O Caminho de Borocotó
Digavar, digavarzinho,
Eu vou,
Eu vou prá Borocotó.
No toc-toc do caminho,
De cavalinho, levantando pó.
Por onde ando
Não me faz cosca
Nem mosca ou vento,
Me cutucando
Só o pensamento,
Me atazanando
Só o sofrimento:
Por onde anda aquela moça
Que encontrei lá pela roça?
Por onde anda aquela bela
Que me fez gamar por ela?
Por onde anda aquele sonho
Que fez eu ficar tristonho?
Diga lá, Santo Antoninho
Que me guia e é padrinho:
Como amarro e dou um nó
No meu xodó de Borocotó?
Digavar, digavarzinho
Eu vou,
Eu vou lá prá procurar,
Pela estrada, tão sozinho,
Esse mundão é o meu lugar,
Mas a moça de Borocotó
Faz com que eu não me sinta só.
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