Por que comer carne vermelha?
O médico brasileiro Antônio da Silva Melo certa vez escreveu um calhamaço chamado “Alimentação, Instinto e Cultura”, defendendo a importância do instinto na escolha dos alimentos e, com sua vasta experiência clínica e profundidade de leituras, contava nesse trabalho sobre casos de como pacientes moribundos se recuperavam depois de pedirem insistentemente alimentos considerados “pesados” por médicos e familiares.
Muitos alimentos que a humanidade escolheu instintivamente como sendo os mais deliciosos foram em certas épocas considerados prejudiciais à saúde, mas, um a um, foram descobertos como altamente benéficos: a pimenta, o chocolate, o vinho, o café, o tomate e tantos outros.
O mesmo acontece com a carne vermelha. Instintivamente ela nos atrai, mas existe uma séria campanha contra ela. Quais são os indícios da natureza de que devemos a comer (moderadamente, como tudo)?
Em primeiro lugar, todos os animais que possuem olhos na frente do rosto são carnívoros (leão, cachorro, etc.) e todos que possuem olhos do lado são herbívoros (vaca, zebra...). É a lei da natureza, quem come carne precisa ver a presa, quem é comido precisa ver o predador que se aproxima. Nós temos olhos voltados para a frente.
Todos os animais que possuem o dente canino são carnívoros. Nós possuímos dentes caninos.
A única fonte de sal dentre todos os alimentos é a carne. A nossa alimentação é baseada em alimentos salgados, conseguimos ficar sem doces, mas morremos se ficarmos sem sal. Em tempos primitivos como a humanidade conseguia sal? Caçando, é claro.
O cheiro da carne assada é o cheiro mais forte que sentimos: mais do que um mato de eucaliptos, mais forte do que um campo de lavanda. O cheirinho de café ou bolo assado até pode se espalhar pela casa, mas o cheiro de carne se impregna vai para os vizinhos, para nós humanos, atrai tanto como o cheiro de mel atrai as abelhas. Sentimos o cheiro de uma churrascaria a três quadras de distância, é muito mais forte do que cheiro de poluição. O cheiro de apenas um quilo da carne assada supera até o da brisa marinha que é provocado por milhões de toneladas de animais e plantas.
Outro argumento muito comum é o do uso de hormônios e aceleradores de engorda por parte dos fazendeiros. De onde será que os vegetarianos tiram essas idéias? Já fui pecuarista e mal tinha dinheiro para comprar sal para o gado, quanto mais comprar hormônios! Isso é um total desconhecimento da situação do campo no Brasil. Galinhas, carne branca, é que levam hormônios, qualquer um sabe. Plantas levam agrotóxicos, comer morango ou tomate tem um certo perigo, sim. Todos sabem. Pecuaristas brasileiros de pecuária extensiva normalmente ficam felizes quando conseguem comprar carrapaticida, imagine se iriam comprar hormônios? Nada é mais natural do que boi.
Muito bem, comer carne vermelha parece ser o nosso instinto, nossa predisposição natural, mas por que motivo surgiu o vegetarianismo e essa idéia se espalhou tanto dentre nós?
Os Adventistas do Sétimo Dia são os precursores e divulgadores das idéias vegetarianas no ocidente, tendo formado diversos hospitais e centros de pesquisa voltados a provar essa teoria. De onde eles tiraram isso?
Hellen White, a profetisa e uma das fundadoras da religião sofreu severa influência de Helena Blavatski, uma das fundadoras da teosofia, que proferiu diversas palestras nos Estados Unidos do século XIX e de quem Ms.White era admiradora (ela também sofreu influência do Dr. Kellogs, inventor dos spas e das dietas amalucadas, mas isso já é outra história).
Retrocedendo mais alguns anos, Ms. Blavatski conheceu a dieta vegetariana por influência de “sábios” indianos com quem ela havia convivido naquele país.
Agora voltemos mais alguns milênios. De onde a Índia tirou a idéia do vegetarianismo? A civilização pré-histórica que viveu na Índia antes da conquista ariana era originalmente carnívorista, tendo criado inclusive o tantrismo, filosofia que promovia rituais sexuais com o consumo de carne (mmm, interessante...!). Quando os arianos invadiram o subcontinente indiano, trouxeram uma série de normas religiosas com eles, inclusive a repressão sexual e o vegetarianismo.
O que tem a ver a repressão sexual com o ato de comer carne? É que ambos não partiram da cultura ocidental. No século XV os corredores não haviam sido inventados. Para passar de um cômodo ao outro em um castelo, passava-se por casais fazendo sexo, crianças assistiam a tudo de forma natural. Apenas no período vitoriano, com o avanço da revolução industrial é que o prazer passou a ser regrado como necessidade de aumento populacional e acumulação de riqueza, por isso não é mera coincidência que nesse período tenhamos ido buscar essas idéias em uma cultura avessa a nossa.
Portanto, caro leitor, essa história de que não comer carne faz bem está mal contada. Melhor comer carnes brancas? Duvido.
Como ter tanta certeza? Basta olhar para os seus conhecidos vegetarianos que já chegaram aos quarenta... Não parecem uns velhos? Não estão um caco?
