terça-feira, 23 de outubro de 2007

CPMF

A CPMF deve acabar? Aumentar? Diminuir?
O que eu acho mais incrível disso tudo e que diariamente assistimos na TV é que ninguém sequer cogita em mudar o paradigma: reduzir os gastos públicos, não seria uma melhor solução?
Impossível? Sim, conforme o nosso presidente, na verdade precisamos aumentá-los! Até onde? Até que ponto?
Precisamos mais médicos, e mais bem remunerados, para o atendimento do SUS? Precisamos, sim, vemos todo dia isso no noticiário da TV, mas não é disso que estamos falando. Se todos os servidores fossem concursados, estaríamos discutindo apenas a eficiência da administração pública, o que, supõe-se, pelo menos em teoria, seria eficientíssima, pois teríamos escolhido os melhores representantes da nossa sociedade para nos administrarem, mas acontece que não é assim.
Os que coordenam todo o jogo do poder cada vez aumentam mais a máquina pública para conseguir instalar ali os seus apadrinhados e são essas as estruturas que estão comprometidas. Muitas agências reguladoras, muitas ONGs, muitas empresas públicas e de economia mista que são geridas, não por cargos de carreira, mas por comparsas políticos, aí é que está o maior dos problemas.
E quem paga por tudo? A população, é claro. O estado brasileiro não conseguirá sobreviver sem a CPMF? Façamos mais conluios! Inventemos mais um cabide de empregos desnecessários!
Ninguém agüenta mais pagar? Então enganemos as classes menos favorecidas: digamos que eles não irão arcar com o imposto se ganharem menos de 1700 reais! É claro que ninguém diz que a CPMF está embutida em cada pacote de margarina e em cada pão vendido e com a queda da arrecadação, fatalmente ela irá aumentar, gerando maior custo, principalmente para os mais pobres.
Não sobreviveremos sem extorquir da população? Quem não sobreviverá, o Estado brasileiro ou os que desfrutam das benesses desse estado de coisas?

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