à toa que essa é a firma de sucesso que todos conhecemos. Para a maioria das companhias, inovar significa copiar o que já existe, não existe a cultura de mudança de paradigmas.
O capitalismo cresce indefinidamente justamente porque ocorrem inovações e conseqüentemente novas necessidades de mercado. O que há de tão obscuro e misterioso nessa afirmação?
Por tudo isso, acho que sou uma espécie de “capitalista utópico”. Penso que isso que falo é de uma obviedade ululante, mas esse raciocínio está nitidamente errado, pois ele não se verifica na prática.
É até fácil de entender porque as suas idéias não receberam apoio: ninguém iria investir um centavo se não esperasse um retorno, é a lei do capitalismo.
O problema é que mesmo lucrando as pessoas não investem e isso até hoje não consegui entender. O que o velcro, o xerox e o telefone têm em comum? Foram todas idéias geniais, mas que os inventores não conseguiram vender.
Idéias novas têm risco? Bem, para isso que existem planos de negócios, para minimizar e quantizar os riscos dos investimentos. Assim como um investidor faz um mix entre poupança, fundos de renda fixa e ações, porque não colocar, sei lá, digamos: dez por cento do seu investimento em novas idéias?
“Como é que eu não pensei nisso antes?”, as pessoas falam quando um negócio prospera, mas parecem desprezar o fato de existirem 20 milhões de depósitos de patentes no Brasil. Quantas dessas idéias não poderiam dar certo? O único “defeito” delas é a de serem novas.
A única empresa que eu conheço especializada na inovação é a 3M e não é à toa que essa é a firma de sucesso que todos conhecemos. Para a maioria das companhias, inovar significa copiar o que já existe, não existe a cultura de mudança de paradigmas.
O capitalismo cresce indefinidamente justamente porque ocorrem inovações e conseqüentemente novas necessidades de mercado. O que há de tão obscuro e misterioso nessa afirmação?
Por tudo isso, acho que sou uma espécie de “capitalista utópico”. Penso que isso que falo é de uma obviedade ululante, mas esse raciocínio está nitidamente errado, pois ele não se verifica na prática.
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