Infelizmente a teoria tem que seguir a natureza, o contrário não dá certo.
Muitos alimentos que a humanidade escolheu instintivamente como sendo os mais deliciosos foram em certas épocas considerados prejudiciais à saúde, mas, um a um, foram descobertos como altamente benéficos: a pimenta, o chocolate, o vinho, o café, o tomate e tantos outros.
O mesmo acontece com a carne vermelha. Instintivamente ela nos atrai, mas existe uma séria campanha contra ela. Quais são os indícios da natureza de que devemos a comer (moderadamente, como tudo)?
Em primeiro lugar, todos os animais que possuem olhos na frente do rosto são carnívoros (leão, cachorro, etc.) e todos que possuem olhos do lado são herbívoros (vaca, zebra...). É a lei da natureza, quem come carne precisa ver a presa, quem é comido precisa ver o predador que se aproxima. Nós temos olhos voltados para a frente.
Todos os animais que possuem o dente canino são carnívoros. Nós possuímos dentes caninos.
A única fonte de sal dentre todos os alimentos é a carne. A nossa alimentação é baseada em alimentos salgados, conseguimos ficar sem doces, mas morremos se ficarmos sem sal. Em tempos primitivos como a humanidade conseguia sal? Caçando, é claro.
O cheiro da carne assada é o cheiro mais forte que sentimos: mais do que um mato de eucaliptos, mais forte do que um campo de lavanda. O cheirinho de café ou bolo assado até pode se espalhar pela casa, mas o cheiro de carne se impregna vai para os vizinhos, para nós humanos, atrai tanto como o cheiro de mel atrai as abelhas. Sentimos o cheiro de uma churrascaria a três quadras de distância, é muito mais forte do que cheiro de poluição. O cheiro de apenas um quilo da carne assada supera até o da brisa marinha que é provocado por milhões de toneladas de animais e plantas.
Outro argumento muito comum é o do uso de hormônios e aceleradores de engorda por parte dos fazendeiros. De onde será que os vegetarianos tiram essas idéias? Já fui pecuarista e mal tinha dinheiro para comprar sal para o gado, quanto mais comprar hormônios! Isso é um total desconhecimento da situação do campo no Brasil. Galinhas, carne branca, é que levam hormônios, qualquer um sabe. Plantas levam agrotóxicos, comer morango ou tomate tem um certo perigo, sim. Todos sabem. Pecuaristas brasileiros de pecuária extensiva normalmente ficam felizes quando conseguem comprar carrapaticida, imagine se iriam comprar hormônios? Nada é mais natural do que boi.
Muito bem, comer carne vermelha parece ser o nosso instinto, nossa predisposição natural, mas por que motivo surgiu o vegetarianismo e essa idéia se espalhou tanto dentre nós?
Os Adventistas do Sétimo Dia são os precursores e divulgadores das idéias vegetarianas no ocidente, tendo formado diversos hospitais e centros de pesquisa voltados a provar essa teoria. De onde eles tiraram isso?
Hellen White, a profetisa e uma das fundadoras da religião sofreu severa influência de Helena Blavatski, uma das fundadoras da teosofia, que proferiu diversas palestras nos Estados Unidos do século XIX e de quem Ms.White era admiradora (ela também sofreu influência do Dr. Kellogs, inventor dos spas e das dietas amalucadas, mas isso já é outra história).
Retrocedendo mais alguns anos, Ms. Blavatski conheceu a dieta vegetariana por influência de “sábios” indianos com quem ela havia convivido naquele país.
Agora voltemos mais alguns milênios. De onde a Índia tirou a idéia do vegetarianismo? A civilização pré-histórica que viveu na Índia antes da conquista ariana era originalmente carnívorista, tendo criado inclusive o tantrismo, filosofia que promovia rituais sexuais com o consumo de carne (mmm, interessante...!). Quando os arianos invadiram o subcontinente indiano, trouxeram uma série de normas religiosas com eles, inclusive a repressão sexual e o vegetarianismo.
O que tem a ver a repressão sexual com o ato de comer carne? É que ambos não partiram da cultura ocidental. No século XV os corredores não haviam sido inventados. Para passar de um cômodo ao outro em um castelo, passava-se por casais fazendo sexo, crianças assistiam a tudo de forma natural. Apenas no período vitoriano, com o avanço da revolução industrial é que o prazer passou a ser regrado como necessidade de aumento populacional e acumulação de riqueza, por isso não é mera coincidência que nesse período tenhamos ido buscar essas idéias em uma cultura avessa a nossa.
Portanto, caro leitor, essa história de que não comer carne faz bem está mal contada. Melhor comer carnes brancas? Duvido.
Como ter tanta certeza? Basta olhar para os seus conhecidos vegetarianos que já chegaram aos quarenta... Não parecem uns velhos? Não estão um caco?
Infelizmente a teoria tem que seguir a natureza, o contrário não dá certo.
Um comentário:
E essa turma do "macrô" (macrobiótico), então? Só a comida parece ração - eu diria que até pior.
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