Um Dia a Mais
Por serviços prestados ao diabo nos seus tempos de juventude, foi concedido ao velho senhor um dia a mais de vida.
Quando a morte, carregando uma foice e trajando sua inconfundível túnica preta, tocou a campainha, o velho resmungou, olhou pelo olho mágico e, reconhecendo a presença de tão ilustre criatura, abriu a porta, convidou-a para entrar e tomar o café-da-manhã. A morte agradeceu, mas desculpando-se pela pressa e culpando os males do mundo pela sua sobrecarga de trabalho, informou-lhe a graça do Príncipe das Trevas e disse que viria buscá-lo à noite. Depois, abrindo a porta do elevador, perguntou se por ali passava o ônibus para o cemitério, pois o dia já ia alto e ela nem ainda havia batido o cartão de ponto.
Ao descer o elevador, o velho ficou parado por alguns instantes, depois se trancou no apartamento com medo dos assaltos tão comuns nas grandes cidades e foi à cozinha ferver o leite. Tomou café, vestiu-se, desceu para comprar o jornal, voltou para casa, leu-o minuciosamente, fez as palavras cruzadas e recortou uma citação.
Depois, saiu para tomar sol em uma praça onde crianças brincavam. Quando o calor do meio-dia começou a o castigar, foi até o restaurante de sempre e pediu o do-dia, puxando conversa com o atarefado garçom. Almoçou e foi caminhando sem pressa para casa, para tirar a sua sesta. Depois, foi jogar damas na praça e quando se aproximou o final da tarde, recolheu-se para ver o pôr-do-sol de sua janela e pensar nos amores de juventude.
A morte, por sua vez, atendendo ao celular, recebeu um chamado inesperado que transtornou toda a sua agenda: antes da hora prevista teve de ir buscar o velho, pois ele havia cometido suicídio.
Quando a morte, carregando uma foice e trajando sua inconfundível túnica preta, tocou a campainha, o velho resmungou, olhou pelo olho mágico e, reconhecendo a presença de tão ilustre criatura, abriu a porta, convidou-a para entrar e tomar o café-da-manhã. A morte agradeceu, mas desculpando-se pela pressa e culpando os males do mundo pela sua sobrecarga de trabalho, informou-lhe a graça do Príncipe das Trevas e disse que viria buscá-lo à noite. Depois, abrindo a porta do elevador, perguntou se por ali passava o ônibus para o cemitério, pois o dia já ia alto e ela nem ainda havia batido o cartão de ponto.
Ao descer o elevador, o velho ficou parado por alguns instantes, depois se trancou no apartamento com medo dos assaltos tão comuns nas grandes cidades e foi à cozinha ferver o leite. Tomou café, vestiu-se, desceu para comprar o jornal, voltou para casa, leu-o minuciosamente, fez as palavras cruzadas e recortou uma citação.
Depois, saiu para tomar sol em uma praça onde crianças brincavam. Quando o calor do meio-dia começou a o castigar, foi até o restaurante de sempre e pediu o do-dia, puxando conversa com o atarefado garçom. Almoçou e foi caminhando sem pressa para casa, para tirar a sua sesta. Depois, foi jogar damas na praça e quando se aproximou o final da tarde, recolheu-se para ver o pôr-do-sol de sua janela e pensar nos amores de juventude.
A morte, por sua vez, atendendo ao celular, recebeu um chamado inesperado que transtornou toda a sua agenda: antes da hora prevista teve de ir buscar o velho, pois ele havia cometido suicídio.
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