A Obra Sagrada
Os infiéis profanaram o templo, mas Jeová sempre deixa uma semente para que floresça a sua obra.
Derramou-se o fogo sobre a terra e quando o nosso Redentor ofereceu a outra face aos ímpios eles bateram e o destruíram. Eu, mulher outrora consagrada ao Senhor, que escutava as vozes do altíssimo, fui das poucas sobreviventes.
Foi depois de muitas provações que o reinado da luz começou a estabelecer-se, mas o nosso Salvador já havia previsto todos os martírios, aqueles que ocorreram na reunião do povo liberto, a migração para a terra prometida, o trabalho duro para executar a Obra Sagrada e ele havia previsto pela leitura das Santas Escrituras até a nossa ruína e revelação finais.
O exército de Balaão cercou o pátio da Igreja com os seus carros de polícia, suas armas e os seus enviados do mal. Apenas alguns poucos irmãos que estavam realizando trabalhos externos ficaram de fora. Os hereges começaram a tentar destruir o templo, primeiro com o seu discurso macio e profano e suas promessas de deixar seguir o caminho, mas o caminho proposto por eles não era o do paraíso e sim o mundano. Queriam que o Redentor deixasse sair as suas várias esposas e os seus protegidos para que pudessem ser afastados da senda do Senhor e caíssem em desgraça, mas não, aqueles que vacilavam eram trazidos de volta à luz, o Redentor os abençoava e os sacrificava para que os cordeiros de Deus não caíssem nas mãos da perdição.
Tudo isso eu sabia pelas vozes que ecoavam na minha cabeça.
Muitos dias se passaram e o primeiro dos cavaleiros, a fome, caiu sobre os nossos irmãos e irmãs com a sua fúria incontida, não podíamos levar ajuda e a vigilância satânica era completa. Soubemos depois que o nosso salvador decidiu a redenção pela morte.
A seguir, os descendentes dos mesmos romanos que mataram Cristo e dos judeus que o levaram à cruz, começaram a usar a sua temível força assassina para invadir o recanto sagrado que levamos tanto tempo para construir, chegaram reforços com as suas sirenas luminosas, jogaram as suas bombas de fumaça diretamente saídas das profundezas do inferno e deram os seus gritos endemoniados pelos megafones, mas de nada adiantou, ao invadir o templo, já encontraram todos entregues às mãos do Altíssimo.
Eu, mulher de Deus, sem ter para onde ir e sem par neste mundo, vaguei a esmo. Não sabia se havia sobrado alguém para começarmos a reconstrução da Obra. A perdição estava em toda a parte e soube que satã havia vencido.
Vaguei sozinha pelo mundo. Conheci a fome, o frio e a desgraça. Prostitui-me e conheci uma outra vida terrível nunca antes imaginada por mim. A desgraça fora do templo era completa.
Porém, em um belo dia de sol as vozes se foram. De uma hora para outra, percebi o silêncio da vida e os belos ruídos do mundo. Pensei que o Espírito Santo havia me abandonado, mas não foi isso que aconteceu. Finalmente notei a minha desgraça e percebi que quem está no fundo só pode subir.
A partir dali, consegui trabalhar honestamente, estudei, progredi na vida e, em alguns anos até casei.
Eu aprendera a viver sem a ajuda de Deus.
Com tudo isso, resolvi dedicar a minha vida a construir um mundo melhor.
Quando chegar a minha hora de ir ao paraíso celeste, espero que Deus ainda me aceite na sua eternidade vazia, por enquanto o meu paraíso é aqui.
Derramou-se o fogo sobre a terra e quando o nosso Redentor ofereceu a outra face aos ímpios eles bateram e o destruíram. Eu, mulher outrora consagrada ao Senhor, que escutava as vozes do altíssimo, fui das poucas sobreviventes.
Foi depois de muitas provações que o reinado da luz começou a estabelecer-se, mas o nosso Salvador já havia previsto todos os martírios, aqueles que ocorreram na reunião do povo liberto, a migração para a terra prometida, o trabalho duro para executar a Obra Sagrada e ele havia previsto pela leitura das Santas Escrituras até a nossa ruína e revelação finais.
O exército de Balaão cercou o pátio da Igreja com os seus carros de polícia, suas armas e os seus enviados do mal. Apenas alguns poucos irmãos que estavam realizando trabalhos externos ficaram de fora. Os hereges começaram a tentar destruir o templo, primeiro com o seu discurso macio e profano e suas promessas de deixar seguir o caminho, mas o caminho proposto por eles não era o do paraíso e sim o mundano. Queriam que o Redentor deixasse sair as suas várias esposas e os seus protegidos para que pudessem ser afastados da senda do Senhor e caíssem em desgraça, mas não, aqueles que vacilavam eram trazidos de volta à luz, o Redentor os abençoava e os sacrificava para que os cordeiros de Deus não caíssem nas mãos da perdição.
Tudo isso eu sabia pelas vozes que ecoavam na minha cabeça.
Muitos dias se passaram e o primeiro dos cavaleiros, a fome, caiu sobre os nossos irmãos e irmãs com a sua fúria incontida, não podíamos levar ajuda e a vigilância satânica era completa. Soubemos depois que o nosso salvador decidiu a redenção pela morte.
A seguir, os descendentes dos mesmos romanos que mataram Cristo e dos judeus que o levaram à cruz, começaram a usar a sua temível força assassina para invadir o recanto sagrado que levamos tanto tempo para construir, chegaram reforços com as suas sirenas luminosas, jogaram as suas bombas de fumaça diretamente saídas das profundezas do inferno e deram os seus gritos endemoniados pelos megafones, mas de nada adiantou, ao invadir o templo, já encontraram todos entregues às mãos do Altíssimo.
Eu, mulher de Deus, sem ter para onde ir e sem par neste mundo, vaguei a esmo. Não sabia se havia sobrado alguém para começarmos a reconstrução da Obra. A perdição estava em toda a parte e soube que satã havia vencido.
Vaguei sozinha pelo mundo. Conheci a fome, o frio e a desgraça. Prostitui-me e conheci uma outra vida terrível nunca antes imaginada por mim. A desgraça fora do templo era completa.
Porém, em um belo dia de sol as vozes se foram. De uma hora para outra, percebi o silêncio da vida e os belos ruídos do mundo. Pensei que o Espírito Santo havia me abandonado, mas não foi isso que aconteceu. Finalmente notei a minha desgraça e percebi que quem está no fundo só pode subir.
A partir dali, consegui trabalhar honestamente, estudei, progredi na vida e, em alguns anos até casei.
Eu aprendera a viver sem a ajuda de Deus.
Com tudo isso, resolvi dedicar a minha vida a construir um mundo melhor.
Quando chegar a minha hora de ir ao paraíso celeste, espero que Deus ainda me aceite na sua eternidade vazia, por enquanto o meu paraíso é aqui.
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