O Belo
Há quem diga que a beleza está nos olhos de quem vê, mas eu penso diferente. Depende.
A maioria da literatura divide a beleza em dois tipos, a beleza natural (um pôr-do-sol, um rosto, uma praia...) e a beleza artística: um quadro, uma escultura, etc. Alguns autores inclusive para diferenciar o belo artístico, escrevem-no com B maiúsculo.
Na minha experiência como designer, eu descobri que existem três tipos de beleza, não dois.
Na primeira acepção do termo, “belo” é sinônimo de harmonia, proporcionalidade, equilíbrio. Uma mulher bela o é porque possui uma certa harmonia de formas.
O mesmo não acontece com o fenômeno artístico. Belo aqui passa a ser sinônimo de expressividade. Uma aula de anatomia pode ser de uma beleza artística extrema, mas não o é no sentido de harmonia. A representação de um fuzilamento. Uma batalha naval. Uma balsa cheia de náufragos. O belo artístico nem sempre é harmônico, proporcional, equilibrado.
A confusão começa quando as pessoas não percebem que existe uma terceira via, a do “Belo Comercial”, termo inventado por mim. Do meu ponto de vista, arquitetura e design não são artes no sentido estrito do termo, não pertencem ao mesmo universo de uma escultura, por exemplo.
Esses tipos de beleza podem, sim, ser mensurados. Eu criei um método que pode ser lido neste livro A Empresa Sublime que permite colocar dois objetos similares lado a lado e definir qual é o mais belo, ou seja, aquele que muito provavelmente irá atrair mais consumidores ou vender mais.
O processo é longo para o design de produto, mas em design gráfico, que lida com elementos mais simples, é fácil de compreender: apanhe dois anúncios de uma revista. 1, qual tem mais contraste? 2, em qual os elementos estão mais bem agrupados em ordem de importância? 3, em qual deles o conjunto está mais bem alinhado, uns elementos visuais com os outros? 4, em qual existe uma repetição de elementos para criar uma linguagem própria? 5, os tipos de letras estão organizados corretamente? Essas cinco respostas nos trazem muito mais informação do que um simples gosto-não gosto.
Portanto, que não venham me dizer que o belo é um desfrute privado. Depende. Se for para ganhar dinheiro com um produto, um elemento gráfico ou uma construção, a beleza estará no cérebro de quem analisa e no bolso de quem a compra. Jamais nos olhos de quem a vê.
A maioria da literatura divide a beleza em dois tipos, a beleza natural (um pôr-do-sol, um rosto, uma praia...) e a beleza artística: um quadro, uma escultura, etc. Alguns autores inclusive para diferenciar o belo artístico, escrevem-no com B maiúsculo.
Na minha experiência como designer, eu descobri que existem três tipos de beleza, não dois.
Na primeira acepção do termo, “belo” é sinônimo de harmonia, proporcionalidade, equilíbrio. Uma mulher bela o é porque possui uma certa harmonia de formas.
O mesmo não acontece com o fenômeno artístico. Belo aqui passa a ser sinônimo de expressividade. Uma aula de anatomia pode ser de uma beleza artística extrema, mas não o é no sentido de harmonia. A representação de um fuzilamento. Uma batalha naval. Uma balsa cheia de náufragos. O belo artístico nem sempre é harmônico, proporcional, equilibrado.
A confusão começa quando as pessoas não percebem que existe uma terceira via, a do “Belo Comercial”, termo inventado por mim. Do meu ponto de vista, arquitetura e design não são artes no sentido estrito do termo, não pertencem ao mesmo universo de uma escultura, por exemplo.
Esses tipos de beleza podem, sim, ser mensurados. Eu criei um método que pode ser lido neste livro A Empresa Sublime que permite colocar dois objetos similares lado a lado e definir qual é o mais belo, ou seja, aquele que muito provavelmente irá atrair mais consumidores ou vender mais.
O processo é longo para o design de produto, mas em design gráfico, que lida com elementos mais simples, é fácil de compreender: apanhe dois anúncios de uma revista. 1, qual tem mais contraste? 2, em qual os elementos estão mais bem agrupados em ordem de importância? 3, em qual deles o conjunto está mais bem alinhado, uns elementos visuais com os outros? 4, em qual existe uma repetição de elementos para criar uma linguagem própria? 5, os tipos de letras estão organizados corretamente? Essas cinco respostas nos trazem muito mais informação do que um simples gosto-não gosto.
Portanto, que não venham me dizer que o belo é um desfrute privado. Depende. Se for para ganhar dinheiro com um produto, um elemento gráfico ou uma construção, a beleza estará no cérebro de quem analisa e no bolso de quem a compra. Jamais nos olhos de quem a vê.
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